sábado, 30 de junho de 2012

Convenção do Psol de Ribeirão Pires indica candidato a prefeito e vice.

Convenção do Psol de Ribeirão Pires indica candidato a prefeito e vice. No dia 23 de junho de 2012, reunidos na sede do partido, concluímos o processo de debate interno e de relações com outros partido e fechamos os nomes para prefeito, vice e vereadores.Com essa decisão o partido se apresenta na cidade com o objetivo de avançar na construção partidária, debater os problemas da cidade e fazer o contra- ponto a partir de “um novo partido contra a velha política” .O projeto do partido e o programa de governo fará a diferença junto a população da cidade. Como o único partido de esquerda desta cidade, lembrando que demais já fizeram suas coligações, demonstrando ser de certa forma, farinha do mesmo lote. Pretendemos ainda constituir uma frente de esquerda na região, que se eleita, deverá modificar o tipo de administração Pública desta e demais Cidades, com transparência e participação popular . Foi aprovado como candidato a prefeito o professor Alberto Ticianelli e para vice o estudante de direito Eduardo Tavares Quirino. Maiores contatos liguem para: 99386081 ou: a.ticianelli@ig.com.br Diretório municipal do Psol de Ribeirão Pires..

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SOBRE O CONEG E A GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS.

Carta de esclarecimento conjuntural do movimento estudantil Atual Lucas Becker Na comemoração do nosso 5º ano de militância estudantil, já acreditávamos termos visto de tudo, as guerras de torcidas, as politicagens maquiavélicas de destruição mutua da esquerda, e as falas padronizadas impessoais que soam como dogmas a quem as escuta pela primeira vez. A análise da conjuntura até o momento, era de que o movimento estudantil estava morto, e que para que para reconstruí-lo, deveríamos atacar incisivamente as guerras partidárias, aglutinando as forças preocupadas em defender os interesses dos estudantes em detrimento dos interesses políticos das castas burocráticas dos partidos que compõem as entidades estudantis, apelando no plenário pela unificação das entidades, em especial a UNE. Mal sabíamos que foi necessário apenas 1 mês para mudar completamente a conjuntura dos últimos 22 anos do movimento estudantil universitário, 50 instituições federais declararam greve de docentes e técnicos administrativos, com uma adesão surpreendente das categorias, concretizando o que era considerado utópico na atual conjuntura nacional, uma greve geral de categoria. Com o receio de tomar represália, como a perca de disciplinas que apenas são ofertadas uma vez ao ano, e considerando as condições precárias da grande maioria dos novos campus estabelecidos pela política expansionista do REUNI, que aumenta o numero de universidades e vagas nos institutos federais, mas não aumenta na mesma proporção o investimento devido à aplicação ideal de tal medida, os estudantes da maioria dos Institutos federais, alinharam-se aos professores e técnicos administrativos, decretando greve estudantil. Em nossa redondeza, a UFABC e a UNIFESP, mobilizaram milhares de estudantes e elegeram comandos de greves combativos, porem, o mais interessante disso tudo, é que tanto aqui na Grande São Paulo, como na maior parte do país essas grandes mobilizações foram impulsionadas pelo espontaneísmo estudantil, com uma efêmera ou simplesmente nenhuma participação direta da UNE ou qualquer outra organizações vanguardistas de juventude. Onde está a UNE e o que é a UNE? ISSO NÃO NOS REPRESENTA, esses são hoje os questionamentos trazidos pela grande massa da juventude brasileira, que há quase vinte anos não vê mais sua organização de lutas colaborar por suas reivindicações, a maioria se quer sabe o que é a UNE, e a pequena parte que já teve o desprazer de participar de seus últimos congressos viram sua entidade virar um palco burocrático de disputa entre forças políticas. Nessa Conjuntura caótica, ocorreu o 60º Congresso de Entidades Gerais da UNE (Coneg), que contou com uma massiva participação de estudantes independentes, que queriam antes de tudo compreender os motivos que levaram a degeneração do sistema federal de ensino superior, um coerente e unificado discurso das organizações da esquerda da UNE, que pela primeira vez em anos, deixaram suas diferenças de lado e se aliaram contra a base governista da entidade, e uma política de despolitização e esvaziamento de debates muito mais selvagem que antes já se dera promovida pela base governista da UNE, que temia que sua numerosa massa arrebanhada de estudantes fosse cooptados pela coerência histórica da temível “Oposição unificada da UNE.” Atualmente a UNE encontra-se num momento crítico, depois de 22 anos de uma gestão que vive a reboque da direção majoritária do partido dos trabalhadores (PT), e que nos últimos 10 anos durante o governo Lula/ Dilma, amortece as lutas estudantis, dada a grandiosa estrutura oferecida pelo governo federal à direção majoritária da UNE e sua base de apoio, uma imensa parcela dos estudantes deixou de considerar a UNE como uma entidade representativa, para considera-la como uma entidade histórica, distante, que teve alguma participação na luta contra a ditadura, no movimento “fora Collor” e nada mais, a visão da UNE hoje para o estudante comum é de um bando de estudantes de cara pintada numa foto antiga em um livro de história do ensino médio. Está claro porem, que o grande período de esvaziamento político da entidade está chegando ao fim, o forte movimento espontaneísta, colocou em xeque o posicionamento reacionário da direção majoritária da UNE, que considerava o apoio incondicional ao governo federal (Lula / Dilma), como a tática mais correta a se tomar tanto pelo movimento estudantil como o sindical e social,contudo hoje a conjuntura histórica da luta está nítida e só não enxerga quem é cego ou não quer ver, por mais avançado que nosso governo possa ser, ele compactua com a corja elitista que governa esse país a 500 anos, e não a enfrentará para pleitear maiores investimentos a educação, a devida aplicação do REUNI e alem de também fugir das bandeiras mais gritantes e históricas dos trabalhadores, como a divisão das terras improdutivas de nosso país com as famílias camponesas cuja agricultura familiar movimenta 80% dos gêneros alimentícios no mercado nacional, a reforma tributária para questionar a situação atual onde o Brasil é a 5ª Economia do mundo e a 88ª nação em distribuição de renda, a democratização do espaço da mídia que hoje é dominada por uma dezena de famílias que controlam todos os meios de comunicação, entre outras bandeiras que foram abandonadas e que jamais serão resolvidas por esse governo e a política de compactuação com a ordem. Com o xeque-mate conjuntural, a majoritária da UNE não tinha mais como ludibriar seus militantes das “maravilhas” do REUNI e do governo Lula, está evidente que essa política está sucateando a nível nacional as universidades federais, abarrotando prédios universitários com o maior numero possível de estudantes, e convertendo prédios e escolas infantis abandonadas em Campus provisórios “eternos” dado a processos de licitações dos futuros campus que nunca são aprovados, outra defesa governista histórica da majoritária, a defesa do PROUNI, também está sendo bastante questionado pela oposição e parte das massas, devido primeiramente as medidas fascista de manutenção da bolsa, e que essa política financia e fortalece as redes privadas de educação, principais interessadas no sucateamento da educação publica de todos os níveis, alem de também reduzir o investimento necessário para a expansão do ensino público universitário de qualidade para todos que é um direito constitucional de todos os brasileiros. Basicamente o governo federal está expandindo a nível nacional a política de sucateamento tucano da educação no estado de São Paulo, (escolas estaduais, ETECS e FATECS). Sabendo que não poderia convencer sua base seus argumentos torpes, a majoritária fez de tudo possível para afastá-la dos grupos de debate e com uma organização exemplar fomentou uma cultura de festas de uma maneira mais radical que a normal durante o congresso, a vinda de suas delegações atrasou um dia, não houve orientação de quais eram os grupos de discussão, e nem os horários das atividades, ofereceram barris de chopp aos estudantes durante os debates, e na noite de sábado para domingo mobilizaram 4 ônibus para levar o maior numero possível de pessoas à noite boêmia do Rio de Janeiro nos arcos da Lapa, trazendo sua juventude de volta ao alojamento faltando 10 minutos para as 6 da manhã, sendo que a abertura da plenária final estava marcada para as 8 horas da manhã. A plenária final tinha a tarefa de aprovar deliberações de suma importância que representavam os anseios nacionais dos estudantes grevistas, tais como a aprovação do apoio da UNE à formação do comando estudantil nacional de greve, e a posição da entidade quanto ao REUNI que foi o cerne do surgimento da greve geral dos docentes do ensino superior. A situação temia pela perda de seu tão precioso apoio federal, de sua estrutura e almoços com figuras importantes do governo, mas também temia ser deslegitimada pela grande massa em fúria e cadente por reformas na educação, que pela primeira vez poderia tirá-la da direção do movimento estudantil, agarrou-se então a política de controle das massas da burguesia, a alienação, e torcia para que o sono de seus delegados fosse maior que sua vontade de ouvir a oposição, e pela infelicidade da esquerda, assim como na vida cotidiana da disputa com os donos do capital, a alienação fora vitoriosa. A esquerda não se deixou abatida pela situação, e pela primeira vez em décadas deram as mãos e se unificaram contra a deturpação do movimento estudantil, a UNE agora não era mais um ringue político com diversos partidos disputando base entre si, agora a UNE é apenas dois coros, forças governistas x forças da esquerda. A união da esquerda se dera pelo comum ideal das forças conscientes, que é libertar o movimento estudantil da prostituição de suas entidades ao governo federal e a burocracia partidária e fomentar a participação da base estudantil no movimento. Agora é tudo ou nada, não se trata mais de quem tem a melhor política partidária, ou de como o outro partido é ruim e malvado, trata-se de salvar o movimento estudantil. E a esquerda enfrentou o bom combate, colocou suas posições coerentes nos grupos de discussão, desmascarou as mentiras governistas, e nas oportunidades de disputa de base deu sua cara à tapa e conquistou o apoio de diversos estudantes independentes e uma pequena parcela da base arrebanhada das forças majoritárias que estava interessada em participar dos debates. No plenário, o medo da força majoritária era evidente, atrasaram a entrada de seus delegados a fim de prepará-los para não ouvirem a oposição, apenas votarem e apoiarem suas palavras de ordem, mesmo assim a “Oposição Unificada” conquistou todos os espaços possíveis, mostrava a incoerência da posição política das forças de situação com suas palavras de ordem: “TODO MUNDO SABE A UJS TA NO COLO DO KASSAB”,em alusão ao apoio do PCdoB a criação do partido de extrema direita do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, nas respostas as palavras de ordem das forças majoritárias como por exemplo: “A COPA DO MUNDO É NOSSA COM COMUNISTA NÃO HÁ QUEM POSSA” ,palavra de ordem do campo majoritário com alusão aos avanços do PCdoB na administração das obras da copa, que foi brilhantemente respondida por “DA COPA DO MUNDO EU ABRO MÃO, MAIS DINHEIRO PARA SAUDE E EDUCAÇÃO” , nas falas e defesas no plenário a esquerda unificada também se mostrou coesa e para quem acompanhou o debate, ficou escancarado o posicionamento oportunista da direção majoritária da UNE. Mesmo assim, a alienação mais uma vez conseguiu uma grande vitória, e devido ao numero maciço de delegados da força majoritária que estavam alheios ao debate político, o campo majoritário conseguiu encaminhar e vetar todas as propostas que queria, sendo que infelizmente não foi aprovado o apoio da UNE a formação de um comando nacional de greve composto por estudantes eleitos de cada universidade. A derrota dessa vez porem, não tinha um gosto amargo, como fora as derrotas dos últimos anos, agora ela tinha um gosto de esperança, um sorriso surge na boca da esquerda e nossos braços se entrelaçam, sabemos que a majoritária não ganhou nada, que ela manipulou e arrebanhou uma massa, que ela não vai as ruas vivenciar os problemas diários dos estudantes e que nunca a categoria estudantil vai enxergar nela como uma real força de direção do movimento, mas o mais importante, é que esquerda está finalmente unida, e pronta para enfrentar esse momento histórico e limpar a corja da base governista do movimento estudantil de uma vez por todas. Mesmo com a derrota, a esquerda da UNE não deixou de se articular, se uniu a todas as forças que são de fato a favor da greve docente e discente e está construindo o comando estudantil nacional de greve juntamente com algumas forças que em 2009 se cansaram de disputar a UNE e criaram uma nova entidade estudantil a ANEL, e unidos estão tocando a pauta de reivindicações e lutas exigidos pelos estudantes universitários de todo o país. Quanto aos companheiros que estão independentes, cansados pela guerra partidária e o desgaste nos sindicatos e movimentos, vos trago a boa nova do movimento estudantil, a conjuntura mudou! E com ela também temos de mudar nossas concepções, todo o apoio à oposição unificada da UNE! Que a esquerda una-se mais uma vez para transformar a realidade, camaradas AVANTE! Santo André, 22/06/2012

