sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

POR UM PARTIDO INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA.




1.   O nosso planeta está com mais de 7 bilhões de  habitantes,  numa escala crescente da  riquezas nas mãos de poucos,  e, em contrapartida,   a disparidade entre ricos e pobres é  visceralmente oposta ao desejo de um mundo justo, digno e solidário entre as pessoas.

2.   Com a atual estrutura de fatiamento geográfico do globo em dezenas de países expressa-se a máxima de dividir para governar e com isso se impõe o domínio econômico e de classe, com o predomínio e a existência de impérios ao longo da existência dos homens no planeta.


3.   A forma de superar o imperialismo é organizar democraticamente a nossa classe em nível mundial para superar as fragilidades regionais, redirecionar as economias solidariamente, avançar nas relações comunistas que deve orientar as ações dos lutadores e de toda classe em escala mundial.

4.   O Capitalismo através de seus mecanismos impositivos constitui  países, compõe  blocos econômicos e  áreas de livre comércio para manter o domínio econômico e consequentemente o domínio de classe.


5.   O domínio econômico historicamente já se  manifestou  na guerra do fogo, nas guerras tribais, nas colonizações, nas matanças de povos nativos, nas guerras religiosas, nas guerras convencionais, na guerra fria, nas guerras virtuais, além das propagandas ideológicas e a busca de hegemonias dilacerantes. Em contra partida, países periféricos continuam sem o básico e ainda são obrigados a drenarem suas riquezas naturais para os países centrais ao preço que eles querem, submetendo os países dependentes a “eterna escravidão”.

6.   Essa estruturação deve ser alcançada através das lutas concretas e das mediações necessárias até a tomada do poder por nossa classe em escala mundial. É uma combinação da ação horizontal em constante verticalização de forças e estruturação dos trabalhadores, fortalecendo cotidianamente os nossos objetivos e a nossa estratégia revolucionária rumo ao poder da classe trabalhadora que não deve se  limitar à fronteiras geográficas existentes.


7.   Essa organização terá como alicerce programas e princípios com estratégia de luta  sempre  a partir dos interesses da classe trabalhadora, que inicialmente poderá se organizar num determinado    lugar  com adequações táticas, sem perder  a concepção estratégica do poder da classe. A base do nosso programa deve ser anti-imperialista, anticapitalista, rumo ao comunismo  científico.

8.   São inúmeras as referências Bibliográficas de que a classe trabalhadora é internacional. O chamado contido no manifesto comunista “trabalhadores do mundo inteiro Uni-vos,” soma-se a outros chamados e apelos a essa necessidade organizacional imperiosa.


9.   Reafirmamos esse chamado por entendermos que de fato essa é a mais urgente realidade que se impõe, buscando construir estrategicamente um Partido internacional da Classe Trabalhadora, dentro dos princípios norteadores da luta de classe, debatido e aprovado pelo conjunto dos trabalhadores unidos mundialmente em torno desse almejado objetivo.

10.              No âmbito da elaboração marxista, criaram as internacionais Comunistas  como forma de irradiar pelo mundo determinados elementos táticos e estratégicos, buscando organizar e influenciar a classe muitas vezes sem a devida mediação diante da realidade em determinados países.


11.              É preciso criar um instrumento forte e centralizador de nossa luta que explicite a coesão necessária para se contrapor a ordem capitalista que além do conjunto das ideias dominantes,  dirige e controla  mundialmente  os seus seguidores e  aposta na fragmentação  dos trabalhadores dispersos nas mais varias tendências políticas   diluídas em centenas de países como forma de manter o poder.

12.              Mesmo diante desse objetivo central hoje materializado nas internacionais e nas federações existentes no mundo do trabalho em âmbito sindical, popular e estudantil, não encontra correspondência no âmbito partidário que muitas vezes são criados para atender interesses imediatos em determinados municípios, estados e em nível federal. Na prática são balcões de negócios instituídos para atender interesses de grupos econômicos que se traduzem nos interesses e disputas políticos partidária  focados e determinados, transformando o público em privado.


13.              A criação dessa ferramenta dialogará em todas as partes a partir de princípios que leve em conta os direitos dos trabalhadores que lutam por uma nova ordem econômica, com objetivos antagônicos aos existentes na sociedade capitalista.

14.              Hoje nos comunicamos através de ferramentas virtuais em dimensão internacional correspondente a dita globalização que nos impõe a necessidade utiliza-las para dentro e fora da nossa aldeia global.


15.              Essas leituras devem ser efetuadas e as instâncias produzirão novos parâmetros em base a novos paradigmas, necessários ao mundo em permanente transformação.

16.              Devemos estabelecer uma estrutura verticalizada com direções rigorosamente centralizadas pela classe tendo como ponto de partida as bibliografias e experiências concretas descritas nos clássicos reverenciados  pelo conjunto da classe trabalhadora.

Texto que apresentei ao 2° congresso da TLS realizado nos dias 6 e 7 de abril de 2013. Entendo que deveríamos estudar um pouco mais sobre a realidade partidária internacional
Abril de 2016
Aldo Santos


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