sábado, 16 de julho de 2011

Os moradores do condomínio habitacional Itacuruça, na rua Nelo Rossati, no Jardim Alvorada, em Santo André, criaram uma comissão para analisar as contas do empreendimento

Quinta-feira, 14 de Julho de 2011


Condôminos pedem saída de síndica

Rodrigo Pinto CADU PROIETI

DE SANTO ANDRÉ PARA O DIÁRIO REGIONAL



Os moradores do condomínio habitacional Itacuruça, na rua Nelo Rossati, no Jardim Alvorada, em Santo André, criaram uma comissão para analisar as contas do empreendimento. O objetivo da ação é pedir a destituição da síndica Aparecida Santana Longo, que faz a administração do espaço há 12 anos e, segundo os condôminos, acumulou cerca de R$1,6 milhão em dívidas ativas com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).



“Estamos tentando a destituição há muito tempo”, reclamou Alexandre de Paula Silva, líder da comissão dos moradores. “Agora, quer colocar uma empresa para administrar, só que não apresentou três propostas, conforme diz nosso estatuto”, destacou.



São 640 apartamentos no conjunto residencial e para conseguir que a sindica saia do cargo é necessário conseguir assinatura de 160 pessoas. De acordo com Silva, cerca de 100 condôminos estão a favor.



“Muita gente não está se importando com o problema, mas na hora que vier a cobrança judicial, todos terão de pagar esta dívida”, afirmou.

De acordo com dados da Justiça Federal, Aparecida ainda responde processo por sonegação de contribuição previdenciária (art. 337 e lei 8.212/91) e crimes praticados por particular contra a administração em geral. Para administrar cinco blocos, recebe salário mínimo (R$ 545) por portaria, sendo total mensal de R$ 2.745. “Ela vive disso e por isso não quer sair”, reclamou Silva. “Queremos nova assembleia para discutir, porque se teremos uma empresa administrando o condomínio, não tem motivos dela continuar recebendo este valor.”



Outro problema apontado pelo condômino é o fato da síndica tomar decisões sem antes consultar os moradores, conforme diz o estatuto.



“Aqui não existe democracia. Mandou fechar um dos principais portões de entrada e saída sem avisar ninguém”, destacou.



Uma moradora que não quis se identificar também engrossou o coro. “No fim do ano ela dá presentes e paga churrascos para algumas pessoas, que depois acabam ficando do lado dela”, disse. “Sempre consegue fazer manobra para continuar no poder, cancelando assembleias e remarcando em dias que ninguém pode ir.”



Desde a última quinta-feira, Aparecida Santana Longo está sendo procurada pelo Diário Regional, mas não atende a reportagem

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