sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Matéria Publicada no Jornal Diário Regional

Sexta-feira , 16 de outubro de 2009Michele Coutinho
Escola de São Bernardo está abandonada
A Escola Estadual Professora Palmira Grassioto Ferreira da Silva, em São Bernardo, está em estado de abandono. Devido a problemas como falta d’água, os estudantes são frequentemente dispensados das aulas. Uma mina d’água no portão de entrada escorre por entre os alunos. “Esse problema já persiste há anos e a engenharia do Estado não consegue fazer a drenagem”, comentou o membro da subsede de São Bernardo do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) Aldo Santos.
A questão da higiene também preocupa. No local há apenas duas funcionárias de limpeza, quando o ideal seria pelo menos seis. Há duas semanas uma cobra foi encontrada na cozinha dos professores. O corpo de bombeiros foi acionado para levar o animal.
Qualidade do ensino
O 1º secretário da subsede de São Bernardo da Apeoesp, Bruno Assis de Oliveira, apontou que os problemas acabam refletindo na qualidade do ensino. “A culpa não é dos professores. A questão é que a escola não tem estrutura. A interrupção no abastecimento de água, por exemplo, ocorre em todo o bairro”, salientou. Segundo Oliveira, o piso da quadra está deteriorado e a cobertura, após ceder por falta de manutenção, não foi substituída.
Além disso, os portões do colégio permanecem abertos o dia inteiro, permitindo o livre acesso da comunidade. “Para usar o espaço temos de pedir licença. Essa situação é retrato do descaso por parte dos governos estadual e municipal, que não trabalham em conjunto para oferecer infraestrutura, saneamento ou alternativa de lazer”, lamentou.
O colégio funciona nos períodos da manhã, tarde e noite e atende mais de 1.700 alunos, da 5ª série ao ensino médio. “O estado da escola é deplorável. Só estudo aqui porque não tenho opção”, disse o estudante do 3º ano do ensino médio João Pedro Moreira Muniz.
A Secretaria de Estado da Educação informou que está prevista reforma no valor de R$570.498,98, ainda sem data para começar. Segundo a pasta, a falta de água aconteceu devido a problemas de vazamento e irregularidades na chave contadora da bomba, mas a questão já foi solucionada. Ainda conforme a secretaria, a cobertura da quadra foi desmontada porque a estrutura estava comprometida e em 2010 o local será novamente coberto. Quanto aos funcionários, no próximo dia 23 haverá escolha de profissionais para a unidade.

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