segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MARIA BEVENUTA DE JESUS, SEMPRE PRESENTE:Parabéns a ela que vive em cada ato de liberdade e suspiro de luta pela vida.*




Segundo o registro em cartório, no dia 13 de fevereiro de 1927, nasceu Maria Bevenuta de Jesus, no agreste do Ceará, que teve a coragem e ousadia de constituir uma numerosa família, juntamente com o nosso Pai, Josias Raimundo dos Santos, ambos falecidos.

Diante dos desafios e da pobreza, migraram ha mais de cinqüenta anos num pau de arara para o interior de São Paulo, e aqui trabalharam como bóia fria, e finalmente recorrem a grande metrópole para organizar, viver e prosperarem conjuntamente.O exemplo perseverante da mãe, a condução e a permanente referência de valores do nosso pai, nos conduziu ao caminho da luta pela vida, pela superação das dificuldades e pela solidariedade intra e extra-familiar.

Nesse dia, devemos celebrar o seu nascimento, pois o seu nascimento é o nosso nascimento, a sua existência é a nossa existência e o seu exemplo foi e será sempre o nosso exemplo. A sua presença na ausência é a certeza que a vida vale a pena e que os que com ela viveram, partilharam e a conheceram, fica o convite para que cantemos em alto e bom tom o Parabéns a você-nós.

Bendito foi o dia do seu nascimento e eterna seja a nossa saudação, que deve ser materializada pelos irmãos e irmãs, filhos e filhas, netos e netas, bisnetos e bisnetas, numa genealogia sem fim. Aos nossos ancestrais e a contínua posteridade, nossa vital gratidão.

O texto abaixo é um profunda reflexão sociológica e antropológica, com a qual o poeta Fernando Pessoa homenageou os amigos, porém, poderá ser aludido a família e a todos os entes queridos.



. "Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,

das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,

dos tantos risos e momentos que partilhámos.



Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das

vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...

do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.



Hoje já não tenho tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja

pelo destino ou por algum

desentendimento, segue a sua vida.



Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas

que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...

Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto

se tornar cada vez mais raro.



Vamo-nos perder no tempo...



Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e

perguntarão:

Quem são aquelas pessoas?

Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!



- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons

anos da minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...



Quando o nosso grupo estiver incompleto...

reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.

E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.

Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes

daquele dia em diante.



Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a

sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...



Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não

deixes que a vida

passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de

grandes tempestades...



Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem

morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem

todos os meus amigos!"(Fernando pessoa)



Maria Bevenuta de Jesus, para sempre presente.





*Aldo Santos

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