domingo, 31 de outubro de 2010

As duas candidaturas que se apresentam para o segundo turno têm a mesma opção de classe
.

Reafirmamos aqui nosso entendimento sobre a participação de um partido classista da esquerda no processo eleitoral burguês: a participação não se dá de forma estratégica, ou seja, a revolução não ocorrerá através do voto popular.

No processo da construção da emancipação da classe trabalhadora aproveitamos as eleições burguesas para denunciar a exploração capitalista e a necessidade da revolução socialista. Para tanto, indicamos alguns ativistas das lutas populares para cumprir tal tarefa – é o caso, por exemplo, do companheiro Aldo Santos que está sendo perseguido pela justiça burguesa por apoiar e ser solidário a luta dos trabalhadores sem teto por moradia.

Nosso recorte para a leitura da sociedade tem como base a luta de classes, portanto, a contradição existente entre capital e trabalho é insolúvel nessa sociedade em que vivemos. Aqueles que apregoam a convivência harmônica entre as classes, no fundo defendem a manutenção da exploração dos trabalhadores pelos patrões e tira o direito dos explorados se rebelarem – não há paz possível enquanto o opressor não for derrotado e o oprimido libertado.

É com base nessa referencia que deve ser lida nossa participação no processo eleitoral burguês, uma oportunidade tática para avançar na luta da classe trabalhadora rumo à vitória.

As duas candidaturas que se apresentam para o segundo turno têm a mesma opção de classe. Se elas se diferem entre si na tática que usam na defesa do capital, na defesa da manutenção da burguesia para nós trabalhadores tal diferenciação não importa, uma vez que é uma disputa no campo da outra classe. Ambos os projetos estão contra a luta do povo pobre, estão contra a libertação dos explorados, enfim, estão contra uma sociedade justa igualitária e solidária, daí nenhum deles pode ser depositário do voto da nossa classe.

A corrente Trabalhadores na Luta Socialista orienta seus militantes e simpatizantes a votar nulo no dia 31 de outubro.



ATÉ A VITÓRIA!

NOTA DA TLS SOBRE O 2° TURNO




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
 (APROFFESP)


Coordenadora da CENP recebe diretores da APROFFESP.

Reunião realizada no dia 08 de outubro às 14h na SEE, sala 121, com a coordenadora da CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – Profa. Valéria de Souza.

Presentes à reunião: professores Alan Aparecido, Chico Gretter e Aldo Santos, presidente da entidade. Num clima descontraído, a reunião começou com a leitura da pauta protocolada antecipadamente junto a Secretaria Estadual de Educação, com as seguintes reivindicações: ampliação da grade curricular de filosofia nos 2° e 3° anos do ensino médio (pelo menos duas aulas); introdução da filosofia no ensino fundamental; convocação dos demais professores concursados e outras.

A professora Valéria afirmou que o estudo da Secretaria, por meio da CENP, aponta para a diversificação do currículo no Ensino Médio de acordo com as diretrizes do ensino médio do MEC. Os estudos serão aprofundados em 2011 para implantação em 2012. A matriz curricular, por áreas do conhecimento, será definida pelos próximos gestores da SEE, ficando a escolha das áreas de acordo com o interesse da comunidade escolar (pais, alunos). Esta proposta vem ao encontro das discussões das Diretrizes Curriculares para o Novo Ensino Médio em nível nacional.

Sobre a introdução da Filosofia no Ensino Fundamental, a representante da CENP informou que não existe por parte do governo qualquer estudo sobre o assunto. A APROFFESP solicita estudo para a sua implantação, uma vez que nas escolas particulares o ensino de Filosofia já é uma realidade e tem sido um sucesso.

Referente à convocação de professores que foram aprovados no último concurso público, segundo a representante do governo, a SEE irá convocar todos os classificados (cerca de 20 mil) no primeiro semestre de 2011. Segundo a professora Valéria, o contingente para fazer o curso de formação (ou escola do governo para a gestão de professores) é alto; então os convocados participarão do curso no segundo semestre de 2011, tomando posse em 2012.

