segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Yo tengo tantos hermanos.


O mundo acompanhou entristecido o anúncio da morte de Mescedes Sosa , que nasceu na província de Tucuman , noroeste da Argentina e morreu no dia 4 de outubro de 2009, aos 74 anos , em Buenos Aires (1935 – 2009 ).

Uma das maiores cantoras do mundo , pelo conteúdo das suas letras, pelo engajamento ao lado dos oprimidos e pela voz encorajadora ao lado dos lutadores latino-americanos.

São músicas até hoje denunciam profundamente um período abjeto da historia das América , marcado pela repressão, torturas e mortes dos militantes de esquerda que ousaram desconstruir o mundo capitalista e recriar um novo mundo de justiça, de igualdade e de liberdade; Um mundo Socialista. Xenofobismo a parte, me rendo a Argentina , principalmente a essas duas personalidades que são irmanados nas idéias, na utopia, e ainda hoje são como que faróis acessos a iluminar e guiar a esquerda mundial .

Estou me referindo a Ernesto Guevara, revolucionário que foi assassinato a 41 anos pelos milicos bolivianos, numa trama arquitetada pelo “Inteligência” mundial que ilusoriamente achava que “matando o corpo físico” , destruiria as idéias libertarias de Ernesto Guevara.

Inegavelmente, esse Argentino (Latino Americano), mais do que pensar a história e as crises capitalistas, foi a própria História , junto a outros revolucionários da revolução Cubana, e revelou como poucos, o caráter internacionalista da ação revolucionária .

Concomitantemente, expressava uma máxima Marxiana, de que “a prática é o critério da Verdade”, pois além de fomentar ações revolucionárias, ainda relatava em detalhes os bastidores da revolução (práxis), que foi traduzido em grande bibliografia mundial, protagonizando vários estudos , obras escritas e documentários , além da recente exposição dos filmes de inestimável valor histórico /cultural/Revolucionário como: (o diário de Motocicleta, Che- o Argentino, e o heróico Guerrilheiro), elogiados pela critica internacional e assimilado pela juventude e lutadores do mundo inteiro que buscam nesses mitos revolucionários verdadeiras referências e paradigmas de um novo homem e uma de uma nova mulher.

Outra Argentina que nos orgulha muito é à própria Mercedes Sosa, que enfrentou a ditadura militar, que cantou e deu voz aos que foram “silenciados” pela algozes do povo ,mas sempre identificava na luta e na vida a profunda dimensão humana ao ponto de afirmar que somos todos Hermanos:

Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
En el valle, la montaña,
En la pampa y en el mar
Cada cual con sus trabajos
Con sus sueños cada cual
Con la esperanza delante,
Con los recuerdos detras
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar.

Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
Y una hermana muy hermosa
Que se llama libertad

Los Hermanos

Mercedes Sosa

Composição: Athaualpa Yupanqui

Cantou melodias de rebeldias que nos leva a afirmar: Ernesto Guevara e Mecedes Sosa, estarão sempre presentes, na memória coletiva de um povo que sofre, luta e resiste, mas sobretudo sonham e constroem um mundo novo e livre dos opressores capitalistas .

A exemplo de Mercedes Sosa ,Lutamos , resistindo e Cantamos:

“Graças à vida que me deu tanto

Me deu o riso e me deu o pranto

Assim eu distinguo fortuna de quebranto

Os dois materiais que formam meu canto

E o canto de vocês que é o mesmo canto

E o canto de todos que é meu próprio canto

Graças à vida , graças à vida”.

Gracias A La Vida

Mercedes Sosa

Composição: Violeta Parra

Cantar, resistir e conquistar é preciso!!!

Aldo Santos

Sindicalista, Coordenador da Corrente política TLS, Presidente Estadual da Associação dos filósofos,Membro da Executiva Estadual e presidente do Psol em SBC, (17/10/09)



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