quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Nayara A. Navarro - Presidente do Psol de SBC


Executiva do PSOL de São Bernardo do Campo (Final de 2012/2013)
 Nayara A. Navarro - Presidente
Aldo Santos – Vice-Presidente
Alan Aparecido/Maria Irene Palermo dos Santos – Secretaria Geral
Maria Devani Simões – Secretaria de finanças
Maxiliano Rosa – Secretaria de Comunicação
Lucas Becker – Secretaria de Juventude
Secretaria de Movimentos Sociais/Gênero e Etnia – falta preencher
 
Composição do Diretório Municipal do PSOL de São Bernardo do Campo
 
Maria de Lourdes de Souza
Felipe Borges
Diógenes B. Freitas
José Vicente
Raimundo Fé
Maria Rita
Paulo Neves
Daniel
Leandro Recife
Raniel
Francisco Martins Lima
Juju
Cícero
Aldo Santos Junior
Edivaldo
Hamilton

PRIMEIRO ENCONTRO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA


TUDO SOBRE O PRIMEIRO ENCONTRO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, VOCÊ ENCONTRA NO BLOG RENOVADO DA APROFFESP (AINDA ESTÁ EM FASE DE CONSTRUÇÃO)


ATENCIOSAMENTE,

ALDO SANTOS

PRESIDENTE DA APROFFESP

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Primeiro Encontro será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nos dias 6 e 7 de dezembro de 2012, auditório Paulo Kobayashi.


ASSOCIAÇÃO DOS PROFESS@RES DE FILOSOFIA E FILÓSOF@S DO ESTADO DE SÃO PAULO.

A Comissão Organizadora do 1° Encontro Estadual  de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo,  definiu local, o eixo temático e mesas de trabalho.

O Primeiro Encontro será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nos dias 6 e 7 de dezembro de 2012, auditório Paulo Kobayashi.

 

Obs.: Toda exposição será complementada pelo livre debate e participação dos professores presentes.

 

Tema Central: A PRESENÇA NECESÁRIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO!

*Dia O6/12/2012:

8:30 – Credenciamento no local do encontro

9:00 – Abertura do Encontro

9:30 – Conjuntura Educacional

10:30 – Histórico da luta pelo retorno da filosofia no ensino médio, como disciplina obrigatória

13 às 14 horas – Almoço

14:00 – A construção de uma nova proposta curricular de Filosofia no Estado de são Paulo

*Dia 07/12/2012:

9:00 – A filosofia e o seu caráter Multidisciplinar

10:30 – Ampliação da Organização da filosofia  no Estado de São Paulo e no Brasil (projeto de lei 228/2012, pelo Deputado Carlos Gianazzi e  outras experiências organizativas)

13 às 14 horas – Almoço

14:00 – A organização dos Professores de Filosofia  e Filósofos no Estado de São Paulo e estruturação da Aproffesp

 17 horas- encerramento e distribuição do certificado de participação

 

Informações complementares:

1-As inscrições para participar do encontro deverá ser feita junto as coordenações regionais da APROFFESP, que  encaminhará a Coordenação Organizadora Estadual até o dia 20 de novembro de 2012.

2-Nos lugares onde não existam coordenações regionais, a inscrição poderá ser feita junto a Coordenação Organizadora Estadual.

3-Textos de contribuição ao debate poderão ser encaminhados à comissão organizadora até o dia 26/11/2012.

4-Taxa de inscrição R$ 15,00 junto a Coordenação Regional da Aproffesp;

5-Por absoluta falta de condições estruturais  os custos da delegação deverão ser  custeados pelos próprios professores inscritos. Sugerimos que  as coordenações regionais solicitem ajuda as entidades sindicais para  possibilitar o maior número possível de  professores inscritos nesse  importante momento para a Filosofia Brasileira.

6-Os observadores e convidados serão inscritos diretamente junto a Coordenação Organizadora Estadual.

Em tempo:  qualquer dúvida, entrar em contato com a Coordenação Regional, ou  junto a Comissão Organizadora Estadual.