Questionada sobre a flexibilização do ensino da Filosofia e da sociologia, conforme o parecer 242/ 2009 e deliberação 77 do CEE, a professora Valéria disse que na resolução 98/2008, a SEE optou pela manutenção das disciplinas de filosofia e sociologia na grade curricular e não pensa em mudança.

A Associação posicionou-se ainda criticamente a respeito do “Caderno de Filosofia”, tanto do aluno quanto do professor, pela falta de unidade metodológica dos conteúdos e pela falta de referência biográfica e bibliográfica dos autores responsáveis pela publicação.

A Coordenadora da CENP, a nosso pedido, ficou de entrar em contato com a Secretaria da Educação do Estado do Paraná para solicitar a liberação dos direitos autorais do material de filosofia (Coletânea de Textos Filosóficos) a fim de disponibilizá-los aos professores da rede pública de nosso Estado.

A professora Valéria solicitou da Associação que faça, por escrito, uma análise crítica do material de apoio pedagógico (os “cadernos”) de filosofia para contribuir com a melhoria do mesmo.

Por fim, a APROFFESP propôs que todo e qualquer debate e publicação de caráter filosófico leve em conta as experiências e a participação dos educadores no referido processo. Reivindicamos também, que as entidades de classe sejam respeitadas e recebidas pelos órgãos públicos, como agora aconteceu.

Nada mais tendo sido tratado, atenciosamente, a secretaria dos trabalhos pelo professor Alan Aparecido Gonçalves.

Obs.: justificaram a ausência, os professores (as): José Jesus, Alba, Vanda, Celso Torrano, Maria Cristina , Gilmar e Carlos Rocha.

Http://aproffesp.blogspot.com/






domingo, 17 de outubro de 2010

Alunos questionam o processo Eleitoral.

Esta semana por obrigação legal, retornei a sala de aula, retomando assim o contato direto com os alunos da rede pública estadual onde leciono há décadas. Além do planejamento do quarto bimestre, como atividade de reflexão solicitei que os mesmos comentassem no caderno as principais idéias dos principais candidatos a presidência da república.

As respostas foram as mais variadas. No geral, eles comentaram as principais propostas dos candidatos Serra, Dilma, Marina e Plínio.

Em relação ao Serra, comentaram sobre o aumento do salário mínimo, da saúde e outros temas programáticos.

Em relação à Dilma, eles comentaram que a mesma vai legalizar o aborto, instituir o casamento gay, além de falarem da opção sexual da mesma e de sua vida pregressa.

Relacionam também que a Dilma representa a continuidade do Presidente LULA. Evidentemente que estou falando do pensamento majoritário dos alunos.

Em relação à Marina, os alunos relembraram da defesa do meio ambiente e da atuação da mulher na vida política.

Sobre o Plínio, eles se lembraram do aumento do salário mínimo para R$2.000,00 reais e da descriminalizarão da maconha. Percebi ainda que alguns comentários direta ou indiretamente faziam alusão ao preconceito para com o idoso.

Numa sala, alunos mostraram o jornal Diário do Grande ABC e estavam em dúvida sobre a candidatura do vice governador pelo Psol, pois a reportagem foi muito tendenciosa. Expliquei sobre o processo a que fui submetido e condenado em segunda instância por apoiar os sem-teto do acampamento Santo Dias, a maior ocupação urbana que já ocorreu no país e pela solidariedade junto às mulheres, crianças e idosos doentes, momento no qual disponibilizei o carro oficial para socorrer, diante da iminência de reintegração de posse.

