terça-feira, 27 de maio de 2014

O governo do Estado apura as denúncias e se confirmar o atraso irá cancelar contrato com a empresa.

27/05/2014 - ESTADUAL
Sem salário, funcionários da faxina de 50 escolas estaduais vão à Justiça
Por: Karen Marchetti (karen@abcdmaior.com.br)

Aldo Santos: não descartamos fazer manifestação. Foto: Amanda Perobelli
Aldo Santos: não descartamos fazer manifestação. Foto: Amanda Perobelli
Empresa contratada por governo Alckmin não paga trabalhadores de São Bernardo há dois meses
Sem resposta do governo do Estado e da empresa terceirizada, as profissionais pela limpeza de aproximadamente 50 escolas estaduais de São Bernardo, que estão há dois meses com salários atrasados e paradas, vão procurar a promotoria da Vara da Infância para tentar resolver o impasse.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de São Bernardo entregará ao promotor Jaime um oficio pedindo a intervenção da Justiça, já que a falta de limpeza prejudica diretamente crianças e adolescentes.
“Não descartamos fazer uma manifestação. Até agora nenhum pronunciamento e nenhuma informação. Vamos procurar também a vigilância sanitária de São Bernardo para fazer a fiscalização. É uma falta de respeito”, falou o coordenador da Apeoesp em São Bernardo, Aldo Santos.
O ABCD Maior denunciou que cerca de 50 escolas estaduais em São Bernardo estão sem o serviço de limpeza. A empresa terceirizada, Mult Funcional Mão de Obra Terceirizada, contratada pelo governo do Estado de São Paulo para fazer os serviços de limpeza geral não paga os salários há dois meses. Por conta disso, as funcionárias estão paradas e prometem voltar ao trabalho somente após normalizar a situação.
A reportagem procurou a empresa terceirizada e não foi localizada. O governo do Estado apura as denúncias e se confirmar o atraso irá cancelar contrato com a empresa.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Estranha matéria envolvendo Aldo Santos

Professor da UFABC disputará Estado pelo Psol


 Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC Publicado em segunda-feira, 26 de maio de 2014 às 08:13


Professor de Relações Internacionais da UFABC (Universidade Federal do ABC), Gilberto Maringoni será representante do Psol na disputa ao governo do Estado.
O socialista leciona em Santo André e São Bernardo. Maringoni tem domicílio na Capital e ainda não definiu o nome que vai compor com a chapa socialista. A convenção estadual da legenda será dia 14 de junho.
“Estamos discutindo a possibilidade de composição com o PSTU para fazer uma frente estadual de esquerda”, projetou.
Apesar da expectativa, a aliança pode não se concretizar, já que em âmbito nacional o Psol vai apostar na candidatura do senador Randolfe Rodrigues (Amapá) e o PSTU no sindicalista e mandatário nacional da sigla, José Maria de Almeida.
“Nada impede de estarmos juntos em São Paulo. Cada Estado define suas composições para a eleição”, considerou o pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
Em 2010, o ex-vereador de São Bernardo Aldo Santos foi o número dois na chapa socialista encabeçada por Paulo Búfalo. Mas, por ter a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral, foi retirado na reta final do pleito para não prejudicar o correligionário.
Aldo teve a candidatura indeferida com base na Lei da Ficha Limpa – que impede o registro de políticos com condenações judiciais por órgãos colegiados – pelo uso de carro oficial do Legislativo são-bernardense para ajudar ocupação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) em terreno da Volkswagen em 2003.
PROPOSTAS
Dentre as bandeiras que pretende apresentar na disputa eleitoral, Maringoni defende a criação de um polo tecnológico e de pesquisa no Grande ABC. “A região já foi um grande polo industrial e hoje tem força no setor de serviços. Temos de fortalecer as políticas educacionais para implantar um polo de pesquisa na região”, disse.
Ampliando o debate, o professor fala em fortalecimento da atuação do governo de São Paulo, pondo um fim na interface entre o poder público e a iniciativa privada. “Temos de desprivatizar o setor público”, disse.
Maringoni diz ainda em fortalecer os investimentos em Educação e no sistema de transporte público.




domingo, 25 de maio de 2014

No dia em que completa 90 anos do nascimento de Josias Raimundo dos Santos, foi sepultado no "pequeno" Campo Grande, seu irmão mais novo, Antonio Raimundo dos Santos.

No dia em que completa 90 anos do nascimento de Josias Raimundo dos Santos, foi sepultado no "pequeno" Campo Grande, seu irmão mais novo, Antonio Raimundo dos Santos.

        Segundo registro oficial, meu Pai, Josias Raimundo dos Santos, nasceu em 25 de maio de 1924 em brejo Santo, Estado do Ceará.Com a saúde bastante frágil, faleceu em   09 de maio de 2010, sendo  sepultado no cemitério Jardim das Colinas em São Bernardo do Campo. A última irmã da família por parte de Pai é a tia Naide, também com a saúde bastante debilitada. Viveram as agruras das secas nordestinas, as aventuras joviais, a migração forçada,o desamparo familiar precoce, sem, portanto, abrirem mão das obrigações, dos direitos e deveres paternais.
Guardo importantes lembranças do meu tio Antonio, que com muitas dificuldades cumpriu sua tarefa, enfrentando os problemas da vida, cuidando da família,  exercendo importante liderança junto aos demais irmãos e irmãs. Meus primeiros registros na memória  do meu tio remonta a fazenda palmeiras em Murutinga do sul,em meados do século passado, quando aos domingos seu comércio ficava repleto de gente, com  os famosos jogos regionais no campo de futebol, próximo ao seu estabelecimento.
 Quando minha mãe foi ao Ceará visitar o pai dela que estava doente, ele e minha tia cuidaram de nós e ele era uma pessoa boa, porém,  sempre corrigia os sobrinhos para não fazerem ou cometerem bobagens. Na mudança para Mesópolis, ele e meu Pai, foram desbravadores. Vinham na frente e depois as esposas com os filhos chegavam. Sempre foi um empreendedor, mesmo na periferia dos grandes metrópoles, tinha relativa influência nos círculos rurais, pois, ser proprietário de           um boteco ou uma venda nos pontos distantes do comércio das cidades, representava  um ponto de encontro e afluências de pessoas e interesses dos mais variados.
 Teve momentos na vida que tinha importantes bens, como caminhões e até um jipe, ha quase 50 anos atrás. Quando tive problemas de saúde. ele veio comigo até a capital  em busca de atendimento hospitalar. Foi a primeira vez que andei de trem, de Jales até a estação sorocabana na capital. Foi uma viagem fascinante. No interior fazia bailes, leiloava prendas e era uma importante pessoa aonde chegava pelo seu porte elegante e por vezes administrador de conflitos locais e caseiros. As vezes visitava meu pai quando estava doente e me recordo de sua presença na minha  posse como vereador em 1° de janeiro de 1989  na cidade de  São Bernardo  do campo.
Desde a morte do meu pai em 2010, seu estado de saúde vinha piorando, vindo a falecer no dia 24 de maio de 2014, na Cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Parafraseando Adoniram Barboza:
“Saudosa memória,
Memória querida,
Foi aonde nos passamos dias amargos
 e felizes de nossas vidas”.

