terça-feira, 11 de outubro de 2011

Comandante Ernesto Guevara: sempre presente!


Nesse momento de absoluta falta de paradigmas éticos e de solidariedade humana, a figura de Ernesto Guevara, está presente como referência de transformação e utopia por um mundo novo, livre da opressão do capital e de suas mazelas decorrentes.

Há 44 anos, os algozes do capitalismo, comemoravam a morte de um guerrilheiro no dia 8-9/10/1967, porque, segundo eles, Che representava uma efetiva ameaça de ruptura com o modo de produção capitalista.

O que eles não previram com esse ato atroz, era o despertar, ainda mais, na consciência da juventude e lutadores mundiais, a referência e o símbolo de luta, resistência e libertação da classe trabalhadora em nível mundial.

Nas aulas de filosofia, quando apresento a contribuição de Ernesto Che Guevara aos alunos, como os filmes, seus escritos e a arte desenvolvida sobre sua figura, os alunos se localizam e nutrem interesse em conhecer com mais profundidade a contribuição dessa figura fantástica do movimento da esquerda revolucionária.

No pequeno povoado boliviano de La Higuera, a figura do internacionalista Ernesto Guevara está cada dia mais visível e presente nos corações e mentes dos revolucionários que para lá se dirigem, transformando esse pequeno local numa espécie de “santuário” mundial de esperança e vislumbre da classe trabalhadora.

Sem entrar no mérito do papel desempenhado pelos focos guerrilheiros na América latina no século passado, o contexto dessas ações representavam, naquele momento da história, as armas possíveis e disponíveis de resistência e ação contra o imperialismo americano e os governos sanguinários existentes.

Quatro décadas depois de sua morte, ele alimenta sonhos, desperta possibilidades e possibilita leituras e releituras sobre a necessidade permanente de derrotarmos o capitalismo mundial, que condena bilhões à fome e a morte precoce, em detrimento da concentração de renda e riqueza nas mãos de poucos.

Felizmente a juventude no mundo inteiro, inclusive no coração do capitalismo, se levanta e sinaliza que mudanças urgentes precisam ser efetivadas, em que pese, muitas vezes, sonhos se transformarem em pesadelos, pois os abutres do capitalismo se nutrem das suas carcaças e tentam dominar, controlar, domesticar e realinhar o continuísmo da dominação capital.

O neo-imperialismo de Obama, metaforicamente representado numa precisa ação de morte contra uma mosca num determinado programa de televisão, continua matando os adversários sem direito de defesa, da mesma forma em que se livrou da inocente mosca que o incomodava. Um espetáculo midiático. De um lado destrói as economias sob o pretexto de eliminar terroristas, de outro fomenta invasões que põe por terra a soberania dos povos, como vem ocorrendo com o povo da Líbia.

Nesses espaços de destroços, opressão e morte a bandeira e a figura de Che tremulam nas marchas libertárias, com o olhar fixo em um novo horizonte de prosperidade, onde conceitos e palavras opressoras de hoje deixarão de existir, dando lugar e espaço a mulher e o homem novo, que brotarão da primavera que eles supunham ter destruído.

Comandante Che Guevara Presente!!!

Aldo Santos. Dirigente Sindical, coordenador da corrente política TLS, Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, Membro do Coletivo Nacional de filosofia e da Executiva Nacional do Psol.

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