quinta-feira, 23 de maio de 2013

UMA ATITUDE POLICIALESCA.

UMA ATITUDE POLICIALESCA.

O debate sobre a greve dos educadores  da rede pública estadual tem merecido por parte dos professores permanentes debates, balaços e leituras diversas, apontando medidas  urgentes contra o comportamento sindical da direção majoritária da APEOESP, vinculada a CUT e ao PT.
Em São Bernardo do Campo, conseguimos viabilizar as decisões do sindicato com democracia, respeito às diferenças, sempre buscando a unidade de ação, colocando os interesses da categoria acima das disputas internas e partidárias. Por vezes, representes da chapa 1 distribuíam panfletos quebrando essa dinâmica estabelecida e discutida  nas reuniões do comando de greve.
No dia 9 de maio, em plenária realizada na subsede foi aprovada a continuidade da greve e na assembleia estadual do dia 10 de maio de 2013, majoritariamente os professores  da cidade votaram pela continuidade da mesma. A votação pela manutenção da greve foi amplamente vencedora, e, numa manobra sem precedente na história do sindicato, a presidenta declarou o encerramento da greve, passando por cima da deliberação coletiva dos professores, desligando o microfone, incitando os presentes, provocando revolta generalizada.
A presidenta numa conduta divisionista e antecipando as eleições sindicais de 2013, vem destruindo boletim assinado pela “Chapa 1 unidade pra valer”  identificando  e denunciando publicamente  professores e partidos políticos  de  forma policialesca, isentando formalmente  a ação sempre truculenta da policia militar, afirmando que :”Militantes  de grupos minoritários, como PSTU e PCO, provocam policiais”, expressando portanto, a   uma  atitude  açodada  e defesa   cordial  do aparato de repressão policial do Governo do  Estado.
Reduzir  a revolta dos professores (as) às ações pontuais do PCO e do PSTU é subestimar a capacidade critica e militante de históricos sindicalistas, haja vista que a revolta foi generalizada, pois era notório o descontentamento inclusive de militantes do PT e da CUT revoltados com o comportamento da dirigente sindical.
Até mesmo as correntes políticas que defenderam o fim da greve, não referendaram o comportamento tirânico da presidenta Maria Izabel.
 Com a distribuição do boletim datado de maio de 2013, distribuído em SBC e certamente no Estado de São Paulo, por volta do dia 20/05/2013,  fica evidente  o condenável procedimento sindical,   delatando  professores que se insurgiram contra a atitude leviana e despótica da presidenta e da direção majoritária . Esse comportamento deve ser repudiado pelos educadores e lutadores sociais, pois significa uma prática politicamente condenada e  historicamente sepultada pela classe trabalhadora.
A única saída para derrotar esse “projeto sindical” é a unidade programática  da esquerda  consequente  e dos professores indignados  com o referido episódio, cujo caminho  a ser seguido é a luta  sem trégua por um sindicato livre, classista e independente dos governos e dos patrões.

Quem sabe faz agora!


Aldo Santos - Coordenador da apeoespsbc, presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Presidente da APROFFIB e militante do PSOL.


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