Aldo Santos-Militante Sindical, Popular e Partidário.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Escolas estaduais ficam sem faxina por falta de pagamento



Escolas estaduais ficam sem faxina por falta de pagamento
Por: Karen Marchetti (karen@abcdmaior.com.br)
ABCDMAIOR,23/05/2014

Aldo Santos: A Apeoesp acompanhará as trabalhadoras. Foto: Amanda Perobelli
Aldo Santos: A Apeoesp acompanhará as trabalhadoras. Foto: Amanda Perobelli
Empresa contratada por Alckmin está há dois meses sem pagar funcionários; 50 escolas são atingidas

A empresa Mult Funcional Mão de Obra Terceirizada, contratada pelo governo do Estado de São Paulo para fazer os serviços de limpeza em aproximadamente 50 escolas estaduais de São Bernardo, não paga os salários dos funcionários há dois meses.

Por conta dos constantes atrasos e falta de informação, os funcionários estão parados e 50 das 70 unidades escolares estaduais do município estão sem o serviço de limpeza. Os dados são da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de São Bernardo.

O contrato da empresa com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi firmado em 2010 e tem vigência até o começo do próximo ano.

Além dos atrasos de salários, funcionários também reclamam das condições de trabalho e de sobrecarga.

Conforme denúncias apresentadas por funcionários à Apeoesp, são 10 horas de trabalho por dia, com remuneração de um salário mínimo mensal, sem convênio médico.

De acordo com a Apeoesp de São Bernardo e funcionários que não quiserem se identificar, os atrasos ocorrem há mais de seis meses. A desconfiança é que a empresa está falindo. “Anteriormente atrasava alguns dias e as funcionárias eram avisadas. Desta vez está completando dois meses e nenhuma satisfação foi dada”, disse o coordenador da sub-sede da Apeoesp, Aldo Santos, ao destacar que o caso será apurado, mesmo que a entidade não represente formalmente esta categoria.

A empresa Mult Funcional Mão de Obra Terceirizada foi procurada e nenhum responsável foi localizado para responder as denúncias. No entanto, uma funcionária que atendeu a reportagem confirmou os constantes atrasos nos pagamentos dos salários e afirmou que a sua remuneração também está pendente.

Já o governo do Estado afirmou que a Diretoria Estadual de Ensino de São Bernardo vai apurar se existe “algum” atraso no pagamento dos salários. Caso seja constatado o problema, continua, o governo do Estado irá rescindir o contrato com a empresa responsável.

Professores estaduais se mobilizam e estudam paralisação

23/05/2014 - EDUCAÇÃO
Professores estaduais se mobilizam e estudam paralisação
Por: Caio Luiz (cidades@abcdmaior.com.br)

Aldo, da Apeoesp de São Bernardo. Foto de Amanda Perobelli
Aldo, da Apeoesp de São Bernardo. Foto de Amanda Perobelli
Apeoesp marca assembleia para o dia 30; na Região são 20 mil trabalhadores

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) convocou reuniões nesta sexta-feira (23/05) em cada subsede para discutir a possibilidade de greve. As seis subsedes do ABCD concentram 20 mil professores.

Conforme o coordenador da subsede de Diadema, Antonio Jovem, os representantes das escolas vão se reunir para constatar o grau de mobilização. “O clima é favorável para uma paralisação, uma vez que o governo não sinaliza o aumento que desejamos”, afirmou. O Estado oferece 7% de reajuste, mas a categoria quer 17% de reposição imediata.

“É a eterna questão da valorização do profissional em pauta”, frisou a coordenadora da subsede de Mauá, Rita Cardoso, ao acrescentar que uma das principais demandas da classe é atingir o piso de profissionais com terceiro grau, cerca de R$ 4 mil.

Hoje, um professor que leciona do primeiro ao quinto ano trabalha 40 horas e recebe cerca de R$ 1.800. Da sexta série ao colegial, R$ 2.400.
DispensaO coordenador da subsede de Santo André, Tarcísio Ramos, lembrou que a categoria deve sofrer demissões por causa das 50 mil novas contratações entre fevereiro e abril deste ano. A vinda dos novos professores ocasionaria a dispensa de 15 mil temporários. “Somos favoráveis aos concursos, mas desde que feitos com planejamento.”

Já o coordenador da subsede de São Bernardo, Aldo Santos, diz ser favorável à greve, mas que é preciso avaliar com calma. “Não sei se é oportuno, logo as escolas entram em recesso.” 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Comuna de Paris: Há 143 anos, a primeira república proletária era massacrada

