segunda-feira, 7 de março de 2011

...O ex-vereador de São Bernardo Aldo Santos (Psol) tem aceitação na legenda...
 Derrota em 2008 não abala prefeituráveis

segunda-feira, 7 de março de 2011 7:33
DGABC

Fábio Martins
Gustavo Pinchiaro

A persistência a caminho do êxito é o principal combustível que move a classe política. Com essa máxima, o cenário eleitoral começa a se configurar a um ano e cinco meses do início da campanha de 2012. Dos 20 candidatos derrotados nas eleições municipais de 2008 no Grande ABC, cinco nomes, ou 25% do total, aparecem com chances de alcançar suas pretensões de disputar novamente a principal cadeira do Paço.

O deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB), segundo colocado na corrida pela Prefeitura de Diadema, planeja retornar à disputa. Para ele, o cenário de 2012 é bem destoante daquele de 2008. "A conjuntura muda muito, até lá ainda pode alterar. Mas a administração do Mário (Reali, PT) não está boa. A Saúde não vai bem. A ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) faliu, a criminalidade aumentou, deixando Diadema como segunda mais violenta do Estado."

O tucano não foi reeleito deputado, no entanto, garante que parmanece fortalecido. "Estou sempre na trincheira, só vou descansar quando morrer." José Augusto disputou cinco eleições consecutivas e perdeu em todas ocasiões.

Também em Diadema, o último posicionado, Vladimir Trombini Campos (PCB), vai tentar outra vez chegar ao Paço. O comunista diz que sua candidatura tem propósito de "desmascarar" a ideia de cidade de esquerda que o PT estabeleceu. "Cidade popular e de esquerda é uma grande mentira que eles inventaram. Nós somos esquerda."
Outro nome da Assembleia Legislativa que pode retornar ao panorama é Orlando Morando (PSDB), segundo colocado na eleição de São Bernardo, caindo na etapa derradeira. Seu nome é cogitado, embora tenha de brigar internamente pelo posto com o ex-prefeito e deputado federal William Dib. "Ainda é precoce. Qualquer declaração pode incomodar o eleitor, pois ainda serei empossado no dia 15 deputado estadual."
Raimundo Salles (DEM), que acabou na terceira posição em 2008 pelo Paço de Santo André, garante que já conversou com a executiva estadual, e se diz candidato certo em 2012. Na primeira etapa do pleito municipal, o democrata ficou 1% atrás do agora prefeito Aidan Ravin (PTB), que passou para o segundo turno e venceu o petista Vanderlei Siraque. "Sou candidato, pois estou bem nas pesquisas, apareço em terceiro com pouca margem a menos. Forçarei o segundo turno."
O advogado enfatiza que a votação de 2010 para deputado estadual foi expressiva, apesar do fracasso, já que teve problemas para regularizar sua candidatura, ficando na 4ª suplência. "Tive 32 mil votos em Santo André, à frente de alguns que se elegeram na cidade", disse Salles, sustentando que busca reestruturar sua coligação que conta, até agora, quatro legendas.
Em Mauá, Chiquinho do Zaíra (rumo ao PTdoB) ingressou no segundo turno, mas sem sucesso posterior, perdendo para o atual chefe do Executivo, Oswaldo Dias (PT). Ele afirma que está montando a terceira via alternativa para pregar mudança na cidade.
Para Chiquinho, a má administração faz campanha para a ‘nova oposição'', que será formada por políticos contrários à gestão petista, como o vereador Atila Jacomussi. "Temos o Oswaldo (Dias, PT) como principal cabo eleitoral. O mundo evoluiu e ele ficou para trás, no tempo da caverna. A política necessita de inovação."

Enfraquecidos não retornam ao cenário

Impasses partidários ou jurídicos são motivos para que prefeituráveis derrotados na última eleição não tenham força para voltar ao páreo.
Caso emblemático é o do deputado estadual Vanderlei Siraque (PT). Ele liderou as pesquisas de intenção de voto em Santo André de ponta a ponta, no entanto, o atual prefeito Aidan Ravin (PTB) emplacou virada histórica e bateu o petista. Não bastasse a negativa, Siraque disputou vaga na Câmara Federal em 2010 e acabou novamente derrotado. Nos bastidores do PT, ele é preterido como eventual nome.
O ex-prefeiturável de Ribeirão Pires Mário Nunes (PT) sofre do mesmo problema de Siraque. Tem intenção de concorrer ao posto, porém sem adesão interna. Na escolha de Nunes como candidato, o PT rachou e foi para o pleito enfraquecido. Depois do fracasso, a ex-prefeita Maria Inês Soares torna a ser preferida nas bases da sigla.

Apesar de não aparecer entre os principais cotados, Jayme Tortorello diz que tentará disputar as prévias no PT de São Caetano para viabilizar sua candidatura. "Acredito que posso ganhar o processo interno, pois mantive meu posicionamento, sem me queimar." Outros aspirantes surgem com chance, como o vereador e presidente municipal da sigla, Edgar Nóbrega, o ex-vereador Hamilton Lacerda, com apoio da cúpula estadual, e o ex-deputado federal Jair Meneguelli, tendo respaldo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Jayme, apenas se Meneguelli se colocar à disposição ele retiraria seu nome. "Apoiaria o Meneguelli, ótimo quadro, ligado às esferas estadual e federal, além da história dentro das lutas democráticas e que se saiu bem na eleição em 2000."
Ao contrário das situações anteriores, o ex-vereador de São Bernardo Aldo Santos (Psol) tem aceitação na legenda, mas lhe falta condição jurídica. Ele foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa na eleição passada, quando foi candidato a vice-governador na chapa de Paulo Bufalo. O caso em que foi barrado envolve auxílio à populares com utilização do carro da Câmara, na época em que foi parlamentar. "Não concordo com a decisão da Justiça. Confio no bom senso do Supremo (Tribunal Federal). Sou soldado do Psol, se o partido entender que serei candidato a prefeito, ou a vereador, ou articulador das campanhas, eu serei."
Sem garantia de vitória, ex-pleiteantes mudam planos


Depois de passarem pela tentativa frustrada de conquistar o cargo mais importante do município, nove políticos optaram por outros rumos eleitorais.
O deputado estadual Alex Manente (PPS), terceiro colocado na disputa em São Bernardo, apoiou o atual prefeito Luiz Marinho (PT), no segundo turno em 2008. Apesar da proximidade que demonstrou com o PT, o popular-socialista agora tenta selar parceria com o tucanato. O grupo abriga o desafeto político, deputado estadual Orlando Morando, e o ex-prefeito William Dib, com quem mantém laços estreitos. O quarto colocado, Evandro de Lima (PTdoB), está alojado no governo Marinho como secretário de Relações Internacionais e pretende se manter no grupo petista.

Em Diadema, o também terceiro colocado na corrida eleitoral pelo Paço, Ricardo Yoshio (PMN), não será candidato a prefeito. Ele reforça, como o nome de maior expressão até então, a intenção do vereador tucano, Lauro Michels, pleitear o Executivo.
Horácio Neto e Ricardo Alvarez, ambos do Psol, concorreram às prefeituras de São Caetano e Santo André, respectivamente. Os dois tentarão retornar ao Legislativo ao invés de insistir no Paço.
Terceiro colocado na disputa pelo Executivo de Mauá, o deputado de verão Diniz Lopes (PR), será fiel ao prefeito Oswaldo Dias (PT), que lhe cedeu cargo de superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) por dois anos e reforçará a campanha do petista.
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