PLENÁRIA SEMESTRAL DA TLS.


PLENÁRIA SEMESTRAL DA TLS.

Conforme decidido na nossa última reunião realizada   no dia do último CER.

  A plenária da TLS será realizada no dia 28 de julho de 2012, na capital-sp.(o local será comunicado em breve)

Essa plenária é regimental e deve contar com a ativa participação dos militantes da TLS.

 Sugestão de Pauta:

9 horas- Debate e encaminhamentos sobre a conjuntura geral e sindical;

12:30 as 13:30, almoço.

13:30 horas- Movimento estudantil, popular, gênero e etnia;

15 horas- Informes, prestação de contas e Finanças;

16 horas- Debate e encaminhamentos sobre nossa atuação partidária e eleições 2012.

18 horas- Encerramento.

Contamos com a presença de todos.

Aguardamos contribuição por escrito até uma semana antes do evento para distribuir entre os participantes de preferência com antecipação.

Sem mais,

Atenciosamente,

Núcleo Dirigente Central da TLS.

PSOL define Aldo Santos para prefeito


PSOL define Aldo Santos para prefeito



Da Redação

Com a presença de mais de cem filiados foi realizada a convenção do PSOL de São Bernardo, que referendou o nome de Aldo Santos como pré-candidato a prefeito e o Professor Diógenes Freitas Batista como pré-candidato a vice-prefeito. “Pretendemos concluir nossa relação com o PCB, bem como foi aprovada uma chapa com mais de 20 candidatos e candidatas a vereadores na cidade”, destacou Aldo. Foi debatido o programa de governo, com a exposição inicial feita por Aldo Santos, com posterior participação da plenária, onde foram apresentadas várias sugestões de proposta para ampliar o nosso plano de ação.
“O próximo passo será a organização da luta, com reuniões nos bairros, organizando a coordenação de campanha dos candidatos a vereadores, planejar o lançamento dos candidatos”.
Marcelo Reina do PSOL de S.. André, disse: "que a candidatura do companheiro Aldo Santo é emblemática, pois cumpre um papel importante no questionamento a justiça burguesa, aprofunda o debate sobre o que é a
 ética na política”.
(publicado no abcdreporter).
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Abusos contra os pobres


Uma lei necessária: ao decidir por despejo, o juiz tem de mostrar que os sem-terra têm onde ficar. O Executivo tem de dar transporte até esse lugar

Refletindo a condição de classe da maioria dos integrantes da magistratura, os mandados de despejo contra famílias sem-teto que ocupam áreas ociosas, a fim de conseguir um lugar para viver, são invariavelmente decididos a favor dos proprietários.

Não têm esses juízes a menor consideração com o direito dos ocupantes, que é garantido pela Constituição Federal.

Não se preocupam minimamente em saber se os requerentes possuem títulos que comprovem a propriedade do imóvel ocupado. Menos ainda se preocupam com o destino das famílias despejadas, que, não tendo para onde ir, ocupam outro imóvel ou acampam na beira das estradas. Uma vergonha nacional.

Pessoas de consciência estão lançando uma campanha de assinaturas para embasar um projeto de lei de iniciativa popular que exija dos juízes a comprovação de que os despejados têm lugar para ficar e de que o Executivo colocou meio de transporte adequado para que a ele se dirijam. É possível saber mais no sitewww.correiocidadania.com.br.

É raro, contudo, juiz que, excedendo-se no desejo de agradar os proprietários, chegue ao cumulo de processar os organizadores das ocupações. Mas esse é o caso de uma juíza de Embu das Artes.

Ela condenou um dos organizadores da ocupação, Guilherme Boulos, a pagar multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento da ordem de despejo. Foi ainda além: determinou à autoridade policial a abertura de procedimento criminal contra o referido senhor pelo crime de ameaça à sua integridade física.

Não houve, contudo, qualquer palavra dita por Guilherme Boulos ou outro dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, em publico ou em particular, que contivesse qualquer ameaça à magistrada. Menos ainda qualquer gesto ameaçador, até porque em nenhum momento eles se avistaram.

Isso não impediu que a magistrada fosse à imprensa, colocando-se como ameaçada, supostamente por cumprir seu dever.

Pretendeu, com isso, confundir a opinião pública, ao associar o movimento social a atos criminosos contra autoridades judiciais, tal como ocorreu no ano passado, com o assassinato da juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro. Não cabe qualquer paralelo entre os casos.