Após exaustiva explicação, eles responderam com uma calorosa salva de palma. Outro aluno perguntou por que o partido substituiu o vice se na urna a foto continuava aparecendo. Eu votei no senhor, pois até as urnas recusaram a substituição burocrática da sua candidatura. Outros questionaram porque o Psol substituiu o vice, se o PCB e PSTU não expuseram nem humilharam seus candidatos ou membros da sua chapa? Tentei explicar com a devida isenção, mas, no fundo eu concordava com os alunos sobre a crítica apresentada em sala de aula. Em outra sala, comentaram sobre o fenômeno Tiririca, comentaram que o povo de São Bernardo trocaram o atual vice forrozeiro pelo ex-prefeito e estranharam ainda o fato do ex-secretario de educação ter tanto voto, uma vez que o caos na educação continua, sem afeto, carinho ou amor.



No 2º turno a luta anti-Serra continua.



O diálogo foi pedagogicamente proveitoso e pensei até em promover um debate sobre os candidatos ao segundo turno. Percebi também que existe uma onda conservadora-reacionaria tentando induzir o voto em Serra e concomitantemente, tentam satanizar a candidata Dilma do PT.

Na sala da dos professores, afirmei a um grupo de educadores que certamente o Psol vai optar pelo voto anti-Serra no segundo turno, pois ninguém agüenta o PSDB no Estado, quiçá na presidência da República; ninguém merece.

Percebi que a despolitização é grande e que os desafios educacionais são enormes. É urgente o debate e o desenvolvimento da consciência crítica dos educadores e educandos, pois a direita reacionária vem disputando corações e mentes e é nosso dever combatê-la sem trégua, rumo a edificação de uma sociedade de homens e mulheres novos, cujos valores e interesses éticos/morais, ideológicos e de classe são antagônicos aos interesses dos trabalhadores.



Lutar e vencer é preciso!!!



Aldo Santos: sindicalista, Ex-vereador em SBC, Coordenador da corrente política TLS, Presidente da Associação dos Professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Nacional do PSOL. (8/10/2010)





15/10/2010 - ELEIÇÕES 2010

PSOL define: nenhum voto em Serra

Por: Karen Marchetti (karen@abcdmaior.com.br)


Aldo Santos: não deixar tucanada e conservadorismo retornarem ao governo. Foto: Arquivo ABCD MAIOR

Lideranças do PSOL, como Aldo Santos e Ivan Valente defende voto na candidata do PT, Dilma Rousseff
A direção nacional do PSOL decidiu, em reunião nesta sexta-feira (15/10), se posicionar para o 2º turno das eleições presidenciais: nenhum voto ao candidato tucano, José Serra. O partido indicou que os filiados e simpatizantes votem na candidata do PT, Dilma Rousseff como “voto crítico” ou anule. Aldo Santos, a principal liderança da legenda no ABCD, acredita que a melhor opção é votar em Dilma.



“A nossa preocupação neste momento é não deixar a tucanada e o conservadorismo retornarem ao governo do país. O mal será muito menor se votar na Dilma. Essa é a minha posição”, disse Aldo Santos, que vou candidato a vice-governador.



O líder do Psol destacou que votar na Dilma e não anular o voto é uma possição pessoal. Na próxima semana, Santos irá se reunir com os integrantes da corrente TLS (Trabalhador na Lula Socialista) do partido, na qual faz parte e coordena o grupo, para oficializar a decisão. “A tese central é Anti-Serra. Não tem sentido a volta dos tucanos no poder. Os sucessivos governos do PSDB em São Paulo, principalmente no ponto de vista dos professores e da Educação, está abandonada. E eles mostrando na TV que está uma maravilha. É uma mentira”, disse Santos, que é professor.



Além de Aldo Santos, o deputado federal reeleito, Ivan Valente (PSOL), e toda a bancada federal do partido na Câmara, declararam voto crítico na candidata Dilma Rousseff. Valente acredita que o “voto crítico” a Dilma representa um diálogo com setores da sociedade que o partido pretende buscar.



“A eleição de Serra será um desastre para o debate político na América Latina, significará o avanço ainda maior das privatizações, como vimos na atuação da bancada do PSDB/DEM no debate sobre o pré-sal, e uma repressão sem tréguas aos movimentos sociais, além de abrir espaço para o fundamentalismo religioso carregado de ódio e preconceito”, avaliou.



