domingo, 25 de março de 2012

Educadores serão homenageados com Placa Luiza Mahin .

No mês de novembro de 2011, a subsede da apeoesp de são Bernardo do campo abriu um processo democrático via votação direta, onde os militantes poderiam indicar até três pessoas, personalidades ou entidades que vem contribuído ou se destacando na luta contra o racismo e o preconceito racial, em nível regional e ou nacional. O voto era livre e inúmeras pessoas e entidades foram votadas. Os mais votados foram: Professor Aldo Santos, Professor Aparecido Alexandre e o companheiro Adomair dirigente histórico do MNU.
Esses educadores receberão a placa Luiza Mahin, pelo reconhecimento das ações pedagógicas desenvolvidas nas escolas, no sindicato e na organização social.
Essa histórica lutadora e defensora das causas dos negros Luiza Mahin, Nasceu em Costa Mina, na áfrica, foi trazida para a Bahia no Brasil como escrava e se tornou uma liderança de luta pela emancipação das negras (os) que se encontravam escravizada (os).
Numa rápida conversa realizada no dia 20 de março de 2012, a comissão de negros e negras da apeoesp decidiram que esses companheiros receberão essa homenagem, em data a ser agendada, tendo como referência o dia 21 de março, reconhecido como o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial .
A nossa preocupação é transformar a luta contra o racismo e o preconceito racial para além das datas formalmente reconhecidas.São vários os casos explícitos de racismo que tem causado indignação a população brasileira e mundial, o que só reforça a ideias que o racismo esta presente nas relações cotidianas, na cultura e no imaginário popular, para a nossa triste constatação.
Conforme relato da imprensa, o fato que ocorreu em Embu das artes corrobora com essa dura estatística e realidade deplorável. Um casal de namorados estava na praça, quando dois indivíduos se aproximaram e começaram espancá-lo chamando-o de folgado,vagabundo, maloqueiro, negro amaldiçoado e macaco. Esse caso teve grande repercussão e impacto na mídia geral, alem de expressar uma realidade abjeta.
Além do processo de conscientização, é necessário que denunciemos essas práticas, que via de regra estão relacionada aos processos de opressão étnica e de classe.
Essa data assim como a farsa da abolição e outras datas marcantes, representam momentos de denúncias e anúncio de formas organizativas e libertárias.
Esse dia foi adotado pela Organização das Nações Unidas em 1976, como o dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, rememorando os 60 negros mortos e centenas de feridos, vítimas do preconceito racial em Shapeville, África do Sul em 1960.
Essas pessoas foram vítimas do preconceito racial, quando foram espancados por lutarem pela falta de liberdade de ir e vir dos negros, nos espaços de áreas branca da cidade.
Existe um longo e penoso caminho a ser percorrido sem subterfúgios, pois, diante de uma cultura perversa de dominação de classe que comodamente procuram justificar a escravidão, auferindo lucro explícitos ou implícito nessa transação comercial, que deve ser urgentemente extinta .
Essa atividade lucrativa e macabra perdurou por mais de 300 anos de escravidão capitalista que continua existindo nos escombros do atraso das relações de dominação de classe até nos dias atuais.
Combater o racismo é uma necessidade cotidiana e deve ser pautada nos encontros pedagógicos, nos movimentos sociais, sindicais e partidários em busca de uma nova sociedade livre da dominação étnica e de classe.


LLUTAR CONTRA O RACISMO E O PRECONCEITO RACIAL É PRECISO!!!

Aldo Santos, Ex-vereador/sbc, Coordenador da APEOESP-sbc, presidente da aproffesp, coordenador da corrente política TLS, Membro do Coletivo Nacional de Filosofia, militante do psol.

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