Há uma possível explicação para a sentença absurda, que define o movimento social como "criminoso" e "guerrilheiro": a requerente da ação de despejo em questão é irmã de uma escrevente na vara da magistrada.

A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) representou contra a magistrada junto à Corregedoria da Justiça por abuso de autoridade e demora em se posicionar nesse caso.

Aliás, a CDHU e a prefeitura municipal defendem a implementação de programa habitacional na referida área, para o atendimento das famílias sem-teto da região.

Comportamentos abusivos precisam ser punidos pelo Conselho Superior da Magistratura. Fica aqui a denúncia. Esperemos pela resposta.



PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO, 81, advogado, foi deputado federal pelo PT-SP (1985-1991), consultor da FAO (Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação) e candidato a presidente pelo PSOL

Reunião organizadora dos Sem-Casa


A moradia  se conquista.

 O projeto “minha casa, minha dívida” do governo Federal dentre outras “contribuições” favoreceu a especulação imobiliária que  vem crescendo no Brasil inteiro,  impedindo que  os pobres tenham condições de comprar um terreno para  fixar MORADIA.

Não podemos ter ilusão diante dessa dura realidade, pois a única saída é nossa união e organização para resolver esse grave problema social. O déficit habitacional na cidade e região é muito grande, por isso, somente os sem casas unidos e organizados  é que poderão solucionar esse  drama SOCIAL.

Nesse sentido estamos convidando você para nos organizarmos e juntos lutarmos por moradia, como inúmeras iniciativas que deram certo e na prática solucionou esse tão grave problema. 

Compareça a nossa reunião e convide seus vizinhos e amigos para mais  essa jornada de lutas e conquistas.

Todo DOMINGO  às 15 horas na Avenida Prestes Maia,233, centro de SBCampo.



Comissão de moradia






OS ACAMPADOS DO NOVO PINHEIRINHO PRECISAM DE SUA AJUDA.


Festa Junina Solidária.



Aqueça sua solidariedade. Nesse frio, debaixo de uma lona a vida é mais difícil. Os acampados estão precisando de sua ajuda.

PARTICIPE NO DIA 30 DE JUNHO A PARTIR DAS 18 HORAS e leve ao sindicato 1 kg de alimento não perecível e roupas que você não usa, para amenizar o frio e o sofrimento dos acampados do Novo Pinheirinho.



FAVOR ENTREGAR NA SUBSEDE DA APEOESP SBC. AVENIDA PRESTES MAIA, 233, CENTRO DE SBCAMPO.