Comuna de Paris: Há 143 anos, a primeira república proletária era massacrada

Neste domingo (18) marcou o massacre dos revolucionários da Comuna de Paris, o primeiro governo operário, fundado em 1871, através da resistência popular à invasão prussiana. Trata-se de uma das mais importantes afirmações revolucionárias da história, em que o povo francês contestou os monarquistas favoráveis à capitulação ante o avanço da Prússia e instalou a primeira república proletária, de caráter socialista. Naquele ano, Karl Marx e Friedrich Engels escreveram sobre a experiência.
Foto: Arquivo histórico
Em 1871, Marx e Engels escreveram: "A Comuna tinha perfeitamente razão ao dizer aos camponeses: 'A nossa vitória é a vossa única esperança'"Em 1871, Marx e Engels escreveram: "A Comuna tinha perfeitamente razão ao dizer aos camponeses: 'A nossa vitória é a vossa única esperança'" Os resistentes contaram com o apoio da Guarda Nacional francesa e derrotaram as forças legalistas, expulsando as autoridades a fugirem de Paris. Instalava-se a primeira república proletária da história, com base na Primeira Internacional dos Trabalhadores. Entretanto, a repressão ao projeto foi extremamente cruel e cerca de 20 mil revolucionários foram massacrados.
Leia a seguir o artigo de Marx e Engles sobre o experimento revolucionário, dois dias após o seu derrube brutal, em 28 de maio de 1871, liderado por Louis Adolphe Thiers, chefe do gabinete conservador, que se aliou ao Império Alemão.
Na alvorada de 18 de Março, Paris foi despertada por este grito de trovão: VIVE LA COMMUNE! O que é, pois a Comuna, essa esfinge que põe tão duramente à prova o entendimento burguês?
Os proletários da capital - dizia o Comitê Central no seu manifesto de 18 de Março - no meio das fraquezas e das traições das classes governantes, compreenderam que chegara para eles a hora de salvar a situação assumindo a direção dos assuntos públicos... O proletariado... compreendeu que era seu dever imperioso e seu direito absoluto tomar nas suas mãos o seu próprio destino e assegurar o triunfo, apoderando-se do poder.
Mas a classe operária não se pode contentar com tomar o aparelho de Estado tal como ele é e de o pôr a funcionar por sua própria conta.
O poder centralizado do Estado, com os seus órgãos presentes por toda a parte: exército permanente, polícia, burocracia, clero e magistratura, órgãos moldados segundo um plano de divisão sistemática e hierárquica do trabalho, data da época da monarquia absoluta, em que servia à sociedade burguesa nascente de arma poderosa nas suas lutas contra o feudalismo.
Em presença de ameaça de sublevação do proletariado, a classe possidente unida utilizou então o poder de Estado, aberta e ostensivamente, como o engenho de guerra nacional do capital contra o trabalho. Na sua cruzada permanente contra as massas dos produtores, foi forçada não só a investir o executivo de poderes de repressão cada vez maiores, mas também a retirar pouco a pouco à sua própria fortaleza parlamentar, a Assembleia Nacional, todos os meios de defesa contra o executivo.
O poder de Estado, que parecia planar bem acima da sociedade, era todavia, ele próprio, o maior escândalo desta sociedade e, ao mesmo tempo, o foco de todas as corrupções.
O primeiro decreto da Comuna foi pois a supressão do exército permanente e a sua substituição pelo povo em armas.
A Comuna era composta por conselheiros municipais, eleitos por sufrágio universal nos diversos bairros da cidade. Eram responsáveis e revogáveis a todo o momento. A maioria dos seus membros era naturalmente de operários ou representantes reconhecidos da classe operária. A Comuna devia ser não um organismo parlamentar, mas um corpo ativo, ao mesmo tempo executivo e legislativo.
Em vez de continuar a ser o instrumento do governo central, a polícia foi imediatamente despojada dos seus atributos políticos e transformada num instrumento da Comuna, responsável e revogável a todo o momento. O mesmo se deu com os outros funcionários de todos os outros ramos da administração. Desde os membros da Comuna até ao fundo da escala, a função pública devia ser assegurada com salários de operários.
Uma vez abolidos o exército permanente e a polícia, instrumentos do poder material do antigo governo, a Comuna teve como objetivo quebrar o instrumento espiritual da opressão, o "poder dos padres"; decretou a dissolução e a expropriação de todas as igrejas, na medida em que elas constituíam corpos possidentes.
Os padres foram remetidos para o calmo retiro da vida privada, onde viveriam das esmolas dos fiéis, à semelhança dos seus predecessores, os apóstolos. Todos os estabelecimentos de ensino foram abertos ao povo gratuitamente e, ao mesmo tempo, desembaraçados de toda a ingerência da Igreja e do Estado. Assim, não só a instrução se tornava acessível a todos, como a própria ciência era libertada das grilhetas com que os preconceitos de classe e o poder governamental a tinham acorrentado.
Os funcionários da justiça foram despojados dessa fingida independência que não servira senão para dissimular a sua vil submissão a todos os governos sucessivos, aos quais, um após outro, haviam prestado juramento de fidelidade, para em seguida os violar. Assim como o resto dos funcionários públicos, os magistrados e os juízes deviam ser eleitos, responsáveis e revogáveis.
Após uma luta heroica de cinco dias, os operários foram esmagados. Fez-se então, entre os prisioneiros sem defesa, um massacre como se não tinha visto desde os dias das guerras civis que prepararam a queda da República romana. Pela primeira vez, a burguesia mostrava a que louca crueldade vingativa podia chegar quando o proletariado ousa afrontá-la, como classe à parte, com os seus próprios interesses e as suas próprias reivindicações. E, no entanto, 1848 não passou de um jogo de crianças, comparado com a raiva da burguesia em 1871.
Proudhon, o socialista do pequeno campesinato e do artesanato, odiava positivamente a associação. Dizia dela que comportava mais inconvenientes do que vantagens, que era estéril por natureza e até mesmo prejudicial, pois entravava a liberdade do trabalhador; dogma puro e simples... E é também por isso que a Comuna foi o túmulo da escola proudhoniana do socialismo.
As coisas não correram melhor aos blanquistas. Educados na escola da conspiração, ligados pela estrita disciplina que lhe é própria, partiam da ideia de que um número relativamente pequeno de homens resolutos e bem organizados era capaz, chegado o momento, não só de se apoderar do poder, mas também, desenvolvendo uma grande energia e audácia, de se manter nele durante um tempo suficientemente longo para conseguir arrastar a massa do povo para a Revolução e reuni-la à volta do pequeno grupo dirigente.
Para isso era preciso, antes de mais nada, a mais estrita centralização ditatorial de todo o poder entre as mãos do novo governo revolucionário. E que fez a Comuna que, em maioria, se compunha precisamente de blanquistas? Em todas as suas proclamações aos franceses da província, convidava-os a uma livre federação de todas as comunas francesas com Paris, a uma organização nacional que, pela primeira vez, devia ser efetivamente criada pela própria nação. Quanto à força repressiva do governo outrora centralizado, o exército, a polícia política, a burocracia, criada por Napoleão em 1798, retomada depois com prontidão por cada novo governo e utilizada por ele contra os seus adversários, era justamente esta força que devia ser destruída por toda a parte, como o fora já em Paris.
Para evitar esta transformação, inevitável em todos os regimes anteriores, do Estado e dos órgãos do Estado em senhores da sociedade, quando na origem eram seus servidores, a Comuna empregou dois meios infalíveis.
Primeiro, submeteu todos os lugares, da administração, da justiça e do ensino, à escolha dos interessados através de eleição por sufrágio universal e, evidentemente, à revogação, em qualquer momento, por esses mesmos interessados. E segundo, retribuiu todos os serviços, dos mais baixos aos mais elevados, pelo mesmo salário que recebiam os outros operários. O vencimento mais alto que pagou foi de 6000 francos. Assim, punha-se termo à caça aos lugares e ao arrivismo, sem falar da decisão suplementar de impor mandatos imperativos aos delegados aos corpos representativos.
Esta destruição do poder de Estado, tal como fora até então, e a sua substituição por um poder novo, verdadeiramente democrático, estão detalhadamente descritas na terceira parte de A Guerra Civil.(Karl Marx) Mas era necessário voltar a referir aqui brevemente alguns dos seus traços, porque, precisamente na Alemanha, a superstição do Estado passou da filosofia para a consciência comum da burguesia e mesmo de muitos operários.
Na concepção dos filósofos, o Estado é "a realização da Ideia" ou o reino de Deus na terra traduzido em linguagem filosófica, o domínio onde a verdade e a justiça eternas se realizam ou devem realizar-se. Daí esta veneração que se instala tanto mais facilmente quanto, logo desde o berço, fomos habituados a pensar que todos os assuntos e todos os interesses comuns da sociedade inteira não podem ser tratados senão como o foram até aqui, quer dizer, pelo Estado e pelas suas autoridades devidamente estabelecidas. E julga-se que já se deu um passo prodigiosamente ousado ao libertarmo-nos da fé na monarquia hereditária e ao jurarmos pela república democrática.
Friedrich Engels: Introdução à Guerra Civil na França
Em presença de ameaça de sublevação do proletariado, a classe possidente unida utilizou então o poder de Estado, aberta e ostensivamente, como engenho de guerra nacional do capital contra o trabalho
A constituição comunal restituiria ao corpo social todas as forças até então absorvidas pelo Estado parasita que se alimenta da sociedade e lhe paralisa o livre movimento
A unidade da nação não deveria ser quebrada, mas, pelo contrário organizada pela Constituição comunal; ela deveria tornar-se uma realidade pela destruição do poder de Estado que pretendia ser a encarnação desta unidade mas que queria ser independentemente desta mesma nação e superior a ela, quando não era mais do que uma sua excrescência parasitária.
Em vez de se decidir de três em três, ou de seis em seis anos, qual o membro da classe dirigente que deveria"representar" e calcar aos pés o povo no Parlamento, o sufrágio universal devia servir um povo constituído em comunas, tal como o sufrágio individual serve qualquer patrão à procura de operários, de capatazes ou de contabilistas para a sua empresa.
A Comuna era composta por conselheiros municipais, eleitos por sufrágio universal nos diversos bairros da cidade. A maioria dos seus membros eram naturalmente operários ou representantes reconhecidos da classe operária. A Comuna devia ser, não um organismo parlamentar, mas um corpo ativo, ao mesmo tempo executivo e legislativo. Em vez de continuar a ser o instrumento do governo central, a polícia foi imediatamente despojada dos seus atributos políticos e transformada num instrumento da Comuna, responsável e revogável a todo o momento.
O mesmo se deu com os outros funcionários de todos os ramos da administração. Desde os membros da Comuna até ao fundo da escala, a função pública devia ser assegurada com salários de operários. Os benefícios habituais e os emolumentos de representação dos altos dignatários do Estado desapareceram ao mesmo tempo que os altos dignatários. Os serviços públicos deixaram de ser propriedade privada das criaturas do governo central. Não só a administração municipal, mas toda a iniciativa até então exercida pelo Estado, foi posta nas mãos da Comuna.
Uma vez abolidos o exército permanente e a polícia, instrumentos do poder material do antigo governo, a Comuna teve como objetivo quebrar o instrumento espiritual da opressão, o "poder dos padres"; decretou a dissolução e a expropriação de todas as igrejas, na medida em que elas constituíam corpos possidentes. Os padres foram remetidos para o calmo retiro da sua vida privada, onde viveriam das esmolas dos fiéis, à semelhança dos seus predecessores, os apóstolos.
A Comuna realizou a palavra de ordem de todas as revoluções burguesas, um governo barato, abolindo essas duas grandes fontes de despesas que são o exército permanente e o funcionalismo de Estado.
A supremacia política do produtor não pode coexistir com a eternização da sua escravatura social. A Comuna devia pois servir de alavanca para derrubar as bases econômicas em que se fundamenta a existência das classes e, por conseguinte, a dominação de classe. Uma vez emancipado o trabalho, todo o homem se torna um trabalhador e o trabalho produtivo deixa de ser o atributo de uma classe.
A Comuna tinha perfeitamente razão ao dizer aos camponeses: "A nossa vitória é a vossa única esperança".
O domínio de classe já não se pode esconder sob um uniforme nacional, pois os governos nacionais formam um todo unido contra o proletariado.
A Paris operária, com a sua Comuna, será para sempre celebrada como a gloriosa percursora de uma sociedade nova. A recordação dos seus mártires conserva-se piedosamente no grande coração da classe operária. Quanto aos seus exterminadores, a História já os pregou a um pelourinho eterno, e todas as orações dos seus padres não conseguirão resgatá-los.
Karl Marx (Guerra Civil em França - 30 de Maio de 1871)
Vermelho

