sábado, 28 de agosto de 2010

Reunião da comissão da APEOESP de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Apeoesp



Presentes: Aldo, Odair, Victor, Wanda, Nayara, Cido, André e Paulo Neves.



No dia 23 de Maio de 2010 foi realizada uma plenária na Apeoesp sobre o Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O sindicato possui uma parceria com o Conselho Regional de Psicologia, cujo convidado para participar foi o Gestor do Conselho, Victor, que atua como psicólogo clínico escolar na Regional do Ipiranga em São Paulo. Victor nos esclarece que o Estatuto da Criança e do Adolescente, em tese, nos garante o direito de atendimento dos profissionais formados em psicologia nas escolas, mas sabemos que não funciona bem assim. A realidade brasileira demonstra uma carência do governo em investimentos para monitorar as crianças, infelizmente, as autoridades mais punem do que protegem. Então, como legitimarmos esse direito? De fato, temos plena consciência que a realidade apresenta essa necessidade. Observamos um aumento na violência escolar, entre pais, alunos, professores, vídeos que são postados no youtube. Nosso desafio é descobrir como agir diante de tudo isso. A psicologia da educação está voltada para o levantamento das relações interpessoais dentro da escola e da relação que existe entre os elementos atuantes, que estão intimamente ligados à razão de ser da escola, ou seja, o aluno (criança ou adolescente). Nosso trabalho na Regional do Ipiranga, atualmente, é mantido por remuneração via APM. Quando questionamos como agir diante dessa violência generalizada nas escolas tem a ver com a funcionalidade, operacionalidade, então precisa refletir, qual a minha função. Sou educador. Infelizmente, a classe se encontra desnorteada, desmotivada. Existem inúmeros motivos que provocam essa situação, por exemplo, as variáveis dos projetos educacionais, as individualidades dos educadores diante do projeto educacional, entre outros. A função do professor é muito importante para referendar o estatuto. O Estatuto é um eixo norteador da garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Nesse sentido, o dia 18 de Maio, como o Dia Nacional do Combate e Abuso Sexual da Criança e do Adolescente não é um dia para se comemorar, mas sim para lembrarmos o que ainda temos para fazer. O Aldo lembrou bem que estamos cientes de que já vencemos o processo de conscientização, portanto, precisamos de ação. A nossa rede tem inúmeros problemas e precisamos de profissionais especializados para resolvê-los. Os professores não possuem essa formação técnica e a situação nas escolas piorou quando tiraram à psicologia da grade curricular. Qualitativamente estamos bem representados nessa reunião podendo estabelecer e estender esse debate para as escolas. Entendemos que precisamos verificar formas de custear um profissional para fazer uma exposição nas escolas, por exemplo, para contribuir para o professor identificar os problemas dos alunos ou, inclusive para auxiliar na nossa formação pedagógica. Na subsede de Osasco um psicólogo fazia plantões diários para atender a categoria. Se o professor não estiver bem psicologicamente ele não forma e sim deforma. O Paulo deixou claro que estamos num momento difícil para marcarmos algum evento com os professores, além dos salários congelados houve um aumento do trabalho aos sábados. A categoria está saturada. Na visão do governo a educação não tem grau de importância, ele impõe uma política, crítica a aula do professor na medida em que envia esses caderninhos de exercícios que foram produzidos por professores da USP distantes da realidade dos alunos da escola pública. Estamos diante de um debate do que é aula. Uma palestra para o governo não é aula, um passeio cultural não é uma aula, aula apenas dentro da sala de aula. Estamos enfrentando essa situação no estado de São Paulo, além da derrota de uma greve. Estamos vivenciando as conseqüências da aprovação automática que foi implantada entre 1997 e 1998. Temos uma dificuldade sistêmica e estrutural. O governo criou recentemente um material que pune o aluno. Precisamos tomar iniciativas como produzir uma cartilha para entregá-las aos representantes e ampliarmos a discussão sobre essa cultura de punir que está se instalando na rede. Nesse sentido, Cido ressalta bem que os japoneses cobram muito a disciplina e as pesquisas indicam que a cada quatro crianças no Japão uma se suicida. Victor complementa que para sermos contemplados politicamente, temos que ter ação, se não tudo se reduz a demagogia. Foram feitas as seguintes propostas: a Subsede de SBC disponibilizar um psicólogo para fazer plantão na Apeoesp para atender a categoria, fazer um projeto, no qual, pode ser “A escola comentada e a ação recomendada”, para formação dos professores e solicitar a Diretoria de Ensino que os liberem para o curso, consultar as APMs para verificar se disponibilizam recursos para custear as palestras desses profissionais e consultar a Diretoria de Ensino para levantarmos a possibilidade de oferecerem o atendimento dos psicólogos nas escolas. Sem mais,



Secretaria dos trabalhos.

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