Coordenação da APEOESP.SBC


segunda-feira, 25 de junho de 2012

A violência racial no Brasil


Todo camburão tem um pouco de navio negreiro"Marcelo Yuka
O que há de comum entre um guerrilheiro vietcong em combate contra o exército norte-americano - o mais poderoso da Terra - na guerra do Vietnã, na década de 1960, e um jovem negro do Capão Redondo, periferia de São Paulo, hoje?
Ambos morrem cedo, muito cedo, com vantagem para o guerrilheiro vietcong. Enquanto um combatente no Vietnã, enfrentando a maior potência militar do planeta, tinha uma expectativa média de vida de oito anos, o jovem negro do Capão Redondo não deve esperar viver mais do que cinco, a partir do momento em que passa a pertencer aos quadros dos soldados do tráfico.
Os dados do antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, podem assustar ou soar alarmistas, mas o que fazem mesmo é dar uma idéia mais aproximada da realidade de que, apesar das aparências de paz, vivemos uma guerra. Não declarada, mas uma guerra, com as vítimas de sempre.
Quando a Globo mostrou, num domingo, no "Fantástico", o documentário "Falcão -Soldados do Tráfico", de MV Bil, a estatística pôde ser comprovada: de todos os meninos entrevistados no documentário, gravado no curto período de menos de um ano, nas principais regiões metropolitanas brasileiras, apenas um sobreviveu para contar a história.
Nascer negro, no Brasil, como se vê, não significa apenas ser candidato a viver nos piores indicadores de carência e pobreza, ganhar cerca de 54% menos, não freqüentar escolas públicas de qualidade e estar condenado a condições subalternas. Significa, principalmente: morrer mais cedo.
A expectativa de vida de um homem negro no Brasil é seis anos menor do que a de um homem branco, de acordo com dados do IPEA, confirmados por todos os demais indicadores sócio-econômicos disponíveis. Isso, em condições normais, digamos assim.
A violência urbana, contudo, tem se encarregado de encurtar ainda mais a precária vida dos jovens pobres - na sua imensa maioria, negros.
O curioso é que esse quadro não se altera, ano após ano. Aparece quase todos os dias na mídia, em estudos acadêmicos, nos indicadores sócio-econômicos e no Mapa da Desigualdade Racial, produzido pelo PNUD. Sua repetição, de tão freqüente, tornou-se monótona. É como uma aberração que, por alguma razão, naturalizou-se. Passou a ser um dado que não provoca mais espanto, nem perplexidade nas pessoas.
A violência dos baixos salários e das condições de vida sub-humanas (de acordo com Estudo do IPEA, 63% da população que vive abaixo da linha de pobreza é negra, e o mesmo ocorre com a condição racial dos 70% que vivem abaixo da linha de indigência) se soma a um outro tipo de violência, não menos perversa, nem menos cruel: a violência do Estado.
Sabe-se que, no sistema de exploração capitalista, o aparelho policial, a máquina repressiva, não é neutra: tem suas vítimas preferenciais. No caso brasileiro, a vítima preferencial é do sexo masculino, jovem e, claro, sempre negra.
GENOCÍDIO
Estudos recentes divulgados pela ONU, no ano passado, atestam que 70% dos jovens com idade entre 15 e 24 anos, vítimas de homicídio no Brasil, são jovens negros, o que caracteriza uma espécie de genocídio que, do mesmo modo, vem se naturalizando, ano após ano. Isso não provoca mais reação de indignação da sociedade civil organizada, nem das organizações de direitos humanos.
É chocante como pessoas bem informadas, que desenvolveram uma notável sensibilidade para determinadas questões, perderam a capacidade de se indignar com dados como esses. Não é muito diferente o que acontece com a indiferença em face da morte de dezenas de crianças indígenas por desnutrição - ou seja, fome - nos últimos dois anos.
É como se crianças morrerem de fome não fosse tão grave por serem crianças indígenas, eis a que ponto chega essa espécie de embotamento social. As mesmas pessoas que sentem repulsa e ânsia de vômito pelo assassinato do menino João Hélio, de uma família de classe média, no Rio, por delinqüentes juvenis, que o arrastaram depois de o garoto ficar preso ao cinto de segurança, não conseguissem reagir à tragédia de crianças de um ou dois anos morrerem por falta de comida - o mais recente capítulo do genocídio de 507 anos, responsável pela redução das populações indígenas de 6,5 milhões, no século XVI, para apenas pouco mais de 700 mil, neste século.
No episódio da guerra entre a Polícia e o Primeiro Comando da Capital (PCC) - a facção criminosa que domina os presídios de São Paulo -, em maio de 2006, os números também não deixaram dúvidas sobre quem são as vítimas. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, num massacre a céu aberto no Carandiru[GK1], produzido pela Polícia paulista durante uma semana, dos suspeitos mortos, 63% tinham a cor distintiva: negra.
A combinação de pobreza e raça - ou seja, exploração de classe e discriminação racial, fruto de três séculos e meio de escravismo e mais cento e vinte anos da modalidade de racismo camuflado - torna óbvia e previsível a equação sinistra: pobreza + condição racial = morte prematura.
AS CAUSAS DA VIOLÊNCIA RACIAL
Quando se discute desigualdade social e distribuição de renda no Brasil, há pelo menos um consenso, independentemente da posição política e ideológica de quem debata: com cinco copas conquistadas, o país é campeão mundial, não apenas em futebol, mas também no quesito desigualdade. Ou seja: não somos, jamais fomos um país pobre. Ao contrário: somos um país riquíssimo, mas socialmente injusto e, etnicamente, profundamente desigual.
Sob esse aspecto, entretanto, não há nenhum acordo quanto ao fato de que a desigualdade racial e de gênero por aqui são os dois elementos estruturantes da desigualdade social brasileira, obscena mesmo para os nossos padrões.
É a combinação de exploração capitalista, em um nível escandaloso de perversão, e discriminação racial - herança de quase quatro séculos de escravismo - que faz do Brasil o que é: um modelo mundial de desigualdade, digno de figurar em qualquer ranking mundial, por qualquer ângulo que se analise.
Antes que alguém tire conclusões apressadas, é bom esclarecer: não estamos falando dos grotões atrasados, onde as relações de produção não chegaram ao padrão capitalista. Estamos falando do Brasil mais desenvolvido e industrializado. Tome-se, por exemplo, a região do ABC paulista.