Atenciosamente,

Comissão organizadora do 1° Encontro Estadual de  Profess@res de Filosofia e Filós@fos do Estado de São Paulo, promovido pela APROFFESP.

Professores: Aldo Santos, Chico Gretter, José Jesus, Hugo Allan, José Carlos Carneiro e Ednaldo.

 

 

 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ORGANIZE A SUA ESCOLA E PARTICIPE DESSE IMPORTANTE DEBATE.



 

Estamos sugerindo que durante o mês de Novembro façamos o debate sobre o significado dos Quilombos no Brasil, das revoltas dos negros escravizados nesse País e quais as lições que podemos tirar dessas lutas de resistências ao longo da História. Desses Quilombos o mais conhecido é o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, assassinado em 20 de novembro de 1695. As revoltas foram várias, porém, as mais importantes foram  a revolta dos Malês e da Chibata.

 

 

Revolta dos Malês


“No ano de 1835, ocorreu em Salvador, Bahia, a Revolta dos Malês. Mas quem são os malês? A vocábulo “male” deriva da palavra da língua ioruba “imale”. Eram considerados malês os negros mulçumanos que resistiram e reagiram à imposição do catolicismo, mantendo sua crença e cultura. Bastante instruídos, por vezes, até mais do que seus senhores, os malês organizaram inúmeros levantes, o mais conhecido é a Revolta dos Malês.

Entre os líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim, juntos, conseguiram munição, armamentos e elaboraram um plano de luta contra os senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa. A batalha aconteceu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha do exército. Porém, uma denúncia alertou sobre o início da revolta.

Na noite de 24 de janeiro de 1835, alguns malês foram cercados pela polícia na Casa de Manuel Calafate, local onde muitos rebeldes foram mortos e presos. As autoridades agiram com rapidez, conseguiram combater ataques aos quartéis de Salvador, expulsando os revoltosos. Ao tentar fugir da cidade, um grupo de mais de quinhentos malês foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água de Meninos, onde ocorreram os combates decisivos, todos vencidos pelas forças policiais.

Neste confronto morreram sete integrantes da polícia e setenta malês. Aproximadamente duzentos escravos foram detidos no Forte do Mar e julgados nos tribunais. As condenações foram a pena de morte para os principais líderes, trabalhos forçados, fuzilamentos e açoites.

De acordo com o historiador João José Reis: “durante o levante, seus seguidores ocuparam as ruas usando roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e as espadas dos soldados”.

A Revolta dos Malês foi controlada com rapidez, mas acabou aumentando o medo de rebeliões de escravos em todas as províncias. O receio era de que os africanos conseguissem sua independência, como acontecera no Haiti naquela mesma época. Isso fez com que os senhores passassem a agir de forma mais rigorosa com os escravos e, em Salvador, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas e de praticar as suas cerimônias religiosas.” (Por Felipe Araújo,publicado no ehttp://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/).

 

A Revolta da Chibata

Essa revolta aconteceu no dia 22 de novembro de 1910, no Rio de janeiro. Depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues foi açoitado com 250 chibatadas e mesmo desmaiado continuou sendo açoitado, a revolta eclodiu. A revolta foi liderada pelo Almirante negro João Cândido que junto aos  Marinheiros organizou a revolta contra o castigo da chibata, além de apresentar  uma pauta de reivindicação.

O presidente Hermes da Fonseca decretou o fim dos castigos, porém traiu o acordo com os marinheiros, levando-os a prisão,  a segregação e a morte por parte da repressão dos governantes.

O nosso sindicato luta, conquista  e organiza.

            São inúmeras as possibilidades de estudo em relação a luta contra a escravidão. Podemos avaliar os aspectos geográficos, sociológicos, filosóficos, históricos e antropológicos sobre esse vasto tema.

É nesse contexto que a subsede da APEOESP de SBC anualmente debate e organiza os professores, alunos e militantes interessados nessa polêmica e na luta contra a tragédia da escravidão em nossa sociedade.