Leia abaixo a íntegra da nota da Executiva Nacional do PSOL



NENHUM VOTO A SERRA



O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) mereceu a confiança de mais de um milhão de brasileiros que votaram nas eleições de 2010. Nossa aguerrida militância foi decisiva ao defender nossas propostas para o país e sobre ela assentou-se um vitorioso resultado.



Nos sentimos honrados por termos tido Plínio de Arruda Sampaio e Hamilton Assis como candidatos à presidência da República e a vice, que de forma digna foram porta vozes de nosso projeto de transformações sociais para o Brasil. Comemoramos a eleição de três deputados federais (Ivan Valente/SP, Chico Alencar/RJ e Jean Wyllys/RJ), quatro deputados estaduais (Marcelo Freixo/RJ, Janira Rocha/RJ, Carlos Giannazi/SP e Edmilson Rodrigues/PA) e dois senadores (Randolfe Rodrigues/AP e Marinor Brito/PA). Lamentamos a não eleição de Heloísa Helena para o Senado em Alagoas e a não reeleição de nossa deputada federal Luciana Genro no Rio Grande do Sul, bem como do companheiro Raul Marcelo, atual deputado estadual do PSOL em São Paulo.



Em 2010 quis o povo novamente um segundo turno entre PSDB e PT. Nossa posição de independência não apoiando nenhuma das duas candidaturas está fundamentada no fato de que não há por parte destas nenhum compromisso com pontos programáticos defendidos pelo PSOL.



Sendo assim, independentemente de quem seja o próximo governo, seremos oposição de esquerda e programática, defendendo a seguinte agenda: auditoria da dívida pública, mudança da política econômica, prioridade para saúde e educação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, defesa do meio ambiente, contra a revisão do código florestal, defesa dos direitos humanos segundo os pressupostos do PNDH3, reforma agrária e urbana ecológica e ampla reforma política – fim do financiamento privado e em favor do financiamento público exclusivo, como forma de combater a corrupção na política.



No entanto, o PSOL se preocupa com a crescente pauta conservadora introduzida pela aliança PSDB-DEM, querendo reduzir o debate a temas religiosos e falsos moralismos, bloqueando assim os grandes temas de interesse do país. Por outro lado, esta pauta leva a candidatura de Dilma a assumir posição ainda mais conservadora, abrindo mão de pontos progressivos de seu programa de governo e reagindo dentro do campo de idéias conservadoras e não contra ele. Para o PSOL, a única forma de combatermos o retrocesso é nos mantermos firmes na defesa de bandeiras que elevem a consciência de nosso povo e o nível do debate político na sociedade brasileira.



As eleições de 2002, ao conferir vitória a Lula, traziam nas urnas um recado do povo em favor de mudanças profundas. Hoje é sabido que Lula não o honrou, não cumpriu suas promessas de campanha e governou para os banqueiros, em aliança com oligarquias reacionárias como Sarney, Collor e Renan Calheiros. Mas aquele sentimento popular por mudanças de 2002 era também o de rejeição às políticas neoliberais com suas conseqüentes privatizações, criminalização dos movimentos sociais – que continuou no governo Lula -, revogação de direitos trabalhistas e sociais.



Por isso, o PSOL reafirma seu compromisso com as reivindicações dos movimentos sociais e as necessidades do povo brasileiro. Somos um partido independente e faremos oposição programática a quem quer que vença. Neste segundo turno, mantemos firme a oposição frontal à candidatura Serra, declarando unitariamente “NENHUM VOTO EM SERRA”, por considerarmos que ele representa o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País. Ao mesmo tempo, não aderimos à campanha Dilma, que se recusou sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas neoliberais. Diante do voto e na atual conjuntura, duas posições são reconhecidas pela Executiva Nacional de nosso partido como opções legítimas existentes em nossa militância: voto crítico em Dilma e voto nulo/branco. O mais importante, portanto, é nos prepararmos para as lutas que virão no próximo período para defender os direitos dos trabalhadores e do povo oprimido do nosso País.



