segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sua candidatura mudaria a política regional, contribuir ainda para o esclarecimento do assassinado de Celso Daniel, além de alavancar a esquerda e a ética na política

Uma história política a ser desvendada.


No dia 18 de janeiro de 2002, fomos tomados por um sentimento de profunda perda política com o seqüestro do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, mesmo estando escoltado pelo ex-segurança, Sergio Gomes da Silva. Na sociedade havia uma espécie de clamor e temor sobre o desfecho que tomaria aquele ato no cenário político regional e nacional. Celso Daniel, além de prefeito, era cotado para ser o coordenador da campanha "Lula Presidente", em 2002.
 No dia 20 de janeiro de 2002, o corpo do ex-prefeito foi deixado na Estrada de Juquitiba, com oito tiros no corpo. Acompanhei esse episódio nas ruas de Santo André, juntamente com uma multidão consternada pelo fatídico assassinato. A morte foi cercada de “mistérios”, a começar pelo câmbio quebrado da Pajero, dirigida por Sérgio Gomes. Dez anos depois, segundo reportagem: “Para Promotoria, morte de prefeito de Santo André foi encomendada após descoberta de esquema de corrupção. Polícia sustenta tese de crime comum. Segundo a promotoria, Celso Daniel foi morto porque teria descoberto esquema de desvio de verbas da prefeitura. Os recursos seriam pagos por meio de propina de empresas de ônibus para abastecer o caixa dois do PT. O partido nega. Em depoimento à CPI dos bingos, os irmãos do prefeito afirmaram que a morte estaria ligada ao esquema de corrupção”. (publicada na folha de São Paulo, 16/01/2012)
 Por parte de muitos setores, existe muita resistência em apurar até as últimas conseqüências os autores do crime e os interesses que levou a essa tragédia familiar e política.
 Existe ainda uma relação sinistra envolvendo os casos de mortes relacionadas com esse processo, contabilizando sete mortes de envolvidos e possíveis envolvidos no caso.
Nesse contexto é que os irmãos de Celso Daniel certamente temem por suas vidas, pois eles continuam exigindo a elucidação dos fatos sobre a morte do seu irmão e ex-prefeito de Santo André.
 A repercussão, 10 anos após sua morte, é uma demonstração inequívoca de que essa morte está em pauta, e até hoje as explicações para a população brasileira do ponto de vista policial e político não são convincentes.
 Além do desfecho policial, esse caso tem profundos desdobramentos políticos no cenário nacional. Nesse sentido, é conseqüente o posicionamento de Bruno José Daniel ao se filar ao Partido Socialismo e liberdade (PSOL), dentro do prazo legal para pleitear ou aceitar eventual candidatura.
 Sua possível participação política como candidato pautaria novamente esse episódio e contribuiria sobremaneira para esclarecer mais esse intrigante fato que continua inexplicável para o conjunto da população.
 Entendo que a Direção Municipal do PSOL de Santo André e região, juntamente com outros setores do Partido, deveriam sensibilizá-lo para que contribua com seu prestígio familiar e político com a população da cidade com a sua candidatura, num contexto de descrença na política regional, representada pelos partidos tradicionais ao longo dessa década. Sua candidatura mudaria a política regional, contribuir ainda para o esclarecimento do assassinado de Celso Daniel, além de alavancar a esquerda e a ética na política.
 Esperamos que, urgentemente, se conclua esse caso para que não paire dúvida sobre a conduta e a vida política dos representantes das cidades da região. A verdade deve prevalecer e os culpados deveriam ser condenando exemplarmente ao calabouço.
 Um passo a frente é preciso!
 Aldo Santos, Ex-vereador em SBC, Coordenador da APEOESP SBC, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo.


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