quinta-feira, 1 de novembro de 2012

No dia 24 de novembro a partir das 12 horas na EE ANTÔNIO CAPUTO, SITO A RUA MARCÍLIO CONRADO, 280, CENTRO DO RIACHO GRADE,compareça para saborear a tradicional feijoada feita pelo professor Cido, e participar da Congada do Parque São Bernardo.

ORGANIZE A SUA ESCOLA E PARTICIPE DESSE IMPORTANTE DEBATE.

Estamos sugerindo que durante o mês de Novembro façamos o debate sobre o significado dos Quilombos no Brasil, das revoltas dos negros escravizados nesse País e quais as lições que podemos tirar dessas lutas de resistências ao longo da História. Desses Quilombos o mais conhecido é o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, assassinado em 20 de novembro de 1695. As revoltas foram várias, porém, as mais importantes foram a revolta dos Malês e da Chibata.
 
Revolta dos Malês
 
“No ano de 1835, ocorreu em Salvador, Bahia, a Revolta dos Malês. Mas quem são os malês? A vocábulo “male” deriva da palavra da língua ioruba “imale”. Eram considerados malês os negros mulçumanos que resistiram e reagiram à imposição do catolicismo, mantendo sua crença e cultura. Bastante instruídos, por vezes, até mais do que seus senhores, os malês organizaram inúmeros levantes, o mais conhecido é a Revolta dos Malês.
 
Entre os líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim, juntos, conseguiram munição, armamentos e elaboraram um plano de luta contra os senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa. A batalha aconteceu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha do exército. Porém, uma denúncia alertou sobre o início da revolta.
 
Na noite de 24 de janeiro de 1835, alguns malês foram cercados pela polícia na Casa de Manuel Calafate, local onde muitos rebeldes foram mortos e presos. As autoridades agiram com rapidez, conseguiram combater ataques aos quartéis de Salvador, expulsando os revoltosos. Ao tentar fugir da cidade, um grupo de mais de quinhentos malês foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água de Meninos, onde ocorreram os combates decisivos, todos vencidos pelas forças policiais.
 
Neste confronto morreram sete integrantes da polícia e setenta malês. Aproximadamente duzentos escravos foram detidos no Forte do Mar e julgados nos tribunais. As condenações foram a pena de morte para os principais líderes, trabalhos forçados, fuzilamentos e açoites.
 
De acordo com o historiador João José Reis: “durante o levante, seus seguidores ocuparam as ruas usando roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e as espadas dos soldados”.
 
A Revolta dos Malês foi controlada com rapidez, mas acabou aumentando o medo de rebeliões de escravos em todas as províncias. O receio era de que os africanos conseguissem sua independência, como acontecera no Haiti naquela mesma época. Isso fez com que os senhores passassem a agir de forma mais rigorosa com os escravos e, em Salvador, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas e de praticar as suas cerimônias religiosas.” (Por Felipe Araújo,publicado no ehttp://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/).
 
A Revolta da Chibata
 
Essa revolta aconteceu no dia 22 de novembro de 1910, no Rio de janeiro. Depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues foi açoitado com 250 chibatadas e mesmo desmaiado continuou sendo açoitado, a revolta eclodiu. A revolta foi liderada pelo Almirante negro João Cândido que junto aos Marinheiros organizou a revolta contra o castigo da chibata, além de apresentar uma pauta de reivindicação.
 
O presidente Hermes da Fonseca decretou o fim dos castigos, porém traiu o acordo com os marinheiros, levando-os a prisão, a segregação e a morte por parte da repressão dos governantes.
 
O nosso sindicato luta, conquista e organiza.
 
         São inúmeras as possibilidades de estudo em relação a luta contra a escravidão. Podemos avaliar os aspectos geográficos, sociológicos, filosóficos, históricos e antropológicos sobre esse vasto tema.
 
É nesse contexto que a subsede da APEOESP de SBC anualmente debate e organiza os professores, alunos e militantes interessados nessa polêmica e na luta contra a tragédia da escravidão em nossa sociedade.
 
Há vários anos nossa subsede organiza e resiste contra todas as formas de preconceito racial ainda existente em nossa sociedade. Nossa subsede também fez parte da luta e da conquista desde a primeira propositura sobre a semana da consciência negra em 1989, apoiando também o projeto de lei do ex-vereador professor Aldo Santos que estabelecia o feriado no dia 20 de novembro em memória a luta histórica de Zumbi dos Palmares, que hoje é uma realidade.
 
O “nosso Quilombo” está sempre presente nas atividades do cotidiano, atento a qualquer forma de racismo ou preconceito racial, incentivando a história e a memória da luta e dos lutadores ainda marginalizados em nosso País.
 
Participe das atividades nas escolas, compareça a nossa tradicional feijoada e venha ouvir historiadores e militantes das nossas causas. Entre em contato com a comissão de etnia da subsede para organizar as atividades em sua escola, bem como, para ter acesso ao acervo de filmes e textos sobre o tema.
 
Organize grupos de trabalho, confeccionem cartazes sobre o tema e compareça no dia 24 de novembro a partir das 12 horas na  EE ANTÔNIO  CAPUTO, SITO A RUA  MARCÍLIO CONRADO, 280, CENTRO DO RIACHO GRADE, para saborear a tradicional feijoada feita pelo professor Cido, acompanhada da tradicional Congada do Parque São Bernardo, com debates e atividades culturais/musicais.
 
A atividade terá a seguinte   programação:
12 horas-Abertura com representantes do Movimento negro, religiosos e culturais;
12:30 horas- Exposição do  renomado Escritor de Livros didáticos Alfredo Buolos Junior, seguido de esclarecimentos;
13 horas- inicio da feijoada acompanhada de músicas típicas;
14 horas- apresentação da Congada do Parque São Bernardo(Ditinho da Congada);
15 horas- apresentações de estudantes, professores e comunidade ( Confirmar participação  com a professora Judite Arcanjo, da Escola Estadual Célio Luiz Negrini)
16 horas-Fechamento da atividade  com o artista  popular  Costa Sena.
 
Obs. O sindicato vai  disponibilizar 300 convites  da feijoada, que será dividido  proporcionalmente às forças políticas  representadas no sindicato  .Para o sócio  o convite será gratuito .
 
Coordenação da subsede da APEOESP–SBC
 
Comissão Anti racismo da subsede da APEOESP-SBC
 
(Cido, Aldo Santos, Conceição, Verinha, Judite, Josi, Rogélio, Vicente, Aldo Junior, Lourdes e Mazé. APOIO: LUCIMARA E ANTONIO MONIZ)

 

 

“Zumbi vive em todo ato de liberdade

e luta em defesa dos oprimidos.”Aldo Santos

 

 

 

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