Nos últimos trinta anos, essa região, com ênfase em São Bernardo do Campo, esteve no centro dos acontecimentos políticos, econômicos e sociais do país. Pode parecer redundante lembrar, mas trata-se da região-berço do novo sindicalismo que se espalhou pelo país, berço da CUT e do PT - o partido político hoje no Governo Federal, e que teve um papel fundamental na luta pelo fim da ditadura e pela redemocratização do país.
Não por acaso, São Bernardo do Campo é a cidade-residência do Presidente da República, e onde Lula tem seu domicílio eleitoral. Não se pode deixar de reconhecer que os movimentos sindicais e populares impulsionados por estes atores, que irromperam na cena política no final da década de 1970, tiveram uma forte importância para a modernização das relações sociais e políticas no Brasil e para a consolidação da incipiente democracia que temos, mesmo que jamais tenha passado do plano formal e esteja longe de significar inclusão e cidadania.
Vejamos quais são os indicadores sócio-econômicos e raciais dessa cidade, que tem, segundo o Censo do IBGE de 2000, em estudo do Observatório Afro-Brasileiro, coordenado pelo Professor Marcelo Paixão, da UFJR, 695.719 mil habitantes, dos quais 194.358, isto é, 27%, são afro-descendentes - pretos e pardos, de acordo com o critério do IBGE.
Trata-se, numericamente, da cidade, no ABC, com maior presença negra, ocupando o nono lugar no ranking de cidades com população negra no Estado de São Paulo.
O nível de rendimento médio mensal de um homem negro, em São Bernardo, é de, em média, R$ 690,00, enquanto um homem branco tem um rendimento de R$ 1.409,00. No caso da mulher negra, a defasagem se repete para pior: uma mulher negra tem um rendimento médio mensal de R$ 445,00, enquanto que, no caso de uma mulher branca, o rendimento passa para R$ 847,00.
Mas, não é só em termos de ganho salarial que o homem negro perde. A professora Nadya Guimarães, da USP, em estudo recente, chegou a uma conclusão interessante a respeito das desigualdades de natureza racial na região de onde saíram as principais lideranças sindicais do país, inclusive o próprio Presidente da República. Um homem negro, de acordo com o estudo, tem um tempo médio de permanência no emprego de 50 semanas, enquanto que, para um homem branco, esse tempo chega a 70 semanas.
A tradução dos dados não exige grande esforço: o negro é o último a ser admitido e o primeiro a ser alcançado nos cortes de pessoal que as empresas realizam com a periodicidade costumeira.
Mas, as desvantagens não ficam por aí: em São Bernardo do Campo, a taxa de analfabetismo da população negra maior de 15 anos de idade chega a 8%; a taxa da população branca é 3%; a taxa de analfabetismo funcional da população negra chega a 20%, e a da população branca, a 11%. Embora represente 27% da população, sua participação na composição racial da população analfabeta funcional e analfabeta maior de 15 anos chega a 41% e 47%, respectivamente.
A intensidade da pobreza e indigência da população negra não é menos reveladora: 50% dos negros de São Bernardo do Campo - 97.558 pessoas, ou seja, quase 100 mil - vive abaixo da linha de pobreza, e 25%, abaixo da linha de indigência.
Nas demais cidades da região, a situação se repete de forma quase tediosa: em todas, o dado comum em todos os indicadores é a desvantagem dos negros. Por que será que isso acontece em uma cidade e numa região que, ainda hoje - apesar da conhecida evasão de muitas empresas -, é o coração industrial do Brasil?
Dependendo do ângulo de visão e de análise, muitas hipóteses serão levantadas. Alguns dirão que os negros tiveram pouco acesso à Educação, são menos qualificados para o trabalho, por isso ganham menos. Outros buscarão explicações na questão social, ou seja: por ocuparem o lugar mais baixo na pirâmide de exclusão, são, naturalmente, os que ganham menos. Outros ainda dirão envergonhadamente com seus próprios botões (porque o racismo, no Brasil, não se assume) que é isso mesmo, sempre foi assim, mas, claro, há exceções, existem negros que são gente muito boa e até merecem melhorar de situação, coitados!
Há um pano de fundo em todos os argumentos, independentemente de onde partam, da direita ou da esquerda, dos mais toscos aos mais sofisticados: todos evitam tocar na questão racial, todos cuidadosamente evitam a "herança maldita", as seqüelas e as conseqüências, persistentes em todos os indicadores, dos 350 anos de escravismo e de uma abolição pela qual o Estado lavou as mãos em relação ao infortúnio da população negro-descendente brasileira.
Os governos e os políticos, de um modo geral, têm uma enorme dificuldade de compreender uma verdade histórica elementar: o nó da exclusão social, no Brasil, não é puramente econômico; tem uma interface racial que não pode ser ignorada porque aqui as seqüelas de 350 anos de escravismo permanecem plantadas.
Um outro estudo -desta vez do professor Rafael Guerreiro, do IPEA -, chamado Mobilidade Social dos Negros Brasileiros, é devastador em relação aos argumentos falaciosos que tentam negar - por ignorância ou má fé - o que está à vista de todos: os efeitos perversos do racismo e da violência racial nas relações sociais no Brasil.
Segundo Guerreiro, "a ideologia racista inculcada nas pessoas e nas instituições leva à reprodução, na sucessão das gerações e ao longo do ciclo da vida individual, do confinamento dos negros aos escalões inferiores da estrutura social, por intermédio de discriminação de ordens distintas, explícitas, veladas ou institucionais, que são acumuladas em desvantagens". Trata-se da naturalização das posições de invisibilidade e de subalternidade reservadas à população afrodescendente. A institucionalização da violência racial, portanto, há séculos.
O ETERNO SUSPEITO
A violência racial praticada pelo aparelho de Estado é seletiva também na abordagem. O alvo é o mesmo: o negro é suspeito, a ponto de o senso comum racista consagrar o bordão: "negro correndo é suspeito, parado é ladrão".
Uma pesquisa quantitativa realizada na cidade do Rio de Janeiro, em junho e julho de 2003, sobre experiências da população carioca com a polícia em situações de abordagem-, bem como um trabalho realizado pela Science, Sociedade Científica da Escola Nacional de Ciência e Estatísticas, sob coordenação de Denize Britz do Nascimento e José Matias Lima, confirmam o que todos já sabem.
