domingo, 21 de março de 2010

Uma prisão temporária.



Ontem eu estava muito cansado pela semana estafante de comando de greve, de enfrentamento com o governo tucano e com históricos pelegos da nossa categoria. É claro que esses pelegos e o desgoverno não tiram o brilho dessa magnífica categoria que ousadamente enfrenta e se expressa nas ruas da capital e no centro financeiro da Avenida Paulista, parando a capital.


Ao chegar à Paulista, juntamente, com outros companheiros (as) nos mobilizamos para o fechamento da segunda pista da mesma, pois o espaço de uma pista não comportava o grande número de grevistas que estavam presentes.



A polícia como sempre, "delicadamente" investia contra manifestantes tentando impedir tal ato de liberdade e de descompressão político-social. Subitamente um policial me empurrou e ao tentar dialogar com o mesmo sobre tal ato, ele me agarrou e chamou os demais policiais dando ordem de prisão e mandou me levar para ao chiqueirinho da viatura junto à logística sempre presente nesses atos. Tentei resistir, mas foi em vão. Felizmente inúmeros companheiros, entraram no conflito e saíram na minha defesa tentando me proteger; segurando-me.



Depois da demonstrada solidariedade e resistência de classe, os professores em movimento saíram vitoriosos. Com o resgate do movimento, continuei a passeata junto aos professores (as) indignados com a opressão cotidiana expressa sobre os movimentos organizados.



Quero agradecer aos inúmeros professores que tiveram a coragem de impedir um ato de efetiva prisão, em nome da mais legitima liberdade de expressão e manifestação. Testemunhei a valentia dos mesmos e isso aumentou ainda mais a minha convicção de que nossos grevistas estão preparados para os enfrentamentos necessários rumo à vitória.



Um filme sempre toma conta do nosso imaginário. Mesmo emcontexto diferente, refletir sobre o passado, ler o mundo opressor do presente é entender que passado e presente caminham juntos na tessitura de um futuro de justiça social e de liberdade política.



Pra não dizer que não falei das flores:






"Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos todos iguais braços dados ou não, Nas escolas nas ruas, campos, construções; Caminhando e cantando e seguindo a canção; Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer; Pelos campos há fome em grandes plantações; Pelas ruas marchando indecisos cordões; Ainda fazem da flor seu mais forte refrãoE acreditam nas flores vencendo o canhãoHá soldados armados, amados ou não; Quase todos perdidos de armas na mão; Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição; De morrer pela pátria e viver sem razão; Nas escolas, nas ruas, campos, construções; Somos todos soldados, armados ou não; Caminhando e cantando e seguindo a canção; Somos todos iguais braços dados ou não; Os amores na mente, as flores no chão; A certeza na frente, a história na mão; Caminhando e cantando e seguindo a canção; Aprendendo e ensinando uma nova lição" (Geraldo Vandré)

Nossa greve é pra valer.!!!Saudações revolucionárias,







Aldo Santos: Sindicalista, Presidente da Associação dos Professores deFilosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Coordenador da CorrentePolítica TLS, Membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual doPSOL-SP.(13/03/2010)

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