Texto: / Postado em 19/05/2014 ás 20:18

terça-feira, 20 de maio de 2014

FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO: DESAFIO SEMPRE PRESENTE

 A quem possa interessar...


FILOSOFIA  NO  ENSINO  MÉDIO:  DESAFIO SEMPRE  PRESENTE
Dia 22 de maio de 2014     14:00 -  17:00 h.
Local: UNINOVE - Av. Francisco Matarazzo, 612  Anfiteatro - Prédio C  (Auditório da Pós Graduação)

Atividade geral da Diretoria de Pós-Graduação em Educação, da Uninove, promovido ao ensejo do relançamento do livro  Filosofia no ensino médio, do  Prof. Antonio Joaquim Severino, o evento se destina  a  debater a  situação do ensino da Filosofia no curso médio, na atualidade, junto à comunidade dos Programas [PPGE e PROGEPE].

14:00-14:10 h.
Coordenadores  do PPGE, Prof. José Eustáquio Romão, e do PROGEPE,  Prof Jason Ferreira Mafra,  presidem a Mesa e fazem a abertura temática do evento,  destacando a pertinência e a relevância do debate sobre a  mesma para a comunidade dos dois Programas.

14:10-14:30 h.
Professor de Filosofia na escola pública: Prof. Rodrigo Barbosa: Depoimento sobre os desafios da docência de filosofia na escola pública.

14:30-14:50: h.
Professor de Filosofia na escola particular: Prof. Adilson José Gomes Pires: Depoimento sobre os desafios da docência de filosofia na escola particular
.
14:50 – 15:10 h.
Prof. Manuel Tavares: Depoimento sobre o ensino de filosofia em Portugal e sua proposta teórica sobre a temática.

15:10 -15:30 h.
Prof. Antônio Joaquim Severino: considerações sobre a problemática levantada pelos expositores e apresentação, em grandes linhas, da proposta de seu livro.

15:30-16:00 h.
Palavra aberta ao público para questionamentos e debate.

16:00-17:00 h.   Encerramento do debate.
 Coquetel e autógrafos


--
Paloma de França Ramos
Diretoria de Ensino Norte 2
PCNP Filosofia
tel 2209-7318


“Há sempre um copo de mar para um homem navegar“ – Jorge de Lima

sábado, 17 de maio de 2014

SEPÉ TIARAJU E A RESISTÊNCIA INDÍGENA

SEPÉ TIARAJU E A RESISTÊNCIA  INDÍGENA

A Editora Expressão popular vem publicando inúmeras obras como contra ponto a história oficial, exaltando figuras que estão no anonimato ou circunscrita a memória popular.
Liderança inconteste dos Índios Guaranis, José Tiaraju foi eleito prefeito de São Miguel e sua resistência se traduz no celebre declaração: “Essa terra tem dono”. Esse grande movimento tem como pano de fundo a assinatura do tratado de Madri em 1750, onde os reis de Portugal e Espanha na prática obrigam cerca de 50 mil "índios" a abandonarem suas cidades, suas terras e o culto a ancestralidade dos nativos. Esse tratado aparentemente buscava corrigir as fronteiras na America meridional.
Todos os índios dos sete povos teriam que abandonar suas cidades rumo a margem direita do rio Uruguai, hoje território argentino. Os portugueses ficariam com o legado material e simbólico das conquistas dos guaranis e a Espanha, com a colônia de sacramento.  Contrário a essa negociação, Sepe lidera a resistência e é morto em 7 de fevereiro de 1756, com mais 1500 mártires de Caiboaté.
Para Alcy José Vargas Cheuiche, autor do livro “Sepé-Romance dos sete povos das Missões” o educador deve ensinar aos alunos que “Quando os Portugueses chegaram ao Brasil, não houve nenhum descobrimento. Juntando Portugal e Espanha, havia menos portugueses e espanhóis nos seus territórios do que tupis-guaranis e outros índios em território brasileiro. Os antropólogos discutem, mas viviam entre 5 e 10 milhões de seres humanos em nosso atual território”.[i]
Embora os invasores possuíssem maior  tecnologia no combate aos nativos, o primeiro canhão  feito pelos irmãos jesuítas e os índios foi determinante na batalha de Mbororé em 1641, onde colocaram pra correr  os temidos  bandeirantes.
Autores falam numa república guarani que geograficamente ficava nas terras do Rio Grande do Sul, território Argentino atual e do Paraguai, totalizando 33 cidades que tentaram implantar uma espécie de sistema socialista cristão.
Grande parte da nossa verdadeira história  ainda está adormecida,devendo ser recuperada pela história oral   e pelo levantamento de  dados  ainda marginalizados pelos detentores e proprietários das empresas  reveladoras e mantenedoras da  história oficial em nosso país.A verdadeira história  dos escravizados do período da invasão,da colonização, do império e da  república,  deve ser enaltecida por historiadores compromissados com a história da maioria nesses vários períodos.
É inadmissível que os donos do Brasil sejam delimitados a comemoração de um dia ao ano, no dia 19 de abril, e o restante do ano celebrado pelos invasores e dominantes. Portanto, é fundamental a afirmação de que “essa terra tem dono” e que instituamos o dia 7 de fevereiro como dia da resistência indígena em homenagem e memória ao dia em que foi assassinado Sepé Tiaraju. A recuperação da história é fundamental e figura como Sepé Tiaraju dignifica e demonstra que a dizimação dos índios foi marcada por grandes lutas e resistências no passado e nos dias atuais. Nosso empenho é para que de fato essa terra um dia seja devolvida aos verdadeiros donos e que os saqueadores, estupradores e assassinos  prestem contas ao invencível tribunal da classe trabalhadora.Perseguimos a “pátria mãe”, pois a história e a luta não tem barreiras nem limites geográficos e que  a experiência “comunista  dos Guaranis” continue  embalando sonhos de um novo mundo, livre dos opressores e da opressão  do capital.