Uma amostragem aleatória de 2.250 pessoas, com idades entre 15 e 65 anos, revelou o que não é segredo para ninguém: a ocorrência de revista corporal também varia sensivelmente conforme idade, gênero, cor e classe das pessoas abordadas.
Os jovens, os negros e as pessoas de renda e escolaridade mais baixas sofrem revista em proporções bem maiores do que os demais segmentos considerados.
É muito nítido que a polícia não só suspeita menos de pessoas brancas, mais velhas e de classe média que transitam pelas ruas da cidade, como tem maior "pudor" em revistá-las - procedimento fortemente associado à existência de suspeição, e via de regra, considerado humilhante.
A pesquisa revela que os auto-declarados pretos foram revistados em proporção significativamente maior do que os auto-declarados brancos - 55% contra 32,6%, relatam as professoras Silvia Ramos e Leonarda Musumeci, em Elemento Suspeito, livro sobre a abordagem policial e discriminação na cidade do Rio de Janeiro, editado pela Civilização Brasileira.
Desnecessário acrescentar que o que vale para o Rio vale para São Paulo e para todos os demais grandes centros do país - Brasília, Recife, Salvador etc. -, onde a combinação de pobreza e raça constituem a senha para a morte.
SAINDO DO GUETO
Mas, se os indicadores são tão óbvios, monótonos até, de tão repetitivos, por que a sociedade não reage? Melhor dizendo: por que os setores organizados da classe média - inclusive aqueles que se declaram de esquerda - não reagem?
Afinal, é a mesma classe média capaz de sair às ruas em passeatas pela paz, quando um dos seus é atingido pela violência. A repercussão na mídia é imediata, e a comoção, instantânea. Entretanto, considera muito natural - quase um dado da realidade -quando jovens negros são alvos da chacina que acontece do outro lado da rua.
Na prática, há um divórcio entre a pobreza negra e a classe média branca - mesmo a que tem tendências progressistas -, o qual é mantido pelo mito e pela mentira da democracia racial, que representa uma espécie de senha para o silêncio geral diante da violência do racismo e da discriminação apontada nos indicadores.
O muro do apartheid é invisível, mas está lá. Não há dúvida quanto à sua eficácia para neutralizar a reação organizada dos setores da sociedade capazes de paralisar o ciclo de violência. É como se houvesse um pacto silencioso baseado no princípio de que "se não são dos nossos, não nos diz respeito". O matar e o morrer passam a ser um desdobramento da própria vida e da violência em que vive, ou melhor, tenta sobreviver a parcela da população negra, que é alvo.
A violência que começa com a superexploração capitalista é potencializada e amplificada pelo Estado - na medida em que este é mero instrumento de reprodução de uma ordem da qual a violência é componente intrínseca -, tanto do ponto de vista econômico e social, quanto do ponto de vista racial.
Aliás, o mesmo Estado patrocinador e mantenedor da "desordem" organizada, não apenas pratica a violência racial direta, eliminando suas vítimas - em confrontos reais ou fictícios, não importa -, mas também reproduz um sistema montado para garantir a concentração de renda e a continuidade das desigualdades sociais, e pratica racismo institucional de forma sistemática.
ENCONTRANDO AS SAÍDAS
É curioso como as pessoas - mesmo acadêmicos renomados e setores considerados progressistas -acabam por esquecer que o escravismo, no caso brasileiro, não foi uma relação privada entre os senhores da Casa Grande e os negros e as negras seqüestrados do continente africano por quase quatro séculos.
Foi um negócio privado, sim, mas mantido, sustentado e avalizado pelo Estado por meio de Leis, como as Leis da Terra (1850), do Ventre Livre (1871), Sexagenário (1885) e Áurea (1888). Essa última foi o derradeiro ato de uma série de normas jurídicas adotadas para satisfazer as pressões inglesas - ou seja, as chamadas "leis para inglês ver".
Não por acaso, a Abolição no Brasil, sacramentada por intermédio da Lei Áurea e concretizada quando a maioria da população negra escravizada já havia se evadido para os quilombos, não representou a inclusão de nenhum negro aos direitos básicos da cidadania; como escola, trabalho e moradia, dentre outros.
Ao contrário: a liberdade, para eles, representou a "rua da amargura"; o desamparo do desemprego, da falta de moradia, da favela - a nova senzala. Sobre os escombros da derrocada do escravismo, estruturou-se a República, em 1889. Como se vê, desde o princípio foi sempre a República de poucos - os mesmos.
A resistência do Estado brasileiro, ainda hoje, quase 120 anos depois da abolição do regime de trabalho escravo, em assumir suas responsabilidades por reparações, até mesmo com ações afirmativas e cotas (o Estatuto da Igualdade Racial e o PL 73/99 dormem um sono profundo nas gavetas do Congresso) é o indicador mais evidente de que a opção das elites dominantes continua a mesma: desejam seguir praticando a violência seletiva, que tem pobres e negros como alvos preferenciais.
Essa violência só cessará na medida em que os setores marginalizados da população - em especial, estes últimos - lograrem construir alianças capazes de enfrentar e superar a desigualdade social brasileira com seu componente de violência racial. Violência econômica, pela superexploração da força de trabalho; social, pela segregação dos guetos; e política, pela privação da cidadania, reduzida ao simulacro da participação em eleições viciadas.
Do mesmo modo que a pobreza, para os brancos, não é algo aleatório, mas sim produzido com a lógica e a racionalidade próprias do modo de produção capitalista, para a população negra, tampouco o é, pois é fruto da desvantagem que carrega pelos 350 anos de escravismo e mais 120 anos de uma modalidade de racismo que é, possivelmente, a pior existente no mundo: o racismo camuflado e hipócrita que jamais ousa dizer seu nome no Brasil.
Ou seja: os negros são pobres porque são negros, uma vez que carregam a desvantagem histórica de terem tido seus antepassados escravizados durante séculos.
Sem essa compreensão, será mantida a ideologia da democracia racial, que camufla e mascara (como é, aliás, o papel de qualquer ideologia), e que seguirá fazendo vítimas: as mesmas de sempre.
Dojival Vieira
Jornalista, Editor de Afropress - Agência Afro-Étnica de Notícias; presidente da ONG ABC SEM RACISMO; Membro da Comissão do movimento Brasil Afirmativo..