Há vários anos nossa subsede organiza e resiste  contra todas as formas de preconceito racial ainda existente  em nossa sociedade. Nossa subsede também  fez parte da luta e da conquista desde a primeira propositura sobre   a semana da consciência negra em 1989, apoiando também o projeto de lei  do ex-vereador  professor Aldo Santos que  estabelecia o feriado no dia  20 de novembro  em memória a luta  histórica de Zumbi dos Palmares, que hoje é uma realidade.

O “nosso Quilombo” está sempre presente nas atividades do cotidiano, atento a qualquer forma de racismo ou preconceito racial, incentivando a história e a memória da luta e dos lutadores ainda marginalizados em nosso País.

Participe das atividades nas escolas, compareça a nossa tradicional feijoada e venha ouvir historiadores e militantes das nossas causas. Entre em contato com a comissão de etnia da subsede para organizar as atividades em sua escola, bem como, para ter acesso ao acervo de filmes e textos sobre o tema.

 Organize  grupos de trabalho confeccionem cartazes sobre o tema e compareça no dia 24 de novembro a partir das 12 horas na subsede da APEOESP de SBC para saborear a tradicional feijoada feita pelo professor Cido, acompanhada da tradicional Congada do Parque São Bernardo,  debates e atividades culturais/musicais.

Coordenação da subsede da APEOESP–SBC

Comissão Anti racismo da subsede da APEOESP-SBC

(Cido, Aldo Santos, Conceição, Verinha, Judite, Josi, Rogelio, Vicente, Aldo Junior, Lourdes e Mazé. APOIO: LUCIMARA E ANTONIO MONIZ)

 

“Zumbi vive em todo ato de liberdade

e luta em defesa dos oprimidos.”Aldo Santos

 

 

 

 

 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Convite aos filiados do Psol-sbc.


Convite aos filiados do Psol-sbc.

Estamos convidando os novos filiados e demais militantes para a atividade coletiva de confraternização no próximo sábado dia  27/10/2012, a partir das 18 horas  em nossa sede, Rua Príncipe Humberto 491, Vila Duzzi, centro SBC. Nesse dia vamos entregar as novas filiações e dar as boas vindas aos novos filiados. Compareça e leve um prato correspondente ao seu consumo.

Sem mais,

Atenciosamente,

Diretório do Psol de são Bernardo do Campo.

 

Uma parte importante das reflexões de Gramsci sobre educação foi motivada pela reforma empreendida por Giovanni Gentile, ministro da Educação de Benito Mussolini, que reservava aos alunos das classes altas o ensino tradicional, "completo", e aos das classes pobres uma escola voltada principalmente para a formação profissional

Antonio Gramsci - Um apóstolo da emancipação das massas


O filósofo italiano atribuía à escola a função de dar acesso à cultura das classes dominantes, para que todos pudessem ser cidadãos plenos