Reescrever nossa história a partir do índio, negro e operário é preciso!

Aldo Santos, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e do Brasil, Membro da Executiva Nacional da Intersindical e militante do Psol.




[i] Sepé Tiaraju/comitê do ano de Sepé Tiaraju (org.).-1.ed.—São Paulo:expressão popular,2005.104p.

PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CRESCE A ATUAÇÃO  ORGANIZATIVA DA APROFFESP NO ESTADO DE SÃO PAULO
         A APROFFESP COMPLETOU  QUATRO ANOS DE EXISTÊNCIA EM NOVEMBRO 2013, CULMINANDO COM A ELEIÇÃO DA NOVA DIRETORIA DE NOSSA ENTIDADE, REALIZADA NOS ENCONTROS REGIONAIS DO DIA 24 DE OUTUBRO 2013 E REFERENDADA NA ASSEMBLEIA  ESTADUAL NO PERÍODO DA TARDE  DO MESMO DIA . É COM ORGULHO E ALEGRIA QUE COMEMORAMOS O REGISTRO DEFINITIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, QUE VEM CUMPRINDO SUA TAREFA DE PROMOVER O ENSINO FILOSÓFICO  NAS ESCOLAS, DEFENDER OS INTERESSES DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E ORGANIZAR A NOSSA LUTA EM TODO O ESTADO E NO BRASIL ATRAVÉS DA APROFFIB, FUNDADA NO PRIMEIRO SEMESTRE  DE 2013.
           TEMOS PROMOVIDO VÁRIAS AÇÕES E ATIVIDADES DESDE 2009, COMO OS VÁRIOS ENCONTROS QUE ORGANIZAMOS EM MAIS DE TRINTA REGIÕES DO ESTADO, O I ENCONTRO ESTADUAL DE PROFESSORES DE FILOSOFIA, REALIZADO EM DEZEMBRO DE 2012, NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – AUDITÓRIO “FRANCO MONTORO”, COM A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE TREZENTOS PROFESSORES DE FILOSOFIA.
            DURANTE AS PALESTRAS E DEBATES, QUE CONTOU COM PALESTRANTES MESTRES E DOUTORES DA PUCSP, UFABC, METODISTA, UNESP-MARÍLIA E DA PRÓPRIA APROFFESP, FORAM DISCUTIDOS ASSUNTOS REFERENTES À SITUAÇÃO DO ENSINO DE FILOSOFIA EM NOSSAS ESCOLAS, AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFESSORES NA ATUAL CONJUNTURA EDUCACIONAL DO ESTADO E DO PAÍS; FIZEMOS UMA ANÁLISE CRÍTICA DAS PROPOSTAS CURRICULARES DE FILOSOFIA DOS ÚLTIMOS GOVERNOS E IREMOS APRESENTAR SUGESTÕES PARA UMA NOVA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO. ESTAMOS CONSTRUINDO  UMA PROPOSTA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DO PROJETO DE LEI N° 228, 0204-2012, DO DEP. CARLOS GIANNAZI, QUE ESTÁ TRAMITANDO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO.
CONSEGUIMOS JUNTO AO SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO A GARANTIA DE QUE A FILOSOFIA TERIA DUAS AULAS SEMANAIS, O QUE DE FATO ACONTECEU A PARTIR DE 2012. TAMBÉM CONSEGUIMOS O ABONO DE PONTO PARA OS NOSSOS ENCONTROS E PLENÁRIAS  REGIONAIS, POSSIBILITANDO TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE NÓS E O AVANÇO DA DISCUSSÃO DE UMA NOVA PROPOSTA CURRICULAR A PARTIR  DA PRÁTICA COTIDIANA DOS PROFESSORES DA REDE.
OUTRO EVENTO IMPORTANTE QUE AJUDAMOS A ORGANIZAR, JUNTAMENTE COM A FAPCOM (FACULDADE PAULUS DE COMUNICAÇÃO), E QUE CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DA DIRETORIA E DE MAIS DE UMA CENTENA DE PROFESSORES FILIADOS À APROFFESP, FOI O I CONGRESSO BRASILEIRO DE FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO, REALIZADO NOS DIAS 04, 05 E 06 DE SETEMBRO/2013. ALÉM DE VÁRIOS PROFESSORES PALESTRANTES E DE RENOME, COMO O PROF. ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO, TIVEMOS A IMPORTANTE PRESENÇA, DURANTE OS TRÊS DIAS, DE UM DOS PRINCIPAIS TEÓRICOS DA FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO, O FILÓSOFO HENRIQUE DUSSEL, QUE MUITO NOS ENRIQUECEU COM SUAS REFLEXÕES E RELATOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UMA FILOSOFIA ENGAJADA NAS E A PARTIR LUTAS E NA VIDA DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA.
            MAS PARA QUE PUDÉSSEMOS CHEGAR À REALIZAÇÃO DE UM ENCONTRO COM TAMANHA ABRANGÊNCIA E IMPORTÂNCIA, CUMPRE LEMBRAR QUE A LUTA DOS PROFESSORES E DA SOCIEDADE EM GERAL PELA VOLTA DO ENSINO DE FILOSOFIA NAS ESCOLAS VEM DE LONGA DATA. E SE FALAMOS DE VOLTA, É PORQUE ELA UM DIA FOI RETIRADA DO CURRÍCULO COMUM PELA DITADURA MILITAR, ATRAVÉS DA LEI 5.692/71, COLOCANDO EM SEU LUGAR AS “DISCIPLINAS” DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA (EMC),  ORGANIZAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DO BRASIL (OSPB), CUJOS CONTEÚDOS CURRICULARES ERAM PERPASSADOS PELA IDEOLOGIA DO REGIME MILITAR, COM BASE NA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL DA DITADURA.
            JUNTO COM A ABERTURA POLÍTICA E A LUTA PELA REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL NOS ANOS 80, TAMBÉM OS PROFESSORES SE MOBILIZARAM PARA QUE A FILOSOFIA VOLTASSE ÀS ESCOLAS, O QUE FOI ACONTECENDO AOS POUCOS E DE FORMA IRREGULAR EM DIVERSOS ESTADOS. SÓ PARA LEMBRAR, NO ESTADO DE SÃO PAULO, JÁ NO GOVERNO FRANCO MONTORO UMA RESOLUÇÃO DA SE RECOLOCAVA AS DISCIPLINAS DE FILOSOFIA, SOCIOLOGIA E PSICOLOGIA NA PARTE DIVERSIFICADA DO CURRÍCULO, SENDO QUE EM 1986 HOUVE O PRIMEIRO CONCURSO PÚBLICO PARA ESSAS DISCIPLINAS. APÓS VÁRIOS ENCONTROS ESTADUAIS PROMOVIDOS PELA APEOESP E TAMBÉM PELAS EQUIPES TÉCNICAS DA CENP/SE, FOI PUBLICADA EM 1992 A “VERSÃO PRELIMINAR” DA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENTÃO 2° GRAU, HOJE ENSINO MÉDIO.
