terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ADVOGADO DE VÍTIMA DE RACISMO CRITICA VEREADORES EM STO.ANDRÉ


12/12/2014 - LEGISLATIVO
 ADVOGADO DE VÍTIMA DE RACISMO CRITICA VEREADORES EM STO.ANDRÉ
 Por: Gislayne Jacinto  (gislayne@abcdmaior.com.br)

 
Helton Fesan foi até a Câmara  para questionar críticas de vereadores. Foto: Facebook
Helton Fesan foi até a Câmara para questionar críticas de vereadores. Foto: Facebook
 
Helton Fesan interrompe sessão da Câmara para defender cliente que perdeu gratificação 

Helton Fesan, advogado da servidora da Câmara de Santo André Nadia Silva Caldeira que foi chamada de “macaca” no local de trabalho e ainda perdeu R$ 1 mil de gratificação no salário após a denúncia, interrompeu a sessão do Legislativo nesta quinta-feira (11/12) para questionar as declarações e críticas de José de Araújo (PMDB) e o presidente da Casa, Donizeti Pereira (PV) sobre o episódio.
Donizeti disse que o advogado é “desinformado”, enquanto Araújo acha que Helton quis “se promover à custa do Legislativo”. Quando terminaram os discursos, o advogado entrou esbravejando e falou em tom de voz alto. Disse que também queria usar a tribuna para se defender das acusações. “Eu sou o advogado a quem vocês se referiram e quero falar”, afirmou Helton ao salientar que as acusações têm de ser feitas quando o acusado está presente para que possa se defender.
O presidente da Câmara negou o uso da tribuna e afirmou que tinha de seguir o Regimento Interno, o que desagradou ainda mais o advogado. “Os vereadores são inescrupulosos e mentirosos”, disparou o advogado. O clima ficou tenso e alguns parlamentares foram até Helton Fesan para cumprimentá-lo. A situação só se acalmou quando o advogado deixou o plenário.
Racismo - A polêmica surgiu porque nesta semana a servidora vítima de racismo perdeu a gratificação de R$ 1 mil após recente conclusão de  sindicância. Nádia é concursada e estava lotada no gabinete do vereador José de Araujo (PMDB), quando teve atrito com a funcionária comissionada Vergínia Mastrocolo.
Na última segunda-feira (08/12), quando Nádia retornou de uma licença médica, foi surpreendida com uma transferência para o setor de RH (Recursos Humanos). O vereador José de Araujo, que ainda mantém a assessora Vergínia no gabinete, nega que tenha tirado a portaria de Nádia por conta do episódio.
“Existe um atestado médico e só cumpri a determinação, porque a Nádia não pode fazer uso abusivo da voz até dezembro de 2015”, alegou o peemedebista.

O advogado de Nadia considera hipócrita a alegação e argumenta ter havido retaliação porque a funcionária fez a denúncia. Para ele, houve tolerância excessiva com o ato de racismo.
A Sindicância arquivou o processo e ainda insinua que foi em tom de brincadeira que a funcionária foi chamada de macaca. 

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