segunda-feira, 9 de maio de 2011

Até a Maria Auxiliadora pede Auxílio.

Todos os dias chegam ao sindicato dos professores - APEOESP inúmeras denúncias de assédio moral de toda natureza e as vitimas são sempre os educadores do Estado de São Paulo.

Abandonados a sua própria sorte, sem salário condizente com a sua capacidade profissional, desmotivados pela falta de perspectiva no âmbito da escola Pública, esses profissionais mais uma vez são vítimas da falta de política educacional dos desgovernos tucano do Estado de São Paulo.

Como se não bastasse o conjunto de ataques desferidos pelos sucessivos governantes, a educação no Estado está sucateada, por absoluta falta de investimentos e das condições de trabalho, que destacamos dentre outros,que a falta de suporte funcional tem comprometido ainda mais essa dura e fatídica realidade.

A falta de funcionários tem comprometido o pleno funcionamento das unidades escolares, somando-se a isto a falta de professores (e não dos professores), tem sido a tônica da atual gestão. Como o governo está de certa forma política e geograficamente distante, os professores são as vítimas visíveis do sistema, que diariamente se deparam com rebeliões, protestos, desorganização da estrutura funcional no interior das unidades escolares e ainda são achincalhados e vitimas de todas as Formas de violência disseminada na sociedade, que ecoam nos espaços de aglomeração Educacional.

A bola da vez da semana foi a Escola Maria Auxiliadora, situada num bairro de classe alta da cidade de São Bernardo do Campo, (Parque dos Pássaros) que sem nenhum funcionário agente de trabalho, tem se transformado num caos e nesse embate do dia a dia, tem levado professores a pedirem demissão e ou ser obrigado a se transferir para outros postos de trabalho, dado ao tensionamento e a irresponsabilidade do governo do estado que nada faz diante dessa abjeta realidade.

O atual Secretário de Educação fala, avalia, analisa, faz reunião, faz estudo, vai prá lar, vem pra cá, senta, descansa, dorme e as melhorias nunca aparecem. Seguramente o governador deve ter uma estratégia com esse caos que se encontra a educação estadual.

Penso que ele objetiva com essa alienação pedagógica, aprofundar ainda mais o estado falencial da educação pública no Estado e avançar nas privatizações, como já vem ocorrendo com vários serviços das escolas que vem sendo terceirizada, à custa de contrato de trabalho precarizado.Outro caso comprometedor é a contratação de site privados (Babica), onde são digitadas as notas dos alunos e posteriormente enviadas ao sistema do estado. Juridicamente esse ato poderá trazer transtornos e processos aos professores e as unidades escolares, pois todo sistema é vulnerável.

O Grau de tensionamento na EE Maria Auxiliadora foi tanto que um professor pediu exoneração e outro saiu de licença e deve desenvolver outra atividade externa a unidade escolar.

Enquanto isso a atual dirigente de ensino, que também faz do atual governo, (pois é cargo político de confiança) ,não dá as respostas que a categoria reclama e sem paciência espera. Dirigentes de ensino o que vocês estão fazendo como dignos representantes do governo nas regiões?

Na prática, professores e alunos são vitimas e peças de uma engrenagem corrida pelo tempo e de certa forma obsoleta para o estado burguês.

Esse quadro precisa mudar urgentemente e a única possibilidade de mudança é a nossa união com a comunidade escolar, com os educandos e com o conjunto dos educadores unidos e organizado em defesa da escola pública. É urgente a mudança de orientação e da direção do sindicato, para que retomemos campanhas já realizadas como: “O professor é meu amigo mexeu com ele mexeu comigo” e tantas outras que foram abandonadas pela atual gestão, tanto em nível Estadual, quanto em nível Regional.

Entendemos que a “força tarefa” possível nesse momento deve acionar os representantes da justiça, exigir do governo condições de trabalho para os professores, alunos e funcionários, sem criminalização de seguimentos do corpo discente e sem abrir mão da resolutividade dos conflitos intra-classe no campo das mudanças da política educacional do Estado em sintonia com as propaladas e contextualizadas “competências e habilidades pedagógicas”.



Mudar a Educação é urgente!!!

Aldo Santos-Sindicalista,Professor de filosofia nas escolas Pedra de Carvalho, Maria Auxiliadora e Jacob Casseb,Presidente da Associação do Professores de Filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, membro da Executiva Nacional do Psol(5/5/2011)

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