Nova Escola
MP/LEEMAGE/OTHERIMAGESPRESS
Foto: MP/LEEMAGE/OTHERIMAGESPRESS
Co-fundador do Partido Comunista Italiano, Antonio Gramsci (1891-1937) foi uma das referências essenciais do pensamento de esquerda no século 20. Embora comprometido com um projeto político que deveria culminar com uma revolução proletária, Gramsci se distinguia de seus pares por desacreditar de uma tomada do poder que não fosse precedida por mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, a escola.
Alguns conceitos criados ou valorizados por Gramsci hoje são de uso corrente em várias partes do mundo. Um deles é o de cidadania. Foi ele quem trouxe à discussão pedagógica a conquista da cidadania como um objetivo da escola. Ela deveria ser orientada para o que o pensador chamou de elevação cultural das massas, ou seja, livrá-las de uma visão de mundo que, por se assentar em preconceitos e tabus, predispõe à interiorização acrítica da ideologia das classes dominantes.
Biografia
Nascido em Ales, na ilha da Sardenha, em 1891, numa família pobre e numerosa, Antonio Gramsci foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. Na idade adulta, não media mais do que 1,50 metro e sua saúde sempre foi frágil. Aos 21 anos, foi estudar letras em Turim, onde trabalhou como jornalista de publicações de esquerda. Militou em comissões de fábrica e ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano em 1921. Conheceu a mulher, Julia Schucht, em Moscou, para onde foi enviado como representante da Internacional Comunista. Em 1926, foi preso pelo regime fascista de Benito Mussolini. Ficou célebre a frase dita pelo juiz que o condenou: "Temos que impedir esse cérebro de funcionar durante 20 anos". Gramsci cumpriu dez anos, morrendo numa clínica de Roma em 1937. Na prisão, escreveu os textos reunidos em Cadernos do Cárcere e Cartas do Cárcere. A obra de Gramsci inspirou o eurocomunismo – a linha democrática seguida pelos partidos comunistas europeus na segunda metade do século 20 – e teve grande influência no Brasil nos anos 1970 e 1980.
Ao contrário da maioria dos teóricos que se dedicaram à interpretação e à continuidade do trabalho intelectual do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), que concentraram suas análises nas relações entre política eeconomia, Gramsci deteve-se particularmente no papel da cultura e dos intelectuais nos processos de transformação histórica. Suas idéias sobre educação surgem desse contexto. 

Para entendê-las, é preciso conhecer o conceito de hegemonia, um dos pilares do pensamento gramsciano. Antes, deve-se lembrar que a maior parte da obra de Gramsci foi escrita na prisão e só veio a público depois de sua morte. Para despistar a censura fascista, Gramsci adotou uma linguagem cifrada, que se desenvolve em torno de conceitos originais (como bloco histórico, intelectual orgânico, sociedade civil e a citada hegemonia, para mencionar os mais célebres) ou de expressões novas em lugar de termos tradicionais (como filosofia da práxis para designar o marxismo). Seus escritos têm forma fragmentária, com muitos trechos que apenas indicam reflexões a serem desenvolvidas. 

A mente antes do poder

Hegemonia significa, para Gramsci, a relação de domínio de uma classe social sobre o conjunto da sociedade. O domínio se caracteriza por dois elementos: força e consenso. A força é exercida pelas instituições políticas e jurídicas e pelo controle do aparato policial-militar. O consenso diz respeito sobretudo à cultura: trata-se de uma liderança ideológica conquistada entre a maioria da sociedade e formada por um conjunto de valores morais e regras de comportamento. Segundo Gramsci, "toda relação de hegemonia é necessariamente uma relação pedagógica", isto é, de aprendizado.
Elogio do "ensino desinteressado"
Saudação fascista diante da residência de Mussolini em 1938: escola como privilégio de classe. Foto: HULTON ARCHIVE/Getty Images
Saudação fascista diante da residência de
Mussolini em 1938: escola como privilégio de
classe. Foto: HULTON ARCHIVE/Getty Images
Uma parte importante das reflexões de Gramsci sobre educação foi motivada pela reforma empreendida por Giovanni Gentile, ministro da Educação de Benito Mussolini, que reservava aos alunos das classes altas o ensino tradicional, "completo", e aos das classes pobres uma escola voltada principalmente para a formação profissional. Em reação, Gramsci defendeu a manutenção de "uma escola única inicial de cultura geral, humanista, formativa". Para ele, a Reforma Gentile visava predestinar o aluno a um determinado ofício, sem dar-lhe acesso ao "ensino desinteressado" que "cria os primeiros elementos de uma intuição do mundo, liberta de toda magia ou bruxaria". Ao contrário dos pedagogos da escola ativa, que defendiam a construção do aprendizado pelos estudantes, Gramsci acreditava que, pelo menos nos primeiros anos de estudo, o professor deveria transmitir conteúdos aos alunos. "A escola unitária de Gramsci é a escola do trabalho, mas não no sentido estreito do ensino profissionalizante, com o qual se aprende a operar", diz o pedagogo Paolo Nosella. "Em termos metafóricos, não se trata de colocar um torno em sala de aula, mas de ler um livro sobre o significado, a história e as implicações econômicas do torno."
A hegemonia é obtida, segundo Gramsci, por meio de uma luta "de direções contrastantes, primeiro no campo da ética, depois no da política". Ou seja, é necessário primeiro conquistar as mentes, depois o poder. Isso nada tem a ver com propaganda ou manipulação ideológica. Para Gramsci, a função do intelectual (e da escola) é mediar uma tomada de consciência (do aluno, por exemplo) que passa pelo autoconhecimento individual e implica reconhecer, nas palavras do pensador, "o próprio valor histórico". "Não se trata de um doutrinamento abstrato", diz Paolo Nosella, professor de filosofia da educação da Universidade Federal de São Carlos. 

