domingo, 10 de junho de 2012

Infelizmente a direção estadual e municipal do PSOL não entendeu necessidade da frente de esquerda, e logo depois decidiu retirar a candidatura de Noélia Brito utilizando o método de calúnias contra a sua própria militante e contra nós tentando ...

No Recife, a desavença política parece que não paira apenas pelo PT e a Frente Popular. No início da tarde desta sábado (9), o PSTU lançou um comunicado acusando o PSOL de romper o que eles chamaram de frente de esquerda. A legenda afirma que tentou "insistentemente" chamar o PSOL e o PCB para firmar uma aliança, mas não houve resposta.


"Chegamos a abdicar da nossa pré candidatura e aceitamos ficar na vice de uma chapa com Noélia Brito do PSOL sendo a candidata majoritária. A direção estadual e o comitê municipal do PSOL fizeram o lançamento público da pré-candidatura de Noélia Brito à prefeitura do Recife, com a presença de Heloísa Helena e de outros partidos de oposição de esquerda no estado (PCB, Partido Pirata) em março deste ano, mas não convidaram o PSTU para este evento. Numa clara postura de nos excluir de uma possível coligação para as próximas eleições", diz o texto.

Apesar do conflito, no mês passado, o PSOL e o PSTU fizeram uma coletiva de imprensa conjunta para denunciar contratos irregulares da Prefeitura e do Governo do Estado com a construtora Delta, envolvida no esquema de corrupção do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Comandaram o evento a pré-candidata do Psol, Noélia Brito, e o pré-candidato pelo PSTU, Jair Pedro.


Crise do PSOL e a Frente de Esquerda

Chegou a hora dos lutadores sérios e socialistas da cidade apresentar uma alternativa a tudo isso que está aí. Disputando a consciência dos trabalhadores e do povo pobre, trazendo para o primeiro plano da campanha a luta diária dos que sofrem com o colapso dos serviços públicos, com a falta de emprego, e com a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais no Recife.

Chamamos os militantes sérios e honestos do PT a romperem com esse partido que nada mais tem a ver com suas origens dos anos de 1980 e muito menos com a luta dos trabalhadores e da juventude no Brasil.

Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) reafirmamos que vamos encarar o desafio de desmascarar o governo de frente popular em Pernambuco e em Recife e achamos que esse desafio não é só nosso, mas do conjunto da esquerda socialista como o PSOL e PCB, além dos movimentos sociais que se mantêm independentes desses governos.

Por isso apresentamos o companheiro Jair Pedro como pré-candidato do partido à prefeitura do Recife e temos feito um insistente chamado ao PSOL e ao PCB para que formemos uma frente de esquerda na cidade.

Uma frente de oposição de esquerda aos governos de Dilma, Eduardo e João da Costa; vinculada à luta dos trabalhadores; sem qualquer relação ou apoio financeiro de setores patronais, ou com partidos de aluguel e da direita tradicional é a melhor alternativa dos trabalhadores.

Em função de uma frente nesses moldes, chegamos a abdicar da nossa pré candidatura e aceitamos ficar na vice de uma chapa com Noélia Brito do PSOL sendo a candidata majoritária.

A direção estadual e o comitê municipal do PSOL fizeram o lançamento público da pré-candidatura de Noélia Brito à prefeitura do Recife, com a presença de Heloísa Helena e de outros partidos de oposição de esquerda no estado (PCB, Partido Pirata) em março deste ano, mas não convidaram o PSTU para este evento. Numa clara postura de nos excluir de uma possível coligação para as próximas eleições.

Acreditando que este não era o sentimento dos lutadores e socialistas sérios da cidade, continuamos chamando à formação de uma frente de esquerda e no lançamento de nosso pré-candidato Jair em abril, fizemos questão de convidar oficialmente o PSOL e o PCB para a atividade. E os dois partidos compareceram.

Infelizmente a direção estadual e municipal do PSOL não entendeu necessidade da frente de esquerda, e logo depois decidiu retirar a candidatura de Noélia Brito utilizando o método de calúnias contra a sua própria militante e contra nós tentando  nos responsabilizar pela crise do PSOL, como se estivéssemos intervindo na autonomia do PSOL.

Exigimos da direção do PSOL um mínimo de relação honesta e sincera. Se não fizermos uma frente de esquerda, que é lamentável, toda responsabilidade cabe aos dirigentes do PSOL estadual e municipal.

O que a companheira Noélia Brito e vários militantes do PSOL pensam sobre essa decisão já é de conhecimento público. Não sabemos exatamente quais são os interesses que estão por trás desses ZIG ZAGS da direção estadual do PSOL.

Mas temos certeza que uma frente encabeçada por Noélia, tendo Jair como vice, não deixaria espaço para qualquer compromisso eleitoreiro que envolvesse o PT, os partidos da direita tradicional ou mesmo os setores do fundamentalismo religioso que se reúnem em torno de Marina Silva e do projeto da chamada “nova política”.

Só nos resta agora reafirmar a pré-candidatura de Jair Pedro, apresentando um programa político que responda aos problemas enfrentados cotidianamente pelos trabalhadores da cidade, um programa para a cidade de Recife, mas sem vender a ilusão de que podemos melhorar nossas vidas apenas com uma “administração boa e honesta” da prefeitura.

Nada se resolverá sem a luta direta dos trabalhadores, sem campanhas nacionais e estaduais que questionem o modelo econômico levado pelos governos de Dilma, Eduardo, João da Costa. Nada de importante se resolverá sem a luta pelo socialismo.

Como o PSOL fechou qualquer diálogo ao nos atacar e lançar candidaturas de forma autoproclamatória, agora só resta fazer um chamado ao PCB no Recife para tentarmos compor uma frente. Uma frente que denuncie os governos do PT e da frente popular não só no Recife, mas também na região metropolitana e no interior do estado, pois o PT do mensalão e dos candidatos biônicos é o mesmo em todo lugar.

(publicado no blog de jamildo)




Nenhum comentário:

Postar um comentário