            COM A MOBILIZAÇÃO NACIONAL, FOI APRESENTADO O PROJETO DE LEI N° 3.187/95, DO ENTÃO DEP. FEDERAL PADRE. ROQUE (PT-PR), POSTERIORMENTE APROVADO POR UNANIMIDADE PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS, MAS LAMENTAVELMENTE VETADO PELO ENTÃO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, QUE ALEGOU “FALTA DE PROFESSORES”. MAS A LUTA NÃO PAROU. CRIAMOS ENTÃO O COLETIVO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA, SOCIOLOGIA E PSICOLOGIA ATRAVÉS DA APEOESP (VII ENCONTRO ESTADUAL - DEZEMBRO/2005), QUE CONTINUOU REALIZANDO ENCONTROS, REUNIÕES E DOCUMENTOS PARA EXIGIR A VOLTA DAS DISCIPLINAS CITADAS, O QUE OCORREU EM DOIS MOMENTOS HISTÓRICOS MARCANTES:
            - O PRIMEIRO FOI A APROVAÇÃO, PELO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, EM 07-07-2006, POR UNANIMIDADE, DA OBRIGATORIEDADE DAS DISCIPLINAS FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO, QUANDO ENTÃO ESTIVERAM PRESENTES EM BRASÍLIA, NO AUDITÓRIO DO CNE, MAIS DE DUAS CENTENAS DE PROFESSORES DE FILOSOFIA VÁRIOS ESTADOS DO BRASIL, INCLUSIVE COM A PRESENÇA DO COLETIVO DA APEOESP;
            - O SEGUNDO FOI EM 02/06/08, COM A APROVAÇÃO PELO SENADO FEDERAL DO PLC 04/08 (LEI FEDERAL N°11.684), QUE ALTEROU O ARTIGO 36 DA LDB/96, TORNANDO OBRIGATÓRIAS AS DISCIPLINAS FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO EM TODAS AS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DO BRASIL, COM REPERCUSSÃO NA GRANDE MÍDIA! DEPOIS DE MAIS DE VINTE ANOS DE LUTA, CONQUISTAMOS ESTA GRANDE VITÓRIA!
            LEMBRAMOS TAMBÉM QUE A REALIZAÇÃO DO I ENCONTRO NACIONAL DE PROFESSORES DE SOCIOLOGIA E FILOSOFIA, EM JULHO DE 2007, NO ANHEMBI-SP, ORGANIZADO PELO COLETIVO E COM APOIO DE OUTRAS ENTIDADES NACIONAIS E DO MEC, QUE TEVE A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE 500 PROFESSORES DE TODO O BRASIL, FOI UM MARCO IMPORTANTÍSSIMO PARA O ÊXITO DE NOSSA LUTA.
NAQUELE ENCONTRO FOI APROVADA A RESOLUÇÃO QUE INDICAVA A NECESSIDADE DA CRIAÇÃO UMA ENTIDADE QUE PUDESSE REPRESENTAR EFETIVAMENTE OS PROFESSORES DE FILOSOFIA, O QUE CULMINOU COM A CRIAÇÃODO COLETIVO NACIONAL DE FILOSOFIA  E DA APROFFESP NO ANO DE 2009, QUANDO FOI ELEITA SUA PRIMEIRA DIRETORIA ATRAVÉS DE VOTO DIRETO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA. NO DIA 24 DE OUTUBRO DE 2013, EM ASSEMBLEIA ESTADUAL FOI ELEITA A NOVA DIRETORIA EXECUTIVA E DIRETORIA DE BASE DA APROFFESP. A CHAPA ÚNICA FOI REFERENDADA NAS PLENÁRIAS REGIONAIS NO PERÍODO DA MANHÃ E ÀS 16 HORAS FOI ACLAMADA EM ASSEMBLEIA ESTADUAL, REALIZADA NA RUA DR. JOSÉ DE QUEIROZ ARANHA, 342, METRÔ ANA ROSA, CAPITAL-SP.
NESSES QUATRO ANOS DE EXISTÊNCIA, A APROFFESP TEVE PAPEL IMPORTANTE NA UNIÃO, ORGANIZAÇÃO E VISIBILIDADE DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA NO ESTADO DE SÃO PAULO E NO BRASIL. REALIZAMOS DEZENAS DE ENCONTROS E PLENÁRIAS  REGIONAIS, O 1° ENCONTRO ESTADUAL EM 6 E 7DE DEZEMBRO DE 2012 NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, FOI, TAMBÉM, UMA DAS ORGANIZADORA DO 1° CONGRESSO BRASILEIRO DA FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO, NOS DIAS 4,5 E 6 DE SETEMBRO DE 2013, REALIZADO NA FAPCOM NA CAPITAL-SP.
NO CONTEXTO DAS LUTAS E REVOLTAS POPULARES, QUANDO MILHÕES DE JOVENS E TRABALHADORES TOMARAM AS RUAS EXIGINDO REDUÇÃO DA PASSAGEM, BEM COMO UMA PAUTA PADRÃO FIFA NA EDUCAÇÃO, SAÚDE, EMPREGO, HABITAÇÃO, ALÉM DE ÉTICA NA POLÍTICA, MUDANÇAS PROFUNDAS NAS ESTRUTURAS SOCIAIS E POR DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, NOSSOS DIRIGENTES E ALUNOS ESTAVAM PRESENTES NAS RUAS, NAS LUTAS E NOS ENFRENTAMENTOS. TUDO ISSO SIGNIFICOU E SIGNIFICA UM GRANDE GRITO DE LIBERDADE PELA SUPRESSÃO DO CAPITAL, POIS COMO DISSE A GRANDE MILITANTE DAS CAUSAS REVOLUCIONÁRIAS, ROSA LUXEMBURGO (ASSASSINADA AOS 47 ANOS, NO DIA 15 DE MAIO DE 1919, NA ALEMANHA): “QUEM NÃO SE MOVIMENTA, NÃO SENTE AS CORRENTES QUE O PRENDEM”.
RENOVAMOS NOSSO COMPROMISSO EM DEFESA DE UMA FILOSOFIA ENGAJADA E COMPROMETIDA COM AS REAIS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS, “ONDE SEJAMOS SOCIALMENTE IGUAIS, HUMANAMENTE DIFERENTES E TOTALMENTE LIVRES” (ROSA LUXEMBURGO).
SOLICITAMOS EMPENHO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO NOVO, CUJOS VALORES SÃO ANTAGÔNICOS AOS QUE VIVENCIAMOS SOB A ÉGIDE DO CAPITALISMO.
PARA COLABORAR NA LUTA POR NOSSA ORGANIZAÇÃO EM TODO O ESTADO ATRAVÉS DAS COORDENAÇÕES REGIONAIS E PARA MANTERMOS NOSSOS CONTATOS E TROCAS DE EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS, LANÇAMOS EM MAIO 2013 A NOSSA REVISTA FILOSOFIA EM AÇÃO – FEITA PELOS PRÓPRIOS PROFESSORES DA REDE E QUE REFLETE AS NOSSAS EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS E TEÓRICAS.A SEGUNDA REVISTA ESTÁ NA GRÁFICA  E EM BREVE FAREMOS O LANÇAMENTO.  NOSSO SEGUNDO ENCONTRO ESTADUAL SERÁ REALIZADO EM  AGOSTO 2014, NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. GRAÇAS AO EMPENHO DE NOSSOS PROFESSORES (AS) MILITANTES, VAMOS ORGANIZAR A RESISTÊNCIA CONTRA A RETIRADA  DA FILOSOFIA E DA SOCIOLOGIA DO CURRÍCULO ESCOLAR BRASILEIRO.NESSA CAMINHADA É FUNDAMENTAL NOSSA UNIÃO E ORGANIZAÇÃO, E, MAIS UMA VEZ APELAMOS AS COORDENAÇÕES REGIONAIS PARA QUE FAÇAM REUNIÕES NO TERCEIRO SÁBADO DE CADA MÊS PARA AGILIZAR AS DELIBERAÇÕES APROVADAS .ESCLARECEMOS AINDA QUE A ELEIÇÃO DA COORDENAÇÃO  REGIONAL  É ANUAL. NA DIREÇÃO ESTADUAL VAMOS INICIAR IMPORTANTE DEBATE PREPARATÓRIO  AO 2° ENCONTRO ESTADUAL QUE FOCARÁ  O DEBATE EM TORNO DE  UMA NOVA  : PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ,E, MAIS UMA VEZ CONTAMOS COM  A EFETIVA PARTICIPAÇÃO DE TODOS E TODAS.
Contato: 982505385-TIM

sexta-feira, 16 de maio de 2014

...É urgente uma reunião com o consórcio intermunicipal para exigir que o prefeito Marinho mantenha o feriado no dia 20 de novembro em comum acordo com as demais cidades.