Acesso ao código dominante

O terreno da luta de hegemonias é a sociedade civil, que compreende instituições de legitimação do poder do Estado, como a Igreja, a escola, a família, os sindicatos e os meios de comunicação. Ao contrário do pensamento marxista tradicional, que tende a considerar essas instituições como reprodutoras mecânicas da ideologia do Estado, Gramsci via nelas a possibilidade do início das transformações, por intermédio do surgimento de uma nova mentalidade ligada às classes dominadas. 

Na escola prevista por Gramsci, as classes desfavorecidas poderiam se inteirar dos códigos dominantes, a começar pela alfabetização. A construção de uma visão de mundo que desse acesso à condição de cidadão teria a finalidade inicial de substituir o que Gramsci chama de senso comum – conceitos desagregados, vindos de fora e impregnados de equívocos decorrentes da religião e do folclore. Com o termo folclore, o pensador designa tradições que perderam o significado mas continuam se perpetuando. Para que o aluno adquira criticidade, Gramsci defende para os primeiros anos de escola um currículo que lhe apresente noções instrumentais (ler, escrever, fazer contas, conhecer os conceitos científicos) e seus direitos e deveres de cidadão.
A experiência prática das contradições
Durante sua curta vida, Gramsci testemunhou de perto os dois extremos totalitários do século 20. Conheceu em Moscou a Revolução Russa no calor de seus primeiros anos e, pouco tempo depois, foi uma das vozes pioneiras a denunciar a degeneração da política soviética para a tirania, sob Josef Stalin. No outro extremo, a ditadura fascista em seu país natal fez de Gramsci um alvo precoce de perseguição, que resultou em seu aprisionamento. A trajetória do pensador pela Itália durante a infância e a juventude – do sul atrasado, camponês e tradicionalista ao norte industrial onde se engajou na política – também não podia ter sido mais emblemática das contradições de seu tempo. A lucidez com que Gramsci refletiu sobre essas experiências fez seu pensamento sobreviver não só a ele mesmo como ao próprio socialismo real, como era chamado o regime característico do conjunto de países comunistas do Leste Europeu, que desmoronou em bloco na virada dos anos 1980 para os anos 1990. Seu pensamento, que havia sido uma alternativa ao marxismo predominante nos meios acadêmicos de todo o mundo até então, continua atual, já que não conflita com o sistema democrático.
Para pensar
Muitos pensadores clássicos da educação, entre eles Comênio (1592-1670) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), subordinavam o processo pedagógico à natureza. A própria evolução das crianças daria conta de grande parte do aprendizado. Gramsci tinha outra idéia. "A educação é uma luta contra os instintos ligados às funções biológicas elementares, uma luta contra a natureza, para dominá-la e criar o homem ‘atual’ à sua época", escreveu. Você concorda com ele ou considera equivocada a tese de que a cultura distancia o homem da natureza? Ou será possível conciliar as duas correntes de pensamento?
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
Cadernos do Cárcere, Volume 2
, Antonio Gramsci, 334 págs., Ed. Civilização Brasileira, tel.             0800-704-1720      , 56 reais 
Escola de Gramsci, Paolo Nosella, 208 págs., Ed. Cortez, tel.            (11) 3864-0111      , 27 reais 
Gramsci e a Escola, Luna Galano Mochcovitch, 80 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152 (edição esgotada)
INTERNETNo site Gramsci e o Brasil, você encontra artigos, bibliografia e calendário de eventos relacionados ao pensador italiano

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

NOTA DA TLS SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES.