Executiva Nacional do PSOL – 15 de outubro de 2010.





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Comentários (6)



Joaquim Silva
17/10/2010
13:16

Afonso Pena deve achar que nosso povo não é sério. Afonso, o povo foi muito sério em 2002 quando elegeu Lula e, em 2006, quando o reelegeu. Isso deve te incomodar muito, por isso vc fica com essa conversinha mole. Se liga!



Afonso Penna
16/10/2010
23:32

Concordo com qualquer brasileiro que queira a mudança no nosso atual sistema político e na forma de financiamento de campanhas. Nosso Brasil pode ser muito mais sério se seu povo for mais sério. Temos muito a caminhar.



Bruno
16/10/2010
11:38

SANCHES, EU JA TRABALHEI PRO ALDO, QUANDO ELE ERA DO PT, E NA ÉPOCA, O NOME DELE JA ERA ALDO SANTOS. SE LIGA CARA. SE VC QUER VOTAR NO SERRA AZAR O SEU. DEIXA O PESSOAL DECIDIR EM QUEM VÃO VOTAR.



Gregorio de Mattos Guerra
16/10/2010
00:46

Sanches, o deixa de ser boco cara!



Sanches
15/10/2010
22:31

ALIÁS, O NOME DELE ESTÁ GRAFADO ERRADO: É ALDO DOS SANTOS. SÓ PORQUE DEIXOU O PT, TAMBÉM MUDOU DE NOME?



Sanches
15/10/2010
22:29

Caraca, o Aldo Santos MANDOU ninguém do PSOL votar no Serra!!! E agora? Ele deve estar preocupadissimo com esse posicionamento dele. Aliás, você não foi escurraçado por esse partido que agora pede voto?



sexta-feira, 15 de outubro de 2010



De Aldo Santos
Aos Eleitores,

Candidatos, filiados e militantes do PSOL.

Lições de uma campanha marcada por ousadias,


encontros e desencontros, coerência e desnudamento de projetos políticos.

Mas como afirma o poeta:


“De tudo ficaram três coisas...


A certeza de que estamos começando...


A certeza de que é preciso continuar...


A certeza de que podemos ser interrompidos


antes de terminar...


Façamos da interrupção um caminho novo...


Da queda, um passo de dança...


Do medo, uma escada...


Do sonho, uma ponte...


Da procura, um encontro!”


(Fernando Sabino)


Agradeço a sua companhia durante a campanha inteira e renovo meu compromisso no combate sem trégua a “justiça burguesa” e na luta permanente contra a conciliação e capitulação de classe.


Quem luta conquista;junte-se a nós.


Grande e forte abraço


Aldo Santos.








sábado, 2 de outubro de 2010

Aldo Santos recorre ao Diretório Nacional

Aos companheiros da Executiva Nacional.


Heloísa Helena Lima de Moraes -Presidenta

Afrânio Tadeu Bropré -Secretário geral.



Com base no texto abaixo, encaminho recurso ao Diretório Nacional, por ocasião da substituição da nossa candidatura a vice governador pelo Psol -SP, conforme inteiro teor:

“A Corrente política TLS – Trabalhadores na Luta Socialista vem a público reafirmar seu compromisso com a luta dos trabalhadores do campo e da cidade sem transigir diante da ofensiva do aparato burguês e da condenação dos movimentos organizados e dos seus lutadores sociais. Nesse sentido é motivo de orgulho ter em nossas fileiras e podermos lutar ombro a ombro com o companheiro ALDO SANTOS.

Aldo ao longo da sua história tem dado sua contribuição para a construção de um mundo justo igualitário e solidário. Acredita que a emancipação da classe trabalhadora será obra dos próprios trabalhadores e que somente assim construiremos uma sociedade sem explorados e exploradores, sem opressores nem oprimidos.