MOVIMENTO NEGRO DA REGIÃO DISCUTIU A ABERTURA ILEGAL DO COMÉRCIO NO DIA 20 DE NOVEMBRO.

Desde o final de 2013, aconteceram várias reuniões na câmara municipal de Santo André, por contra de uma manifestação de racismo contra  assessora do gabinete do vereador Araujo do PMDB da Cidade.
Como parte da pauta do movimento negro, a realização dessa audiência pública para tratar da abertura ilegal do comércio no feriado de 20 de novembro foi satisfatória.
 No dia 20 de novembro de 2013, fizemos um ato contra o racismo na Cidade de Santo André, e na contra mão da história e da legalidade, a Oliveira Lima estava funcionando plenamente, bem como parte do comércio em São Bernardo do Campo.
 O Presidente da Câmara de Santo André concordou e convocou a referida audiência que contou com a participação da Associação comercial da cidade, da representante do prefeito Grana, do Prefeito Marinho e do movimento Negro Regional.
Após as exposições a palavra foi aberta ao público presente. A fala do ex-vereador Aldo Santos foi incisiva ao criticar o racismo que aconteceu na câmara municipal de Santo André, disse de sua iniciativa como vereador por 16 anos em  São Bernardo do Campo, pois, foi  a primeira cidade na região que  apresentou tal  projeto de lei sobre  o feriado  do dia 20 de novembro. Diante do conservadorismo  de setores da sociedade, foi a última cidade que aprovou  tal projeto, disse Aldo Santos.
Disse não concordar em nada com o que falou o representante da Associação comercial, porém, destacou em sua fala o fato de que "não tem sentido uma cidade desrespeitar o feriado como é o caso de São Bernardo do Campo que vai comemorar no dia 21 de novembro de 2014, e não  no dia 20”, criticou o representante dos comerciantes. 
O posicionamento do prefeito desencadeia uma espécie de guerra fiscal na região. Por último, Aldo Santos  fez crítica  a omissão dos Presidentes Lula e Dilma,  que poderiam ter avançado nessa reivindicação, decretando o feriado Nacional,não deixando o movimento negro e  as cidades, vulneráveis  a pressão do setor empresarial.
 Outras falas apontaram na direção de que é preciso respeitar a lei e organizar o movimento para boicotar as lojas que desrespeitarem o dia da Consciência Negra.
 O debate fluiu respeitosamente, e em nenhum momento foi aventada a possibilidade de revogação da referida lei municipal.
 Entendemos que é urgente uma reunião com o consórcio intermunicipal para exigir que o prefeito Marinho mantenha o feriado no dia 20  de novembro em comum acordo com as demais cidades. Vamos também exigir respeito ao movimento negro, pois, comemorar fora da data é um desrespeito e tentativa de descaracterizar  a nossa histórica  luta.
 Lamentamos que o prefeito do PT mais uma vez faça o jogo dos empresários e da classe dominante, em detrimento da histórica luta contra os 350 anos da escravidão oficial  em nosso país. Nosso movimento vai continuar organizado e unido, exigindo respeito a nossa luta e pela implementação das  demandas  vinculadas historicamente ao povo negro e  a classe trabalhadora.


Comunicação: Espaço Cultural Luiza Mahin.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

PERFIL DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA


 
ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO – A P R O F F E S P
www.aproffesp.pro.br

APRESENTAMOS ABAIXO A SÍNTESE DA PESQUISA FEITA COM OS PROFESSORES (AS) DE FILOSOFIA PRESENTES AO Iº ENCONTRO ESTADUAL DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, REALIZADO NOS DIAS 06 e 07/12/2012, NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

O PRIMEIRO ENCONTRO DO ESTADO DE SÃO PAULO CONTOU COM A PRESENÇA DE APROXIMADAMENTE 350 PROFESSORES, VINDOS DE VÁRIAS REGIÕES DO ESTADO. CONSIDERAMOS NESSE TRABALHO, O NÚMERO E REGIÕES QUE DEVOLVERAM OS QUESTIONÁRIOS DISTRIBUÍDOS, CONFORME ESPECIFICADO ABAIXO. 

01 - TOTAL DOS PESQUISADOS: 80

02 - Origem: Araraquara: 01, Belém-PA: 01, Bragança Paulista: 01, Cotia: 01, Diadema: 01, Embu das Artes: 01, Guarulhos: 04, Iguape: 01, Itapetininga: 01Itaquaquecetuba: 02 , Jaú: 01, Jundiaí: 01, Lins: 01, Marília: 01, Mogi das Cruzes: 06, Mogi Guaçu: 01,Mogi- Mirim: 01, Monte Alto: 01, Osasco: 04, Pariquera-Açu: 01, Pederneiras: 01, Penápolis: 02Pindamonhangaba: 01, Registro: 01, Salto: 01, Santo André: 08, São Bernardo: 07, São Paulo: 20, Suzano: 01, Taboão da Serra: 02, Taubaté: 02, Tremembé: 01.

03 - Organização do Encontro e sugestões:
Ótimo: 13, Bom: 51, Regular: 05, Ruim: 01, Péssimo: 0, Outros: 08.

 04 - É professor de filosofia?
Sim: 75; Não: 05.

05 - Qual foi  seu  maior interesse?
Reajuste Salarial; Organizar uma Associação; Aprendizado, conhecimento e interação; Construir um currículo de Base; Melhora a educação; Trocar experiências; A filosofia no ensino fundamental; Aplicar a interdisciplinaridade e discutir a multidisciplinaridade; Razão crítica como fundamentação da filosofia; Política Educacional; Organizar os professores da disciplina; Discutir Currículo; Entabular diálogo com os colegas; Construir uma organização coletiva.


06 - Expectativa Atendida?
Sim: 38, Não: 0, Parcialmente: 06, Não respondeu: 36.

07 - Atua nos movimentos sociais?
Sim: 36, Não: 39, Não respondeu/outras: 05.

08 - É filiado /apoia algum Partido? Qual?
Sim: 21, PSTU: 01, PT:08PSOL: 08, PTB: 01, PSC: 01, PT do B: 01, PCdoB: 01;
Não: 36
Anarquista: 02
Não respondeu/outras: 23

09 - Há núcleo da APROFFESP em sua região?
Sim: 45: Diadema, Guarulhos, Registro, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Mogi Mirim, Osasco, Jaú, Penápolis, Salto, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo (Itaquera, Lapa, Taboão da Serra, Santana...), Taboão da Serra; Taubaté.
Não 20; Não sabe: 08- Santo Andre e São Paulo; Não respondeu/outras: 07.

09- Participa das reuniões regionais?
Sim: 30, Não: 36, Não respondeu/outras: 14.

10_ Interesse em participar?
Sim: 37; Não: 10; Não respondeu/Outras: 33.



11- Identificação filosófica com alguma corrente?
Eclética: 22, Sem identidade: 06, Fenomenologia/existencialismo: 12, Filosofia da Libertação: 12, Marxismo: 14, Pragmatismo: 01, Espinosismo: 01, Budismo: 01, Empirismo: 01, Teoria Crítica: 03, Anarquismo: 01, Humanismo: 02, Espiritualista: 01
Não respondeu/outras: 03

12- Para você, a Filosofia intervém na história?
Sim: 70; Não: 0; Não respondeu/outras: 10.