NOTA DA TLS SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES.

Passado o primeiro turno das eleições municipais, agradecemos a todos e todas que militantes ou simpatizantes da nossa corrente, que aceitaram cumprir a tarefa de representar o nosso projeto pelo PSOL nas diversas cidades de São Paulo e do país, tanto através das candidaturas majoritárias como proporcionais.

Em todos os recantos, erguemos a bandeira do socialismo, apresentamos propostas imediatas para amenizar o sofrimento dos sem teto, sem terra, sem transporte, sem saúde pública, sem acesso à educação e sem as mínimas condições de vida. Ao mesmo tempo denunciamos as candidaturas envolvidas na corrupção endêmica do sistema capitalista cujos exemplos nos anos recentes foram evidenciados pelo mensalão do DEM, do PSDB e do PT, bem como, o escândalo do Cachoeira. Deixamos claro que o processo eleitoral é apenas um espaço de fazer a disputa, porém o nosso campo é o das lutas sociais concretas no dia a dia ao lado dos trabalhadores para combater o capitalismo e construir o socialismo.

Agora no próximo domingo dia 28 de outubro temos o segundo turno em várias cidades. Nesse sentido, é preciso jogar todo esforço para levar nosso candidato à vitória em Belém, ampliando o nosso partido como um projeto de esquerda que vai se construindo como alternativa para a classe trabalhadora brasileira.

No que se refere ao caso de Macapá é de conhecimento público que o candidato da coligação DEM, PSDB e PTB manifestaram apoio ao nosso candidato. De nossa parte consideramos inaceitável qualquer relação, mesmo oficiosa desses partidos ou mesmo de suas lideranças ou candidatos com o nosso partido, pois à luz do que foi aprovado no III Congresso Nacional, o PSOL e na nossa trajetória esse tipo de debate sequer deveria estar existindo o que requer no momento oportuno e nos fóruns apropriados a devida avaliação e punição.

Por outro lado, consideramos um grave erro histórico que nossas lideranças se manifestem em disputas entre o PT e o PSDB apontando qualidades ou preferências, a exemplo do que expressou o companheiro Plinio. Essa posição mesmo que tenha sido corrigida posteriormente confunde o partido e nos fragiliza perante a sociedade, pois o peso político, econômico e social da cidade de São Paulo, enseja uma projeção nas posições políticas que potencializa a opinião das lideranças como se fossem a posição do próprio partido.

Nas cidades onde a direita tradicional enfrenta o PT e os partidos que estão no seu arco de alianças; não temos outra alternativa  a não ser recomendar que os nossos militantes votem 50 e confirmem.  Para nós da TLS o PT há muito tempo não tem diferença de conteúdo político em relação aos partidos da direita tradicional: suas administrações estão mergulhadas na corrupção, os movimentos sociais ou são cooptados ou atacados com a mesma voracidade, a exemplo da greve do magistério baiano e de tantas greves de servidores pelo pais afora que foram submetidas à perseguição e ao esvaziamento. Na política e na economia o partido adota os mesmos programas neoliberais e associa-se a todos os setores políticos conservadores e reacionários em nome da governabilidade.

Por todas estas razões consideramos que nossa corrente coerente com nossa trajetória não poderia tomar outra decisão ao não ser chamar o voto no 50.

 

NESTE SEGUNDO TURNO VOTE 50 E CONFIRME!

 

 

São Paulo, 17 de outubro de 2012.

 

NÚCLEO DIRIGENTE CENTRAL DA TLS

 

 

 

Alunos denunciam problemas em escolas ...