A TLS reivindicou uma vaga ao Senado, proporcionalmente à sua representação no partido, tendo em vista a existência de duas vagas. Numa estratégia Eleitoral sem razoabilidade, mantiveram o preenchimento de apenas uma vaga.

O Partido por sua vez, aprovou a política de aliança com o PCB e caso a mesma não se viabilizasse o companheiro Aldo Santos concorreria ao vice-governo. Diante da não concretização da referida aliança, o Partido lançou o ALDO SANTOS a vice-governador na chapa com PAULO BÚFALO Governador.

No entanto, a justiça burguesa em um ato de perseguição e criminalização dos movimentos sociais e de seus lutadores quer cassar e calar a candidatura de Aldo Santos.

A verdade dos fatos: Aldo é acusado de usar seu mandato como vereador em São Bernardo do Campo para dar apoio ao Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) em 2003, na ocupação de um terreno por 7 mil pessoas que reivindicavam condições dignas de moradia. Na ocasião, Aldo Santos autorizou o uso de um carro da Câmara Municipal para retirar mulheres, crianças e idosos do local diante de uma ameaça de desocupação forçada pela Tropa de Choque da Polícia Militar.

Utilizando a lei “Ficha Limpa” argumentam que ele não pode ser candidato uma vez que foi condenado por órgão colegiado. Nesse processo, a câmara arquivou a sindicância interna inocentando Aldo Santos. Outro processo apresentado pelo Prefeito, no mesmo sentido, foi arquivado. Fomos vencedores em primeira instância e o Tribunal de Justiça de São Paulo reverteu à decisão. Assim, ainda não foi transitado em julgado e sequer está sendo respeitado o princípio constitucional da presunção de inocência, da retroatividade, da anualidade e tampouco da soberania popular.

A TLS empenha total solidariedade e afirma que ALDO SANTOS é ficha limpa. Não há absolutamente nada que macule sua história de luta junto à classe trabalhadora.

Alegando que a manutenção da possível impugnação de ALDO pela justiça poderia inviabilizar a chapa majoritária do Partido, o Diretório Estadual do PSOL decidiu recorrer ao TSE e caso esta instância mantenha o impedimento da candidatura ALDO SANTOS, o mesmo será imediatamente substituído, tendo a TLS prioridade na indicação do substituto e caso isso não ocorra a executiva deliberará.

Consideramos esta decisão da instância do partido em São Paulo, totalmente equivocada e contraditória. Continuaremos pedindo voto na chapa Plínio presidente- Hamilton vice, PAULO BÚFALO Governador - ALDO SANTOS vice, Marcelo Henrique SENADOR, com Celso Lavorato e Devanir Morari suplentes”(Nota da corrente TLS referente a decisão do diretório estadual em 04 de setembro de 2010).

“Por não concordar com esta postura, a TLS deliberou na sua plenária recorrer ao Diretório Nacional do Partido para reverter a decisão Estadual, pois entendemos que o partido deveria esgotar todos os recursos cabíveis, inclusive no STF, afinal, temos convicção de que a manutenção dessa posição significa a condenação pública dos movimentos organizados e dos seus lutadores sociais.

Temendo a não divulgação do resultado eleitoral, setores do partido solicitaram que eu renunciasse o que de pronto discordei, pois seria renunciar a nossa brilhante história de luta e resistência ao capital.

Fui informado que a executiva iria se reunir na quinta a noite para tratar desse assunto. Entendemos inclusive que a decisão de um diretório só poderá ser revogada por outra reunião do diretório, ou por uma instância superior partidária, o que não ocorreu. Além do erro de conteúdo e forma essa decisão é ilegal, uma vez que fui foi aprovado pelas instancias regulares da vida partidária e a decisão tomada fere a democracia interna.

Ainda sobre o resultado do pleito eleitoral, por impotência e inoperância da justiça, não podemos ser condenado triplamente: pela justiça( que injustamente me condenou em segunda instância), agora pelo Partido( que na pratica me coloca na vala comum dos corruptos e mensaleiros) e pela falta de julgamento da própria justiça(recurso ao TSE que inda não foi apreciado).