Processo deve ser visualizado pelos educadores por meio do sistema GDAE


Educação disponibiliza resultado do Concurso de Remoção de Docentes


Processo deve ser visualizado pelos educadores por meio do sistema GDAE

Os educadores que participaram do concurso de remoção já podem visualizar na página do GDAE (Gestão Dinâmica de Administração Escolar da Coordenadoria Geral de Recursos Humanos) o resultado da transferência. Os docentes assumirão suas funções na nova escola já a partir do próximo ano letivo.

Em caso de dúvidas, os professores podem entrar em contato com a Central de Atendimento da Secretaria de Estado da Educação, por meio do telefone 0800-7700012 ou pelo e-mail centralgdae@edunet.sp.gov.br.

O candidato que não tiver ou que tenha esquecido login e senha para acesso ao sistema GDAE deverá clicar em “Manual Para Acesso ao Sistema” e seguir as orientações

domingo, 24 de junho de 2012

MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA O GOLPE NO PARAGUAI QUE DESTITUIU O PRESIDENTE FERNANDO LUGO.


MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA O GOLPE  NO PARAGUAI QUE DESTITUIU O PRESIDENTE FERNANDO LUGO.

A America latina acompanha atônita o golpe de estado desencadeado pelas forças reacionárias do Paraguai.

Trata-se de uma nova modalidade ditatorial, uma espécie de “quartelada do congresso e do senado” que votou sumariamente o impeachment do presidente eleito democraticamente Fernando Lugo.