13-Utiliza algum Autor/ Corrente?
Sim: 04: Humanismo: 01, Gassirer: 01;Hursseniana: 01, Marxismo: 11, Eclética: 25, Paulo Freire: 03, Filosofia da Libertação: 01, Foucault: 02, Sócrates: 01, H. Arendt: 01, Chauí: 01, Existencialismo: 03, Sartre: 01; Nietzsche: 01, Saviani: 01.
Não: 57.
Não respondeu/outras: 19.

14_ O papel da filosofia  na Educação
Fazer o homem protagonista da história: 03; De diálogo crítico e iluminista, mediadora do diálogo: 02; Ajudar o aluno a tomar consciência do outro; Construção de si mesmo como sujeito, da sociedade, releitura do mundo: 02; Reflexão, estilo reflexivo; Reflexão política; Incentivar o modo investigativo de fazer ciência e organizadora do conhecimento cientifico: 02; Reflexão sobre o sentido da existência humana, pessoal e coletiva; Consolidar os princípios éticos da educação: 02; Pensamento critico, abstrato, objetivo e sujeito em seu meio: 06; Emancipação do sujeito e quebra do senso-comum: 03; Definir-se ideologicamente, problematizarão reflexão; Transformar as ideias, formação de conceitos, buscar os conceitos centrais, autonomia: 05; Formação do Cidadão Crítico: 03; Pensar a  problemática  do mundo atual; Papel de transformação, libertação e conscientização sobre o conhecimento: 07; Criar uma consciência, pensamento crítico e participativa: 04; Desenvolvimento da autoestima e da razão crítica: 02; Buscar a essência do ser; O lugar da filosofia é a rua; Incentivar a diversidade de visões sobre o problema; Buscar os fundamentos e princípios da educação; Interpretar e reinterpretar o mundo para transformá-lo radicalmente:Incentivar a multidisciplinaridade; Se dedicar ao souber; Pensar  novos modelos de sociedade; Enxergar os valores e pensar antes de agir;
Não responderam/outras: 18.

15 – O encontro ajudou?
Sim: 26; Não: 0; Não respondeu/outras: 54.

16-Comentários
Parabéns pela iniciativa, pelo encontro: 10; Incrementar ações culturais; Melhorar a divulgação e informação sobre a instituição e categoria: 09; Promover palestras: Organizar movimentos em prol da educação.; As explicações deve ser d devem ser maiores; Convidar os estudantes de filosofia; A APROFFESP não deve ser partidária; O encontro deve acontecer regularmente: 02; Os professores de filosofia não são solução dos problemas da educação; Repensar a logística, o custo dos que vem do interior é muito alto; O dogmatismo marxista prejudica o Encontro; Fazer rifas para arrecadar verbas; Criar polos de base; Pesquisar as metodologias usadas pelos professores; Discutir os problemas em sala de aula; Se preocupar com a formação continuada do professore de filosofia: 02 Lutar por melhores condições de trabalho; É preciso fazer filosofia e  não ficar no senso comum;
Não respondeu/outras: 43

17-Usa o material pedagógico?
Sim: 43; Não: 12; Não respondeu/outras: 47.

18-Deve-se constituir uma nova proposta?
Sim: 33; Não: 0; Não respondeu/outras: 47
19- Existe democracia e liberdade de cátedra na sua Unidade Escolar?
Sim: 31; Não: 24; Não respondeu/outras: 12

20-E na rede Estadual?
Sim: 04; Não: 36; Parcialmente: 03; Não respondeu/outras: 37.


21-Existe PCNP na D.E. de sua região?
Sim: 27; Não: 14; Não respondeu/outras: 39.

22-Qual deve ser o papel do PCNP?
De parceiro, diálogo com o grupo: 02; De mediador da proposta coletiva e troca de experiências: 02; Buscar a interdisciplinaridade com a realidade da região; Não ser orientador técnico dos cadernos, não alienar os professores ou preposto da DE_04; Deve dar capacitação numa perspectiva acadêmica; Fortalecer a atuação dos professores por meio de uma gestão democrática: 02; Capacitar os professores para o processo ensino-aprendizagem-03; Apoiar os professores em projetos pedagógicos; Promover encontros para discutir condições de trabalho e proposta pedagógica; Articular os professores em torno de uma proposta curricular alternativa; Incentivador e garantidor da autonomia dos professores.

23-Existe grêmio Estudantil em sua escola?
Sim: 30; Não: 39; Não respondeu/outras: 11.

24-Como deve ser a relação professor-aluno?
Os professores devem se uma referência cultural; De parceria, respeito autonomia, cooperação, orientação, resgate da cidadania, caminhando juntos, amizade convivência, relação ética, comprometimento, democrática e diálogo: 29; Deve ajudar os estudantes a refletirem sobre a realidade a partir da admiração; De  conscientizar os alunos sobre a importância dos estudos; Favorecer a participação dos alunos na gestão das aulas;Buscar a politização dos estudantes.

25-Comentários
Assistam os vídeos do encontro  e verifiquem as falhas; O encontro foi proveitoso, parabéns; Avante na luta por uma educação de qualidade: 11 A discussão deve prosseguir na base; Agradeço pela oportunidade de participação: 07 Criar um grupo de estudo de filosofia da educação; Criar regionais da  entidade e integrá-la:02 Separas a luta sindical das demandas dos professores de filosofia; Mesas com temas filosóficos numa perspectiva acadêmica: 02 Os professores de filosofia  são os alvos  principal dos governos; Não houve tempo suficiente para a plenária se manifestar; Vamos ajudara juventude a pensar num mundo melhor: Existe também a ideologia anarquista; Ampliar o encontro para a rede privada, municipal e universitário; Efetivar as propostas aprovadas criando blog, jornais: 02. Vamos lutar pelos nossos direitos e dos alunos; Que a APROFFESP venha a ser uma entidade séria e não apenas preocupada com cargo

26. Sugestões:
Criação de metodologia para atender as demandas dos participantes; Manter os procedimentos e organização; Evitar os atrasos e cumprir os horários: 07; Promover mais encontros: 02; Antecipar os temas a serem  debatidos: Palestra com Filósofos que tratem dos temas do  Encontro; Trazer  Filósofos e Professores Renomados-02; Tratar da filosofia do Brasil; Indicar Hospedagem próxima ao evento; Tratar sobre Filosofia para Crianças e Filosofia  e Literatura; Agilizar o cadastramento; Mesa com água, café chá e bolacha; Melhorar a divulgação do Encontro e do local do evento-04 Melhorar a forma  de cobrança da taxa de participação; Tratar  de Filósofos e  ou escolas filosóficas; Evitar perder tempo com a lista de presença (passar no final do encontro); Organizar GTs sobre os temas debatidos-03; Almoço coletivo de confraternização; Criação de oficinas  formativas e outros locais de  realização do Encontro; Debater o currículo de filosofia; Buscar recursos (verbas) para promover o encontro; Debater ao ar livre no Parque do Ibirapuera; Contextualizar os debates; Trazer professores  com experiência no Fundamental; Promover debates sobre Bioética e Filosofia Clinica; Oferecer aos participantes pastas com materiais e camisetas; Debate sobre a LDB; Melhorar o credenciamento-03;Organizar Gts para trocar experiências   e Planos de aula; Após os fechamentos dos conselhos de classe.

Síntese elaborada pelos professores Aldo Xavier e Aldo Santos.

São Paulo, abril de 2014.