Alunos denunciam problemas em escolas pelo Facebook; veja o mapa de queixas de 30 páginas
 

Mariana Monzani e Cristiane Capuchinho
Do UOL, em São Paulo
A proposta da ação é enviar mensagens para o gabinete do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e para as secretarias municipais e estaduais de Educação denunciando os problemas de suas unidades.
Escola
Escola Estadual Profª Benedita de Castro Lima
Cidade/Estado
Maceió/AL
Nível de ensino
Fundamental e Médio
Endereço
RUA SANTA RITA -CLIMA BOM IIS/N - TABULEIRO DO MARTINS
Principais problemas
Banheiros sujos, carteiras quebradas e laboratório de ciências fechado
A manifestação é parte da onda de protestos virtuais que começou em agosto deste ano, com a divulgação da página Diário de Classe feita pela estudante catarinense Isadora Faber, 13, que tornou públicos os problemas da escola em que estuda em Florianópolis.
Agora são ao menos 30 páginas na rede social que reúnem denúncias em escolas e universidades de 14 Estados brasileiros e do Distrito Federal.
Desveladas na internet, centenas de fotos expõem descuidos com as unidades escolares. Carteiras quebradas, banheiros sem porta, que não funcionam, salas de aula abandonadas, lousas quebradas, quadras inutilizadas, fiação exposta, lixo e reformas inacabadas são alguns dos problemas apresentados.
Nas mensagens, os alunos também reclamam da falta de professores, problemas com equipamento eletrônico e da qualidade da merenda.
Entre as 30 páginas encontradas pelo levantamento do UOL Educação, 26 são escolas de ensino fundamental e médio, duas delas são de universidades e outras duas reúnem diferentes escolas do mesmo município. A maioria das instituições é de responsabilidade estadual.
São Paulo é o Estado com maior número de páginas (8), a Bahia tem quatro, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm duas cada. Para fechar a lista, ao menos uma página existe em Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro.

Confira 170 fotos dos problemas em escolas de todo o país denunciados por alunos pelo Facebook

Foto 1 de 169 - Foto publicada na página do Diário de Classe da Escola Estadual São Paulo, na capital paulista, mostra janelas consertadas; estudantes fizeram página no Facebook para denunciar problemas Reprodução

Melhorias

Os estudantes deixam claro em suas páginas que a ação é autônoma e tentam se unir por meio da rede para pressionar as autoridades por uma escola de qualidade.

INFRAESTRUTURA

  • 36,4%

    das escolas
    precisam de reforma no telhado
  • 35,6%

    das escolas
    precisam reformar as salas de aula
  • 23,5%

    são depredadas
    apresentam problemas como portas e janelas quebradas e paredes e muros pichados
  • 65%

    não têm biblioteca
Dados compilados por Ernesto Faria a partir do Censo da Educação Básica 2010 e do Questionário Saeb 2009
    Como Isadora Faber, que ultrapassou os 340 mil seguidores e conquistou melhorias para sua escola, alguns jovens percebem resultados imediatos de sua ação.
    O aluno Emerson Mendes, de Itamaraju (BA), conta que depois da criação de sua página a maioria dos problemas de sua escola foram resolvidos: os banheiros quebrados, as fechaduras quebradas e a fiação exposta. Ele ainda espera intervenções na quadra esportiva.
    No caso da Escola Estadual de São Paulo, o estudante Guilherme (que não quis divulgar seu sobrenome), 14, afirma que até o momento apenas um buraco aberto no pátio foi consertado pela escola. Ainda restam salas em desuso, infiltração, banheiros e janelas quebradas, entre outros problemas.
    Procuradas pelo UOL, secretarias estaduais afirmam, em sua maioria, que as redes sociais não são o local para a denúncia de problemas nas unidades escolares. No entanto, após saberem dos problemas por meio das páginas dos alunos ou por meio da imprensa, providências passaram a ser tomadas.