        Essa forma de usurpar o poder não é nova na America latina, e tem como exemplo recente a destituição do presidente Manuel Zelaya.

Ao reconhecer que esse golpe é uma evidente ameaça a democracia, países rechaçam a saída de Lugo. Até o momento esses países: Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Venezuela, Equador, Cuba, Peru, República Dominicana, El Salvador, Nicarágua e Panamá, se posicionaram contra essa agressão.

Repudiamos o retorno de ações ditatoriais na America latina que aos poucos vem se livrando desses algozes do imperialismo.

Somamos-nos ao povo paraguaio e aos lutadores que  rechaçam o receituário ditatorial , cujo conteúdo  se presta a oprimir, calar e matar o povo que luta por um novo mundo livre da opressão capitalista.

Avante companheiros e lutadores contra mais essa investida dos opressores do Paraguai.


TLS-TRABALHADORES NA LUTA

sexta-feira, 22 de junho de 2012

“Debate contra a violência nas escolas”




Relato sobre o “Debate contra a violência nas escolas”




A Subsede de São Bernardo do Campo realizou no dia 16 de Junho de 2012 o Debate contra a violência nas escolas onde contou com a presença de vários professores (as) e alunos (as), em especial dos palestrantes professor Rildo G. de Oliveira, diretor da E.E. Prof.ª Luiza Collaço que abordou sobre o cotidiano da vida escolar e professor Paulo Neves, diretor estadual da APEOESP que tratou sobre o papel da violência na história.

        Pontos da palestra e do debate:




1 – Atos indisciplinares – do ponto de vista legal, podemos tomar apenas os procedimentos (punição) que constam no regimento escolar;

2 – As escolas que foram propostas ao longo da história, por exemplo, Durkeim participou do processo da reconstrução de uma nova sociedade da França tentando reduzir o poder da igreja, onde propôs uma escola pautada na disciplina;

3 – Segundo estudo feito no início do século passado o tempo máximo de concentração dos alunos era cerca de 50 minutos, mas as pesquisas mais recentes apontam que, atualmente, os alunos conseguem se concentrar em torno de 5 a 7 minutos;

4 – Observamos claramente que o modelo educacional é fordista, ou seja, fragmentado, o aluno entra em uma sala para aprender matemática, após 50 minutos passa a aprender geografia e assim consecutivamente;

5 – Precisamos fazer uma reflexão profunda e questionar sobre para que estamos preparando os alunos e qual escola queremos;

6 – A experiência implantada na E.E. Prof.ª Luiza Collaço que chegou a ter 120 candidatos da comunidade participando da eleição do conselho de escola;

7 – Existe a ausência da família, as pessoas estão sem referência familiar;

8 – O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) tipifica agressão física como ato infracional;

9 – A educação para poucos se confronta com a educação para todos, nesse contexto surgiu Paulo Freire para fazer o contraponto e insistir que a educação tem que ser para todos;

10 – Em 1991 o Brasil insere a progressão continuada que na visão do governo é a aprovação automática;

11 – Temos claramente um problema de estrutura nas escolas: não temos infraestrutura, não temos quantidade suficiente de professores;

12 – Somos o elo direto com o poder público na região (entre comunidade x estado ou prefeitura); precisamos municiar a comunidade sobre a omissão e os problemas da escola de responsabilidade do poder público;

13 – Em 2010 investiram apenas 4% do PIB em educação e, atualmente, no PNE estão discutindo em torno de 8% apontando para 10% com os recursos do Pré-Sal, porém esse investimento está previsto para 2022. Não podemos concordar que isso seja uma vitória, pelo contrário, será uma grande derrota para o projeto social. Defendemos 10% do PIB imediatamente para a educação pública.

14 – Via de regra grande parte dos problemas da sociedade refletem dentro das paredes das escolas. Não podemos nos isolar e aceitar o que a política neoliberal insere nas escolas. CONTRA A VIOLÊNCIA NA ESCOLA É A DENÚNCIA E A UNIFICAÇÃO.

15 – Temos no sindicato mais ou menos umas 10 escolas com problemas de violência como Pedra de Carvalho, Kennedy, Palmira, João Batista Bernardes, Clarice, entre outras. O problema é que uma parte deixou de fazer a luta política, vivenciamos um momento em que a maioria da militância foi absorvida pela máquina. Precisamos urgentemente nos organizarmos para a luta política.

16 – A escola é o local onde os alunos são os atores políticos e precisam reivindicar melhorias para uma classe, ou seja, atuar politicamente para transformar uma realidade.



Deliberação da plenária:




1 – Campanha “em busca de melhorias para a educação pública”, estaremos juntos com os estudantes e com os pais; Fazer adesivos: “O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo!”;

2 – Convite aos professores Rildo e Paulo Neves para fazerem esse debate no próximo RE do dia 16 de Agosto;

3 – Convidar a Dirigente de ensino de SBC para participar do RE e apresentar as propostas da DE e do estado para erradicar a violência nas escolas;

4-Concurso público pelo para contratação de funcionários  de apoio educacional;

5 – Solicitar aos parlamentares que façam um Projeto de Lei para implementar o “Dia da família na escola”,como já acontece em outros países;

6 – Impulsionar os debates com os candidatos a prefeito e vereadores nas escolas;

7 – Estabelecer fóruns de debates no sindicato e nas escolas .

8--Retomar projetos a partir das experiências demonstradas pelo diretor expositor;

9-Democratizar as relações nas escolas  apoiando e incentivando a organização dos grêmios livres estudantis, bem como os conselhos de escolas;

10-Tratar a questão da violência como desafio educacional e não policial, implantando nas escolas as comissões de convivência e normas;

Todos esses pontos são indicativos para serem apresentados e aprovados na próxima reunião da executiva do sindicato.



Secretaria dos trabalhos.