Convém salientar que os candidatos com problema, segundo aprovação do TSE , o resultado será publicado na lista do Tribunal, ficando pendente de decisão judicial a validade ou não dos referidos votos publicados.

Continuaremos trabalhando pela construção de uma sociedade socialista. Nossa militância está nas ruas, fábricas e escolas denunciando a criminalização dos movimentos sociais e a perseguição aos seus ativistas.

Lamentamos mais uma vez que setores do partido, defensores do Socialismo e das causas mais profundas da classe trabalhadora se renda ao aparato burguês, negando a luta de resistência e enfrentamento como motor das reais transformações revolucionárias.

Recorremos dessa decisão ao Diretório Nacional, por não concordamos com os erros do partido em São Paulo. ”(Texto de Aldo Santos)

Aldo Santos

Membro da Executiva Nacional.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mercadante condena de forma leviana os movimentos organizados e os lutadores vítimas da criminalização social.


Considerando que em 2003, por absoluta falta de moradia na cidade de São Bernardo do Campo, ocorreu a maior ocupação urbana do país com o acampamento denominado Santo Dias;

Considerando que nesse acampamento grande parte da bancada de vereadores do PT da cidade apoiaram a referida ocupação juntamente com inúmeras entidades populares, sindicais e estudantis.

Considerando que nessa ocupação, inúmeros parlamentares compareceram e hipotecaram solidariedade ao povo em luta, tais como Ivan Valente, Vicentinho, Senador Suplicy, Luciana Genro, Babá e outros (as).

Considerando que em cumprimento da atuação de um mandato popular, na condição de vereador Socialista, disponibilizei o carro da Câmara para socorrer crianças, idosos e mulheres doentes, levando-os para São Paulo;

Considerando, ainda, que alguns promotores entraram com representação contra a atuação específica do nosso mandato pela nossa solidariedade inconteste;

Considerando que fui absolvido na primeira instância e na segunda a referida sentença fora reformada;

Considerando, também, que no processo eleitoral 2010 fui classificado na lei da ficha limpa, mesmo sem transitado e julgado;

Considerando que não pesa sobre mim qualquer relação de corrupção ou desmando político, ético/moral;

Considerando que o partido tirou como política num primeiro momento a defesa intransigente do nosso processo;

Considerando que em sua última reunião o Diretório Estadual do partido votou que iria recorrer até o TSE e em caso negativo seria efetivada a substituição do nosso nome pela executiva, sem esgotar a defesa no STF;

Considerando que no debate da rede Globo realizado no dia 28 de Setembro de 2010, o candidato Mercadante ao ser inquirido pelo candidato do Psol, Paulo Búfalo, sobre o tema da coerência política, de modo sarcástico elogiou o seu vice com a pretensão de depreciar e desqualificar diretamente o candidato a vice governador do Psol, Aldo Santos, com a seguinte afirmação: “Tréplica de Mercadante: Eu tenho um vice, um candidato a vice governador que é um homem, professor titular da USP e com uma história muito Bonita. Eu não tive vice condenado por ficha limpa. Eu tenho um vice que tem história”;

Considerando que o referido candidato desrespeita a história e o nosso compromisso junto aos sem teto, desconsiderando e descontextualizando os fatos e os reais motivos que a justiça burguesa vem condenando politicamente nossos lutadores;

Consideramos que as afirmativas de Mercadante são levianas e indutoras de práticas políticas de criminalização e condenação dos movimentos organizados e dos lutadores sociais.

Em nome da ética e dos valores “irrevogáveis”, orientadores do partido e da classe trabalhadora, repudiamos mais essa posição abjeta de alguém que “sinaliza para esquerda”, mas sempre caminha com e para a direita.



Aldo Santos:Ex-vereador, Sindicalista, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Coordenador da Corrente Política TLS e Membro da Executiva Nacional do Psol.(29/09/2010)