    Muitos "likes", mas pouco apoio

    Para Gisele Chaves, 17, criadora do Diário de Classe da EEPAC (Escola Estadual de Ensino Médio Professor Pedro Augusto Porto Caminha), de João Pessoa (PB), escrever o diário do colégio serviu para que os problemas fossem divulgados. "Criamos essa página com a finalidade de mostrar a realidade da escola, isso inclui o lado bom e o ruim, e significa que sabemos reconhecer quando um trabalho é bem realizado", explica a aluna.
    Com quase 3 mil "curtidas" em sua página, Gisele conta que a participação dos alunos é essencial para um bom resultado. "Na página, vejo muitos que apoiam, mas ao redor, de verdade, são poucos."
    Já Guilherme, que junto com outros amigos, faz o diário da escola, diz que teve apoio da coordenadoria ao relatar problemas encontrados. "Tem que mostrar o nome e persistir para poder apresentar os problemas da escola, porque, só assim, aparece algum resultado", explica o aluno.
    Sua escola tem problemas? Na área de comentários, conte ao UOL qual a situação da sua escola. Não esqueça de colocar o nome completo da instituição e o nome da cidade.
    Denúncias podem ser enviadas também para o e-mail vestibular@uol.com.br.

    domingo, 21 de outubro de 2012

    ...Reivindicarmos que a secretária da Educação de SBC, Cleuza Repulho, respeite o acordo estabelecido com a APEOESP, bem como o direito de reunião sindical com abono de ponto aos professores da rede filiados ao sindicato


    “A coordenação da APEOESP convida aos professores (as) da rede municipal para a reunião de representantes que ocorrerá no dia 23 de Outubro de 2012, a partir das 8 horas na subsede de SBC, para discutirmos pontos de interesse da categoria e reivindicarmos que a secretária da Educação de SBC, Cleuza Repulho, respeite o acordo estabelecido com a APEOESP, bem como o direito de reunião sindical com abono de ponto aos professores da rede filiados ao sindicato.”

     

    Evidentemente, a atual administração não foge a regra geral dos governos neoliberais que, ao se submeterem a essa política nefasta imposta pelos organismos internacionais, reduziram a atuação do Estado, principalmente em relação ao investimento na área educacional, promovendo um processo de precarização do trabalho dos educadores (as) que extrapolou os limites da desvalorização da educação e, em especial da categoria.

    Segundo estudos realizados, para garantir essa prática, entre outras, desde 1912 os governos buscam inserir lideranças governistas nos movimentos sindicais e sociais para travar as lutas referentes às reivindicações legítimas dos trabalhadores (as).

    A cidade de São Bernardo é um exemplo clássico desta atuação ao observarmos essa prática na APEOESP e nas demais organizações.

    Assim, entendemos que é necessário a categoria reconhecer que alguns representantes ou organizações sindicais estão sendo caracterizados como sindicatos de chapa branca, ou seja, estão a serviço do governo na defesa dos seus interesses, sobretudo do capital, mediando conflitos e, se prestam apenas para conciliar com o poder público sem contrariá-lo.

    Em resumo, é urgente insistirmos na organização da categoria para atuarmos de forma precisa nesse enfrentamento contra os governos neoliberais, garantindo os direitos conquistados ao longo da história pelo magistério e avançar na implantação de novas conquistas como, por exemplo, na redução de 1/3 da jornada como estabelece a Lei do Piso, visando priorizar um nível de excelência no ensino público, melhores condições efetivas de trabalho, desempenho eficiente na preparação das aulas, na elaboração e correção das atividades, especialmente dos professores (as) de 40 horas.

    Nesse sentido, a coordenação da APEOESP convida aos professores (as) da rede municipal para a reunião de representantes que ocorrerá no dia 23 de Outubro de 2012, a partir das 8 horas na subsede de SBC e está a disposição para marcarmos uma reunião para discutirmos esses pontos e reivindicarmos que a secretária da Educação de SBC, Cleuza Repulho, respeite o acordo estabelecido com a APEOESP, bem como o direito de reunião sindical com abono de ponto aos professores da rede filiados ao sindicato.

     

    Atenciosamente,

    Coordenação da APEOESP de SBC.

    Maiores detalhes  entrar em contato com a vice coordenadora da Subsede, professora  Nayara, através do Email: nay.sjp@terra.com.br