quinta-feira, 11 de agosto de 2011

...Ex-vereador Aldo Santos foi mais contundente. "Gastar R$ 36 milhões numa reforma é escandaloso, é indecência, um assalto aos cofres públicos. Não se justifica", frisou o socialista.

Minami mantém licitação de reforma da Câmara

quinta-feira, 11 de agosto de 2011 7:55

Beto Silva

Do Diário do Grande ABC

Sob pressão, o presidente da Câmara de São Bernardo, Hiroyuki Minami (PSDB) ainda mantém a licitação para contratação de empresa que executará reforma do Palácio João Ramalho, que será mais uma nova Casa do que um simples reparo. A concorrência prevê abertura dos envelopes amanhã, às 9h. O valor pode chegar a R$ 36 milhões.

Ontem, as bancadas do PT (seis vereadores) e DEM (dois), encaminharam ofício ao tucano pedindo a suspensão do edital para que o projeto e os custos sejam melhor debatidos. O PSTU e o Psol também sugeriram a paralisação do edital, mas de maneira informal, durante protesto de estudantes na sessão.

"Queremos ter mais detalhes do que será feito", afirma o democrata Mauro Miaguti. "Temos de dialogar mais sobre o que de fato vai ser feito", completa o correligionário Fábio Landi.

O dirigente do Psol municipal e ex-vereador Aldo Santos foi mais contundente. "Gastar R$ 36 milhões numa reforma é escandaloso, é indecência, um assalto aos cofres públicos. Não se justifica", frisou o socialista.

Estudantes levaram faixas e cartazes pedindo que os recursos que serão aplicados na reforma e os que estão sendo depositados num fundo de reserva da Casa (caso Justiça decida pela validade do acréscimo, vai para a conta dos vereadores), referente ao aumento de 61,8% sobre o salário dos parlamentares (de R$ 9.300 para R$ 15 mil), fossem investidos em Educação Saúde e Segurança.

Diante da pressão dos vereadores, dos partidos e da sociedade, o presidente da Câmara adotou cautela, mas sem se pronunciar sobre o assunto. Por nota, Hiroyuki Minami informou que recebeu as solicitações para suspensão da licitação e que convocará reunião com os demais integrantes da mesa diretora para tomar posicionamento antes da entrega das propostas pelas empresas interessadas em fazer o serviço.

O presidente ressaltou ainda que o projeto de reforma foi discutido com os demais parlamentares ao longo de todo o processo de definição da obra. Até então, não havia sido registrada nenhuma manifestação contrária à iniciativa

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